Acordo sentindo minha visão ainda turva, uma claridade em meu rosto, era a lâmpada da área que Grace cuidava da gente quando nos machucávamos, olho para o lado vendo que nossa mãe estava cuidando da Allison enquanto nossos irmãos estavam em volta dela, coloco a mão na minha barriga que estava com um curativo mas o machucado ainda estava aberto, eu não havia conseguido me curar ainda e eu não sei o porquê.
Todos já haviam saído da sala, só ficando Grace, Pogo e Diego.
— Mãe. — A chamo com a voz ainda falha.
— Oi meu amor, como você está? — Grace vem até mim olhando o curativo na barriga que estava sujo de sangue. — Você precisa se curar.
— Eu não consigo. — Digo.
— Consegue sim, você só não quer se curar. — Grace diz e eu a olho confusa.
— Como assim eu não quero me curar?
— Você sofreu um trauma grande, a dor que você sentiu foi um trauma, você não quer se curar porque ainda está com medo do que aconteceu, isso é o psicológico da sua cabeça. — Grace diz.
Respiro fundo e fecho meus olhos colocando a mão em minha barriga, minhas mãos e meus olhos ficaram roxos, eu precisava me curar ou eu poderia até morrer, aquilo era apenas coisa da minha cabeça, o medo.
O machucado começa a fechar completamente me fazendo respirar aliviada e dar um sorriso cansado.
— Você conseguiu! — Grace diz sorridente.
— Obrigada mãe. — Digo com os olhos fechados.
— Agora você precisa descansar. — Grace diz e eu concordo.
(...)
Já havia amanhecido, eu já estava bem descansada e não sentia mais dor, eu estava deitada em meu quarto mas não vim pra cá, Grace deve ter me colocado aqui de madrugada, levanto da cama e vou para o banho que era uma coisa que me acalmava muito.
Vou até onde Allison estava e lá estava Luther ao seu lado.
— Como ela tá? — Pergunto chegando perto.
— Ela está viva, mas as cordas vocais foram totalmente danificadas. — Grace diz fazendo um curativo nela. — É um milagre que a carótida não tenha sido cortada.
— Ela vai conseguir falar? — Luther pergunta.
— É cedo pra dizer. — Grace diz.
— O mais importante, graças a você e seus irmãos é que não as perdemos. — Pogo diz se referindo a mim e Allison. — Grace e eu assumimos daqui, vá descansar Luther.
— Você é a última pessoa em que eu confio. — Luther diz para Pogo.
— Luther. — O repreendo.
— Eu não vou a lugar nenhum. — Luther diz e eu reviro os olhos.
Estávamos quietos apenas olhando para Allison que descansava até eu lembrar de algo, eu não tinha tomado a pílula do dia seguinte ainda, arregalo os olhos ao me lembrar.
— Que merda. — Digo nervosa saindo do local e deixando Luther confuso.
Vou até a cozinha e mexo na caixa de remédios, provavelmente não teria esse tipo de remédio aqui mas não custava procurar, se eu não tomasse eu teria uma grande chance de engravidar e é uma coisa que eu não quero obviamente.
— Merda, vou ter que ir na farmácia. — Digo para mim mesma.
— Que bagunça é essa? — Ouço Klaus perguntando e viro pra trás vendo ele, Five e Diego.
— Nada. — Digo tentando disfarçar.
— Por que tá mexendo na caixa de remédios? — Diego pergunta vendo que havia cartelas de remédios no chão.
— Já disse que não é nada, vão arrumar o que fazer. — Digo revirando os olhos e saindo da cozinha.
— Vou pegar minhas coisas e cair fora. — Ouço Diego falando. — Tenho que acertar as contas com aqueles babacas.
— Diego, pode me dar uma carona? — Pergunto.
— Vamos. — Diego sai e eu vou atrás.
Entramos no carro e Diego foi dirigindo.
— Quer que eu te deixe aonde? — Diego pergunta.
— Na farmacia. — O mesmo olha confuso e eu reviro os olhos. — Só me leva Diego, não faça perguntas.
— Ta bom. — Diego levanta as mãos em rendição.
Eu tinha intimidade o suficiente com Diego mas não para dizer que eu iria comprar uma pílula do dia seguinte porque eu transei com o irmão dele ontem, eu poderia ter me teletransportado para a farmácia mas eu estou com preguiça.
Diego me deixa em frente a farmácia e eu saio do carro.
— Me espera, eu não vou demorar. — Digo do lado de fora e o mesmo concorda, amo quando meus irmãos me obedecem.
Entro na farmácia e vou até o balcão pedir para a farmacêutica.
— Posso ajudar? — A moça pergunta dando um sorriso.
— Eu quero uma pílula do dia seguinte, por favor. — Digo já pegando o dinheiro do meu bolso.
— Tem quantos anos? — A moça pergunta confusa e eu reviro os olhos.
— Você vai me dar a pílula sem perguntar nada. — Uso meu controle mental. — E uma latinha de refrigerante por favor.
A farmacêutica me dá a pílula e o refrigerante e eu o tomo ali mesmo, se eu tomasse no carro do Diego ele iria perguntar, pago os produtos e saio da farmácia vendo que Diego ainda me esperava como eu pedi.
— Me deixa em casa. — Digo e o mesmo concorda.
(...)
Entro em casa vendo Klaus e Five brigando, até quando as pessoas dessa casa vão brigar?
— Da pra vocês pararem um minuto. — Digo recebendo olhares dos dois, Five joga o olho de vidro na parede o quebrando e sai do local com raiva.
— Você tá sóbrio? — Digo rindo. — Primeira vez na vida que eu vejo.
— Foi por uma boa causa mas não adiantou nada. — Klaus diz.
— Quem você queria ver?
— Uma pessoa importante, alguém que eu amei.
— Sinto muito. — O abraço e ele retribui.
Vou até a sala e vejo Five conversando com o manequim.
— Acha que impedimos o apocalipse? — Five pergunta para a boneca. — E agora?
— Não sei. — Ele responde sozinho.
Chego perto e vejo que tinha uma bebida em frente a boneca e eu pego para beber.
— Devolve! — Five diz.
— Por que? ela nem tá bebendo. — Digo e Five revira os olhos.
Ouvimos batidas na porta e nos olhamos confusos.
Capítulo não revisado!
Mais um hoje pq eu to boazinha, falta pouco pra acabar a primeira temporada🤩
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Tʜᴇ Wɪᴛᴄʜ - Fɪᴠᴇ Hᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇs
Fiksi PenggemarNo mesmo dia de 1989, mulheres sem qualquer ligação entre si e que até o dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez deram à luz 43 crianças. Sete delas foram adotadas por Sir Reginald Hargreeves, um industrial bilionário, que decide cria...