Entre duas linhas.

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Notas do autor: Oi gente, queria agradecer os comentários de incentivos de vcs por causa do q rolou ontem e hoje, amo vcs demaaaaiiss e espero que gostem desse capítulo ❤️

Aaahhhh gente, o link do Pinterest com referências visuais de cenário e figurino dessa fic, está na minha Bio.

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Hoes in this house
There's some hoes in this house
There's some hoes in this house
There's some hoes in this house (hold up)

A música alta ecoava pelo clube, havia vários caras em volta do palco bem atentos a todos os nossos movimentos. Eu não preciso dizer que estou bêbada, na verdade estou chapada pra caralho mas mesmo assim ainda quero chorar.

Porra nenhuma. Eu não vou chorar aqui, não quando o dinheiro que paga as minhas contas está caindo no chão enquanto eu giro no pole dance. Pain disse que eu não podia ser muito sexy, precisava ser na medida certa, pois sou a inocência do lugar, graças a minha aparência, nem os piercings dão jeito na cara de criança de merda. Achei doentio ele pensar que por eu estar com uma lingerie branca que parece um mini vestido, iria atrair alguém por ser mais "inocente"

Mas acontece que eu não sei ser "menos sexy" pra começar eu não achava que fosse, então estou só fazendo o que ensinaram. O que não é tão bom, eu nunca usei saltos tão altos, mas estou me virando bem com a ajuda de Karui, precisei sair da escola mais cedo todos os dias para aprender a usar saltos e a dançar.

Fora isso eu finjo que estou no meu quarto, enquanto me penduro de cabeça para baixo no pole dance e volto descendo abraçada no bastão até chegar no chão e abrir um esparcate. Os homens que observam e jogam dinheiro no palco são mais velhos, alguns até que são gatinhos mas a grande maioria são carinhas de trinta anos pra cima. Eles me comem com os olhos, me observam chegar perto e descer lentamente em frente aos seus rostos, foi o que Samui me ensinou, ela é veterana e é a garota mais quente daqui, de acordo com Pain. Loira, peituda, muitas curvas e a língua dela é dividida no meio, Karui disse que a maioria tem fetiche.

Mas ela sempre diz para abrir as pernas na frente deles para que coloquem dinheiro na lingerie, só que sem deixar que encostem mais que o necessário e é dessa parte que eu tenho medo... eles sempre encostam.

— Tá, já chega. Colocou a grana, vaza! — Kakuzu falou quando o babaca pensou em tocar em áreas proibidas.

Ao menos realmente essa regra valia. Me levantei e voltei a dançar no bastão, Samui chegou e eles começaram a gritar. Se aproximou de mim e me puxou pela mão para dançarmos juntas sensualmente.

— Desfaz essa cara, amorzinho. Sorria, você é o anjinho daqui. — O caralho que eu sou. Mas tentei colocar um sorriso imbecil no rosto, igual ao dela. Samui sempre me aconselha a fazer o papel da passiva, o que é um saco, mas me virei de costas pra ela tocar no meu copo enquanto os bêbados começam a jogar dinheiro aos montes em cima da gente. — Vai ganhar o dobro do que estão jogando, se for boazinha e me beijar.

Me virei outra vez, e ela segurou minha cintura. Samui com certeza se diverte com isso, e tá na cara, ela me puxou e me beijou. Sinceramente se assemelha aos beijos de filmes porno, tem mais língua do que o toque dos lábios, seco e sem emoção nenhuma, não me dá tesão, me deixa com nojo porque meu queixo fica todo babado, mas eu ganho mais dinheiro dessa forma.

Me afastei, já estava bom assim. E eles começaram a pedir por mais, definitivamente eu não estou afim disso.

— E se a gente-

— Não viaja. Mantenha sua boca longe da minha. — Ela achou graça e me beijou outra vez, e quando faz isso eu não posso me afastar e meter a mão na cara dela, pois isso afasta dinheiro, então retribui com ódio mesmo.

In Your Eyes (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora