Capítulo 1

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A vida não fazia sentindo nenhum para mim, eu nunca entendi porquê eu me sentia assim, deslocada, sozinha e diferente. Até que descobri que nasci com poderes e não faço ideia de como, mais 43 crianças como eu nasceram com poderes diferentes e eu acho que dei sorte, eu sou uma bruxa.

Descobri apenas com 12 anos que eu tinha poderes quando estava com raiva de minha mãe que não queria desligar a música de seu rádio não me deixando dormir, fiquei com tanta raiva que falei um feitiço sem perceber que tinha falado fazendo explodir o rádio, eu nem sabia falar feitiço algum, minha mãe sabia mas escondia isso de mim.

Das 43 crianças contando comigo, 7 delas deram sorte, foram adotadas por um milionário os criando para serem heróis e salvar o mundo, as vezes eu imaginava se eu tivesse sido adotada por ele também eu seria feliz, mas não dei essa sorte.

Eu queria treinar os meus poderes mas eu não sabia como, eu podia acabar me descontrolando e explodindo alguma coisa, ou até uma pessoa, eu precisava de ajuda.

Estava sentada na poltrona que ficava de frente para a TV, meu padrasto costuma sentar naquela poltrona quando está em casa, e quando ele sai eu aproveito para sentar na poltrona. Mudo de canal vendo se tinha algo interessante parando em uma entrevista com as crianças da Umbrella Academy, resolvo deixar no canal para saber mais sobre eles.

— Eles tem cara de metidos  — Digo sozinha olhando para a TV.

Ouço o velho milionário anunciar sobre a Umbrella Academy e as pessoas aplaudindo e fazendo perguntas.

— Patético, eu também tenho poderes, e o meu é o melhor — Digo revirando os olhos e desligando a TV

Ouço um barulho de chave abrindo a porta e saio rápido da poltrona sabendo que era o meu padrasto.

— Cade tua mãe? — Diz o padrasto

— Acho que trabalhando.

— Merda, quando eu quero que ela faça alguma coisa pra mim ela não está em casa.

— Você está bebado?

— Não te interessa, agora pega uma cerveja pra mim na geladeira – O padrasto senta na poltrona.

Suspiro e vou até a cozinha e pego a cerveja entregando na mão do Roger, que era o nome do meu padrasto idiota, antes de sair ele agarra meu pulso forte me fazendo resmungar de dor.

— Suspirou por quê? Sua vadiazinha.

— Me solta — Digo tentando soltar do seu aperto.

—  Olha só, você me respeita que eu sou o homem dessa casa, e se tu não me respeitar eu acabo contigo.

Puxo meu braço correndo para meu quarto e trancando a porta logo em seguida, um suspiro de alívio surge de mim.

— Eu não aguento mais — Tampo o rosto com as mãos.

Roger se fazia de bom moço para minha mãe, mas quando ela não estava por perto ele me xingava de tudo, dava insinuações que iria me abusar e me bater, quando minha mãe saia pra trabalhar eu ficava com medo de sair do meu quarto, ficava sem comer trancada pra não poder chegar perto dele.

Tʜᴇ Wɪᴛᴄʜ - Fɪᴠᴇ HᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora