Capítulo 49

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O ônibus para no ponto e eu desço, eu ainda não queria ir pra casa do homem doido, uma coisa que eu não fazia a muito tempo era andar na rua olhando tudo em minha volta, ando pela calçada e vejo uma loja de roupas, eu não usava uma roupa muito normal para aquela época e também eu estava com a mesma roupa a dias, eu precisava de um banho e roupas novas, resolvo entrar na loja e logo sou atendida por uma moça.

— Boa noite. — A moça diz.

— Boa noite. — Dou um sorriso olhando as roupas.

— Deseja algum tipo específico de roupa? — A moça pergunta.

— Roupas modernas para minha idade. — Digo e a moça da um sorriso, obviamente seriam roupas modernas para 1963.

A atendente me da literalmente várias peças de roupas para eu experimentar, vestidos, calças, blusas e jaquetas.

Eu havia gostado de todas as roupas que a mesma me indicava, escolhi uns 7 looks inteiros para levar mas infelizmente eu não tinha dinheiro comigo e teria que roubar.

— As roupas já estão embrulhadas, qual será a forma de pagamento? — A moça pergunta.

Você vai deixar eu levar todas as roupas de graça. — Digo com meu controle mental.

Vou deixar você levar todas as roupas de graça. — A moça diz e eu dou um sorriso.

— Obrigada. — Saio da loja com as sacolas na mão, me sentindo mal por ter que fazer isso mas agora eu tinha roupas novas.

Hoje eu estava afim de mudar, eu estava em um ano novo, com roupas totalmente diferentes e pessoas diferentes, entro em um salão de beleza que só haviam pessoas negras, acho que eu não podia ficar ali.

— Ah, me desculpe, entrei no lugar errado. — Digo saindo mas uma mulher me impede.

— Tudo bem, aqui não temos isso de não permitir pessoas brancas, todas são bem vindas. — A mulher diz e eu dou um sorriso.

— Eu queria cortar o meu cabelo. — Digo nervosa.

— Vamos lá. — A mulher aponta para uma cadeira e eu me sento.

Eu apenas cortaria meu cabelo, não queria mudar a cor pois eu gosto muito dessa cor, a mulher cortava o meu cabelo sem parar, eu pedi ele bem curto batendo mais ou menos no ombro.

— Prontinho. — A mulher diz tirando uma capa do meu corpo para não sujar de fios de cabelo.

Me olho no espelho, eu estava bem diferente, eu era muito acostumada com o meu cabelo do jeito que era mas ele curtinho estava maravilhoso, meu rosto dava um ar mais velho do jeito que eu queria.

— Muito obrigada, deu quanto? — Pergunto mesmo sabendo que eu não teria dinheiro.

— Ah não foi nada, foi só um cortezinho. — A mulher diz e eu respiro aliviada.

— Obrigada. — Digo e saio do salão, agora sim eu voltaria para casa.

Me teletransporto para a casa do homem que eu nem sabia o nome, o mesmo leva um susto me fazendo rir.

— Eu não sei como vocês fazem isso e tenho medo de descobrir como. — O homem diz.

— Qual seu nome? — Pergunto.

— Elliott.

— O Five ainda não chegou? — Pergunto e Elliott nega com a cabeça.

— Posso tomar banho? — Pergunto.

— Claro... quer dizer, pode. — O homem diz enrolado.

Deixo as sacolas de roupas em cima da cama, pego um vestido colado amarelo com detalhes de flores azuis, um tênis preto de cano baixo com uma meia branca e um arco amarelo para o cabelo, de acordo com a mulher da loja aquele look estava bem na moda.

Tomo meu banho, me seco e coloco a roupa em seguida saindo do banheiro, volto para o quarto e guardo a minha roupa antiga na sacola e as deixo em um canto.

Ouço um barulho vindo da sala, provavelmente devia ser Five que deve ter chegado, já estava de manhã e eu nem tinha percebido que passei a madrugada toda fora de casa.

— Elliott, foi você que revelou essas fotos? — Five perguntava para o homem enquanto eu os observava de longe.

— É claro, não dá pra deixar essas coisas na lojinha de revelação. — Elliott diz. — O governo tem espiões por ai.

— Eu não vi um quarto escuro aqui.

— Eu adaptei o armário do corredor.

— O que estão fazendo? — Digo finalmente fazendo os dois olharem para mim.

Five olhava de cima a baixo como se eu fosse um pedaço de carne fresca, seus olhos brilhavam e sua boca salivava mas logo se recompõe.

— Tô tentando descobrir mais sobre onde estão o resto dos nossos irmãos. — Five diz disfarçando olhando para o lado.

— Pode revelar pra mim? — Five dá uma caixinha para Elliott.

— Filme dos Frankels, amigos seus?

— Primos pelo lado da mãe robô. — Five diz e eu dou um riso abafado. — Da pra revelar ou não?

— Claro que dá.

— Quanto tempo?

— Olha, tem pouco ácido acético, a Beeker's Cameras está aberta hoje mas fica a 3km, eu teria que ir de ônibus. — Elliott diz. — Também tem a outra Gibson's que fica a dez quadras mas eu teria que atravessar o parque e ele anda infestados de pombos.

— Meu deus chega. — Silêncio sua voz para mim mesma.

O rádio começa a apitar dizendo que tinha um código 3-15 no sanatório Holbrook.

— O que um código 3-15? — Pergunto para Elliott depois de voltar para sua voz normal.

— Fuga de malucos. — Elliott diz.

— Diego. — Dissemos em uníssono.

— Quem é Diego? — Elliott pergunta.

— Pensa no batmam só que muito pior. — Digo.

— Tá, revela o filme pra mim, voltamos assim que puder. — Five diz e pega na minha mão nos teletransportando rapidamente sem eu nem perceber.

— Você sabia que eu sei me teletransportar né? — Digo com raiva.

— Sim mas você as vezes consegue ser bem lerda. — Five diz e eu o olho incrédula.

— Babaca!

 vazou s/n ladra

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vazou s/n ladra

só to vendo vcs lendo e não dando a porra da estrelinha em 👺🔪🔪

Tʜᴇ Wɪᴛᴄʜ - Fɪᴠᴇ HᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora