Capítulo 11

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Maju 🦋

“O que aconteceu ontem?” perguntei assim que acordei vendo Rafaella se maquiando.

“Quer que começa da parte que você beijou metade da balada ou da parte que você chorou escutando funk?”

“Não lembro de nada.”

“Tem a parte que você brigou com um anão também e subiu no palco pra fazer pole-dance enquanto todo mundo gritava te olhando.”

“Você conheceu a verdadeira Maria Júlia ontem. Mas espera, briguei com um anão?”

“Ele tava olhando sua bunda enquanto você dançava.”

Eu comecei a rir pra caralho enquanto prendia meu cabelo.

“É bom estar de volta.”

“Gostei dessa versão sua.”

“Eu e a Geovanna juntas era impossível. Lembro de um dia que eu estava cantando em cima da mesa de sinuca a música do Léo enquanto estava mais bêbada que tudo e a Geovanna dando perdido pra transar com o namorado.”

“As vezes não acredito que finalmente você lembrou de tudo e que você era famosa pra caralho.”

“Eu vou ser grata a você e sua mãe pra sempre.”

“E nós a você. Quando tudo aconteceu eu e ela estávamos passando por uma fase difícil desde que meu pai nos abandonou, você deixou tudo melhor.”

“Amo você fedorenta bafuda.”

“Bafuda é você, vai escovar dente porca.” mandei dedo pra mesma que riu e fui até o banheiro escovar dente e lavar meu rosto.

Assim que terminei troquei de roupa e fui até a cozinha fazer café pra gente já que a Cláudia já havia saído pro trabalho.

Me sentei enquanto comia pão e tomava nescau, Rafaella saiu com seu boy pra almoçar e eu ficaria sozinha em casa.

Peguei o computador e comecei a assistir os storys do pessoal. Quando vi os últimos de Léo, meu coração doeu e eu nunca fiquei tão mal.

@leozin: eu sinto a sua falta

@leozin: pra sempre minha mulher

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@leozin: pra sempre minha mulher

Eu me sentia egoísta por chegar depois do nada mas me sentia mais ainda por não falar nada, por deixar como está enquanto ele sofre por minha morte

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Eu me sentia egoísta por chegar depois do nada mas me sentia mais ainda por não falar nada, por deixar como está enquanto ele sofre por minha morte.

Ele estava em casa, pelo visto. Peguei minha bolsa e meu celular avisando que iria sair a Rafaella e entrei no uber assim que chegou.

Fui me preparando de todas as maneiras diferentes antes de chegar, eu não sabia nem o que falar ou como falar.

A vontade de voltar e desistir era grande mas eu não podia ser covarde, não mais.

Quando o carro estacionou, meu coração batia aceleradamente. Paguei o motorista e fui andando até a portaria com o coração na mão.

Já havia trocado bastante coisas aqui, inclusive o porteiro. Conversei com ele até o mesmo acreditar que eu era prima do Leonardo e assim que dei entrada, minhas pernas fraquejaram, não tinha como correr mais.

Fui subindo aos poucos enquanto pensava no que falar. Assim que cheguei em frente a sua casa, parei olhando a porta por minutos.

Em minha mente, tudo voltou ainda mais forte. Eu vindo o ver quando tinha sido estuprada e só ele me acalmava, as vezes que vim cuidar dele passando mal, quando nós chegavamos após a consulta com o obstetra e ele ficava todo bobo olhando minha barriga.

Todas as vezes em que ficamos juntos na rua ou indo pra casa do Thiago ficar com ele ou quando eu morava lá. Tudo veio mais forte e eu sabia que queria viver isso de novo mesmo que eu amasse ficar com Rafaella e Cláudia, trabalhando na escola que eu entrei somente pra distrair a mente e acabei sendo contratada pelo tanto que me dediquei.

Fiquei 30 minutos parada na porta até finalmente criar coragem. Toquei sua campainha e em segundos ele atendeu me olhando da mesma maneira que olhou na festa. Tudo em meu corpo se arrepiava, eu só queria o abraçar mesmo que não pudesse.

“Oi Leonardo.”

O Acaso II - Leozin McOnde histórias criam vida. Descubra agora