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🌉 Sans (Undertale) PT2

ENTRE OSSOS E BEIJOS

Depois do ocorrido, você prometeu que voltaria quase todo dia para o labirinto, assim, Sans não iria ficar tão sozinho.
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POV S/N

Perdi completamente o rumo da minha vida a partir do momento em que comecei a entrar em um labirinto abandonado para um fantasma não de sentir sozinho no meio de todo o milho.

- Cheguei! - Falei alto para "invocar" o Sans.

- Eu sei, consigo sentir sua presença. - Escutei ele dizer atrás de mim e me assustei.

- Quer me matar de susto? - Eu disse no automático, sem pensar.

- Não seria má ideia. - Sans fez uma expressão de sarcasmo. - Só teríamos que nos mudar para uma casa ao invés desse mato todo.

- Desculpa eu não lembrei... - Sentei no chão, deixando a cesta de comida e outras coisas ali.

- Sem problemas. - Ele sorriu e sentou ao meu lado.

- Trouxe seu ketchup. - Abri a cesta e o entreguei um pacotinho de ketchup.

Vi sua expressão ir de neutra para extremamente feliz em segundos, como uma caveira gosta tanto disso?? Ri baixo com seus atos e me deitei na terra.

- Valeu! Que saudades disso... - Sans engoliu quase todo o ketchup em segundos.

O silêncio se instalou no ambiente, Sans se deitou ao meu lado e ficamos encarando as nuvens, tentando ignorar a tensão que estava começando a surgir também. Não é como se eu pudesse me apaixonar por um fantasma todo dia.

QUEBRA DE TEMPO

Me sentei ao lado de Sans, apoiando minha cabeça em seu ombro.

- Quer ouvir uma coisa? - Ele perguntou olhando rapidamente para mim.

- Depende. - O encarei duvidosa.

- O condenado à morte esperava a hora da execução, quando chegou o padre e disse: "Meu filho, vim trazer a palavra de Deus para você."
Aí o condenado respondeu: "Perda de tempo, seu padre. Daqui a pouco vou falar com Ele, pessoalmente. Algum recado?"

- Por que eu sabia que seria uma piada de tio assim? - Suspirei fingindo estar indignada.

- Ah eu sei que você ama. - Sorriu convencido e passou o braço por cima de meu ombro. As borboletas se agitaram.

Eu precisava dizer, estava começando a me sufocar.... E ele sinceramente não colaborava em nada!

- Sans. - O chamei.

- Eu. - Olhou para mim.

- Acho que te amo. - Falei rápido como se fosse cortar a dor e o medo pela metade.

Ele ficou quieto, encarou o mato na nossa frente e fechou a cara. Aí que ótimo.

- Não vai dizer nada? - Perguntei com ressentimento.

- Oque deveria dizer? Eu tô morto. - Foi seco.

- Tá mas isso não te impediu de falar comigo, eu de verdade nunca pensei que fosse possível me apaixonar por alguém que não é desse mundo. - Terminei e virei a cara também.

- O problema é que eu também acho que amo você. - Sans disse sem jeito e vidrou seu olhar no meu.

Em um ato rápido, Sans colocou a mão em minha nuca e me puxou para um beijo, mas não beijo de maternal, beijo de novela.... Não achei que caveiras fossem boas com isso.

- É estranho oque eu vou falar mas... Sinto como te conhecesse a minha vida toda. - Sans falou depois de soltar meus lábios.

- Bem, eu não sei como funciona esse negócio... De morte e vida e protocolos de Deus...

- Tentei ser fofo mas você foi mais lerda. Tô tentando dizer que sinto que somos almas gêmeas. - Sorriu bobo.

- Mas não faz sentido. - Soltei.

- As vezes sua alma gêmea não viveu nem no mesmo século que você... Nunca se sabe. - Sans afirmou parecendo convencido.

Oque me faz pensar "será que tem alguns segredos do universo que ele sabe por estar morto e não possa me contar?"

- Sans, você é minha alma gêmea então. - Brinquei.

- Hahaha, você tá bem engraçada ein. - Bagunçou meu cabelo e voltou a me encarar daquele jeito desconcertante. -  
Sabe que não vai ser para sempre né? Você vai crescer e eu vou continuar aqui para sempre.... - Sans se preocupou.

- Então vamos aproveitar enquanto durar.
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