Allison escrevia algo em seu caderninho e eu tenho certeza que seria pra mim, eu não estava afim de conversar sobre isso com ninguém, mas sempre tive intimidade com Allison, eu sempre soube que ela gostava do Luther porque ela me contava quando éramos adolescentes, ela contava sobre seus encontros escondidos e sobre seus beijos.
Allison mostra o caderninho com a pergunta "Isso que o Luther falou, é verdade?"
— Sim. — Digo suspirando.
" Tudo bem, não tem nada de errado nisso, vocês nem foram criados juntos, não são irmãos." — Allison escreve no caderno e eu dou um sorriso pequeno.
Vejo Luther chegando perto de nós duas e saio de perto revirando os olhos, não estava afim de ficar perto desse imbecil.
Volto para onde Klaus e Diego estavam sentados e sento ao lado deles que olhavam pra mim estranho.
— Não falem nada. — Digo encostando na cadeira e cruzando os braços.
(...)
— Cade o Five? — Luther pergunta chegando com Allison.
— Foi embora. — Diego diz.
— Ah pelo amor de... onde ele foi? — Luther pergunta.
— Não falou.
— A gente não vai ficar esperando ele, o concerto começa em 30 minutos. — Luther diz.
— Qual o plano? — Diego pergunta.
— Bom... eu acho que... — Luther diz. — Nós vamos ao teatro ícaro.
— É um local, não um plano seu idiota. — Digo.
— Que que é? isso é tudo que você tem? — Diego pergunta. — Se você quer ser o número um, ótimo, mas a gente tem que ficar em sintonia pois agora está tudo uma bagunça.
— Tem razão. — Luther diz. — Precisamos de um plano.
Avistamos caras estranhos chegarem no local com máscaras e uniformes pretos e armas enormes na mão, eles começam a atirar em tudo.
— Abaixem- se! — Luther diz e nos agachamos e nos escondemos atrás das mesas onde ficavam as bolas de boliche.
— Quem são esses caras? — Diego grita.
— Devem ter vindo pro aniversário do Kenny. — Klaus se refere ao menino que estava no boliche com a mãe.
— Não, com certeza vieram atrás da gente. — Luther diz.
— Oh, não me diga. — Digo irônica.
Diego levanta e mira sua faca em um dos caras, enquanto o outro é arremessado na parede por mim. A luz acaba apagando deixando apenas as iluminações coloridas e brilhantes pelo local.
Eles continuavam atirando, Luther taca uma bola em um deles o fazendo cair para trás, Diego acertava suas facas e Klaus pega um bolo de aniversário da mesa e taca no rosto de um cara, arremesso mais caras para a parede mas quanto mais a gente acertava mais apareciam deles.
— A saída tá bloqueada. — Klaus diz.
— Qual é o plano agora, Luther? — Diego grita.
Allison aponta para a pista onde ficavam os pinos de boliche, ali havia uma saída.
— As pistas, vamos. — Luther grita e corremos atrás dele agachados tentando desviar das balas que não acertaram nenhuma em nós, passamos pelo buraco e conseguimos sair.
Fomos até o teatro ícaro que provavelmente já tinha começado a apresentação de Vanya, subimos as escadas douradas e luminosas do teatro em direção ao palco.
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Tʜᴇ Wɪᴛᴄʜ - Fɪᴠᴇ Hᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇs
Fiksi PenggemarNo mesmo dia de 1989, mulheres sem qualquer ligação entre si e que até o dia anterior não apresentavam nenhum sinal de gravidez deram à luz 43 crianças. Sete delas foram adotadas por Sir Reginald Hargreeves, um industrial bilionário, que decide cria...