Capítulo 27

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— Acham que a mamãe machucaria nosso pai? — Vanya pergunta enquanto olhamos para a tela da TV das câmeras.

— Você não vem pra casa a muito tempo Vanya, talvez não conheça mais nossa mãe. — Luther diz.

— Se ele tivesse sido envenenado teria aparecido no relatório do legista. — Digo.

— Eu não preciso de um relatório para me dizer o que eu vejo com meus próprios olhos. — Luther diz e eu reviro os olhos, que cara chato.

— Talvez a gravidade baixa do espaço tenha afetado a sua visão. — Diego diz. — Olha de perto, papai estava com o monóculo, nossa mãe levantou, o monóculo sumiu. — Diego aponta para a TV.

Klaus da uma risada — Verdade.

— Ela não estava envenenando ele, ela tirou dele... para limpar. — Diego diz.

— E onde foi parar? eu procurei na casa toda, até nas coisas dela, não está com ela. — Luther diz.

— Isso é porque eu peguei dela. — Diego diz e eu o olho surpresa — Depois do funeral.

— Tava com o monóculo esse tempo todo? — Allison pergunta. — Como assim Diego?

— Me dá ele. — Luther diz esticando a mão

— Eu joguei fora.

— Você o que? — Luther pergunta incrédulo.

Já estava cansada dessa conversa que eu sei que começaria em uma discussão, fui até o bar beber uma garrafa de uísque e Vanya veio junto.

— Você não acha que tá bebendo muito? — Vanya pergunta.

— Não mesmo, preciso tomar pra aguentar essas baboseiras de família. — Digo colocando a boca da garrafa na minha boca e fazendo uma careta com o gosto forte. — Quer? acho que você também precisa.

— Tem razão. — Vanya ri e estica o copo em minha direção para colocar o líquido.

— Se o circuito dela estão falhando, temos de desligar-la. — Ouço Luther dizer e volto para onde estão.

— Você não vai encostar seu dedo gordo nela. — Digo o ameaçando.

— Ela não é um aspirador de pó que você pode jogar no armário. — Diego diz gritando. — Ela tem sentimentos.

— Ela ficou parada lá e viu nosso pai morrer. — Luther diz.

— Eu tô com o Luther. — Allison diz e eu reviro os olhos.

— Me fala uma novidade. — Digo debochada.

— Cala a boca. — Allison diz.

Luther e Diego olham para Vanya esperando sua resposta.

—E...eu. — Vanya gagueja

— Ela nem deveria estar aqui. — Diego diz. — O voto dela não conta.

— Ei, ia dizer que concordo com você. — Vanya diz.

— Ta legal, o voto dela conta sim. — Diego diz. — E você zé droguinha? — Pergunta pra Klaus.

— Ah, agora querem minha ajuda. — Klaus diz dramatizando.

— Qual vai ser, Klaus? — Luther pergunta.

— Eu to com o Diego, eu quero que você vá se ferrar. — Klaus aponta para Luther e eu dou um sorriso. — E se o Ben tivesse aqui comigo, ele concordaria.

— Então tá três a dois. — Diego diz. — S/n?

— Obviamente tô com o Diego. — Digo.

Tʜᴇ Wɪᴛᴄʜ - Fɪᴠᴇ HᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora