Capítulo 22

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Maju 🦋

  Acordei com Laura pulando na nossa cama no meio de nós e eu quis pegar ela e enfiar na privada. Eu sei que é minha filha, eu mato e morro por ela mas tô de ressaca porra.

“Amor, desce. Papai tá dormindo e mamãe tá passando mal.”

“Tá dodói?” eu assenti pra ela que se sentou ao meu lado “Onde?” eu apontei pra cabeça e ela deu vários beijos.

“Até melhorou agora.” ela sorriu sapeca e veio pro meu colo. Desci com ela e encontrei Kant e Krawk jogados no chão transtornados.

Arrumei a mamadeira de Laura e a deixei na sua cadeira. Fui até a cozinha arrumando o café da manhã pra nós e preenchi a mesa de coisas principalmente café e aspirina.

“Bom dia Maju, tem remédio? Ressaca da porra.” Kant disse enquanto respirava fundo.

“Bom dia Irineu. Tem aqui na mesa com café bem forte.”

“Tudo que eu preciso.” ele sentou tomando e Laura olhava pensativa.

“O que é porra mamãe?”

“Você só aprende coisa errada em garota.”

“Foi mal aí Maju, na moral.”

“Tem problema não, a gente fala toda hora também, é difícil acostumar.”

“Em mamãe.”

“É uma palavra feia igual aquela, não pode falar tá bom?” ela balançou a cabeça e comeu biscoito enquanto brincava com sua Barbie em sua cadeirinha.

Logo Léo e Krawk chegaram se sentando junto a nós, Léo me deu um beijo na testa e tomamos café juntos.

“Ano que vem é meu casamento em.”

“Eu vou cantar.” Krawk disse se gabando enquanto Kant o olhou rindo.

“Tava sabendo disso não.”

“Eu vou cantar no seu e você no meu irmão, e se eu não for padrinho eu vou ficar triste memo, fiquei gatão no casamento deles.”

“Ficou mesmo, as mulheres ficaram doidas com ele lá.” Krawk foi padrinho então estava de terno todo arrumado, não tinha uma mulher que não elogiasse.

Assim que terminamos, eles ficaram um pouco aqui mas tiveram que ir embora antes do almoço por cada um ter suas coisas programadas.

Nós iríamos ao aniversário da minha sogra hoje a noite e eu estava ansiosa pra ficar colada em minha mãe novamente.

O dia passou rápido mesmo que tenha sido só de preguiça, ficamos deitados o dia inteiro vendo filmes da disney com Laura que nem dormiu a tarde.

Tomei um banho calmo aproveitando pra me depilar e hidratar meu cabelo, assim que terminei saí vestindo uma roupa no closet e fui até minha penteadeira me maquiar com o que trouxe da casa de Cláudia já que a maioria que estava aqui está vencida.

“Léo.” disse vendo que o mesmo entrou no quarto.

“Oi.”

“Posso usar batom vermelho?”

“Tem que me pedir autorização de nada não, tá doida.”

“É porque ele não gostava, dizia que ficava igual uma puta.”

“Maju, eu sou seu marido, não seu dono pra falar o que fazer ou não. A gente é parceiro, somos um casal. Desde que você se sinta confortável eu estou também.” 

“As vezes tenho medo, mesmo que eu não demonstre isso vive em minha mente e fico com medo de errar com você.”

“Você nunca vai errar com ninguém por ser você, ainda mais você que é extraordinária, sempre te disse isso.”

Ele veio em minha direção me abraçando por trás e me fazendo olhar pro espelho junto a ele.

“Um batom não te define nada, só te faz se sentir ainda mais bonita. Eu te acho linda com maquiagem ou sem maquiagem, com batom vermelho ou sem. Você é linda Maria Júlia. E mesmo se eu não achasse ou não gostasse de algo, eu não tenho que gostar de nada, não sou eu que vou usar. Não esquece disso, viu?” eu assenti e me virei o beijando.

“Obrigada por tudo, principalmente por ser você.”

“Eu te amo mais do que consigo expressar.” ele me abraçou e foi até o banheiro se arrumar em seguida.

Fiz uma maquiagem leve no olho e uma cobertura leve na pele também, passei o batom vermelho e joguei o cabelo de lado, como eu estava com saudade disso. Me arrumar pra mim, do jeito que eu queria e gostava, não para os outros.

Fui até o quarto de Laura vendo que a mesma tinha dormido, acordei ela aos poucos e a dei um banho rápido.

Vesti ela com um vestido e tênis branquinho, coloquei o arquinho que ela ama após arrumar seu cabelo que estava brilhando depois do creme de hidratação que passei.

“Eu não tenho um útero, tenho uma máquina de fazer filha perfeita.”

“Posso passar batom?”

“Passa o rosa pra combinar com o seu arquinho de laço.”

Ela passou se olhando na sua penteadeira, limpei os borrados e peguei ela no colo encontrando Léo na sala.

“Vamos.”

Nós descemos o morro do nosso condomínio já que ela morava apenas algumas casas abaixo. Assim que chegamos, a maioria da família já tinha chegado inclusive minha mãe e Thiago.

No final tudo se completava, desde a nós até às famílias que sempre foram unidas. Isso é incrível pra nós.

Cumprimentei todos junto a Léo, alguns se surpreenderam com minha chegada por não saber e vai lá Maria Júlia contar a história de novo.

“Minha netinha ta linda demais.”

“Bem que dizem que quando se tem neto, só elogia ele e não a filha que pariu.”

“Mas você já escutou muito que é linda, agora é a vez da minha princesa.” ela a pegou no colo e saiu mostrando pra todos, minha mãe é coruja demais.

Me sentei no sofá ao lado de Léo entrelaçando nossos dedos assim que dei os parabéns minha sogra e conversei com todos. Thiago e Gabi se sentaram junto a nós e depois de uns minutos meu sogro chegou com uma lata de brahma pra mim.

“Fez a boa.”

“Sei como você gosta, quando acabar pega outra pra ela Léo.”

“Obrigada sogrinho.” ele sorriu e foi em direção aonde os mais velhos estavam.

Laura cada hora tá no colo de um e eu só observo de longe, e ela é toda arreganhada, tem vergonha de ninguém. Puxou eu totalmente.

O Acaso II - Leozin McOnde histórias criam vida. Descubra agora