Capítulo 15

1.1K 100 15
                                    

Fernando*

Saí da casa dela ainda em êxtase com a tarde que tivemos, aquela mulher é um furacão, me surpreendi com a entrega dela, apesar de termos transado só uma vez, hoje ela estava muito confiante.
Chego no fórum e graças a Deus ninguém disse nada sobre o meu atraso, volto pra minha sala e continuo trabalhando no caso, preciso estar preparado pois o julgamento já é depois de amanhã.

Maurício: Olá Fernando. - Ele diz entrando na minha sala.

Eu: Oi Maurício.

Maurício: Passei aqui mais cedo e não te vi.

Eu: Fui almoçar com a Maiara. - Digo e ele sorri.

Maurício: Fico feliz por vocês, da pra ver o quanto se gostam.

Eu: Gosto muito dela mesmo.

Maurício: É por isso mesmo que eu vim aqui falar com você.

Eu: Pois não.

Maurício: Gostaria de pedir que durante esses dias até o fim do julgamento vocês fiquem afastados, isso pode não ser bom pro julgamento de vocês.

Eu: Nós pensamos o mesmo e decidimos isso hoje.

Maurício: Ah que bom, bom sorte no grande dia.

Eu: Muito obrigado. - Quando ele ia saindo eu o chamei. - Maurício?

Maurício: Oi.

Eu: Eu descobri quem foi a pessoa que denunciou o acusado, gostaria da sua permissão pra levá-la a delegacia amanhã pra ela confirmar se realmente é ele.

Maurício: Claro que pode, eu faço questão de te acompanhar.

Eu: Obrigado.

Maurício saiu da minha sala e eu continuei ali trabalhando no caso, apesar de estar totalmente certo sobre a culpa do acusado Eu estou nervoso, sei que decidimos não misturar as coisas e não deixar o trabalho afetar o nosso relacionamento mas eu não sei como vai ser no dia, tenho medo de machucá-la de alguma forma.

Faço tudo o que tinha que fazer ali e vou pra casa, chegando lá eu ligo pro meu amigo e pergunto se ele poderia levar a filha até a delegacia amanhã pra ela reconhecer o acusado, ele aceita e combinamos de estar lá amanhã as 10 da manhã.
Faço algo pra eu comer e depois tomo um banho, me deito e adormeço.

No dia seguinte eu me levanto, faço minhas higienes e tomo um banho, faço um café rápido e vou em direção a delegacia, chego lá exatamente as 10 horas, vejo Diego e sua filha e eles pareciam nervosos, o que era totalmente compreensível.

Eu: Olá, muito obrigada por ter aceitado nos ajudar. - Ela não diz nada, apenas sorri.

Maurício: Vamos levar vocês até uma sala, não haverá móveis algum lá dentro, apenas um grande vidro onde vamos conseguir ver o uma outra sala do outro lado. Naquela outra sala vai estar o acusado, ele não conseguirá nos ver pois a sua frente vai ter um espelho e você poderá nos dizer se realmente é ele ou não.

Diego: Tem certeza que ele não vai conseguir ver ela?

Eu: Tenho, pode ficar tranquilo.

Em alguns instantes o acusado entraria na sala e se sentaria bem de frente pro espelho, ele já deveria saber o que estava acontecendo, só que ele não conseguia nos ver.

Eu: Clara vem cá, quero que olhe bem lá dentro daquela sala tá.

Clara: Tá bom. - Ela diz de forma trêmula.

Eu: Sei que está com medo mas fique tranquila, pois mesmo que ele nos olhe, não conseguirá nos ver, para ele só tem um espelho ali.

Maurício: Quero que olhe com calma e atenção, sem pressa ou medo, apenas observe bem e veja se é ele mesmo quem estava lá naquela noite.

Clara: Tá bom.

Esperamos por alguns minutos até que vimos Ricardo entrar na sala, ele estava cabisbaixo, caminhou até a mesa de um jeito tímido, fingindo ser um inocente.
Quando ele estrou percebi que Clara estremeceu de susto, já era um sinal de que ela havia o reconhecido mas esperei ela olhar bem e dizer alguma coisa.
O policial que estava com o Ricardo na sala pediu pra ele erguer a cabeça, nessa hora ele olhou ora frente com raiva, seu olhar era de ódio, parecia que seus olhos queriam furar aquele espelho.
Gabriela abraçou o pai e começou a chorar desesperada, dei sinal ao policial pra ele levar o homem de volta e esperei ela se acalmar.

Eu: Então Clara, era ele que você viu aquela noite?

Clara: Sim, era ele mesmo... Eu tô com medo ele vai me matar.

Eu: Calma ele não vai fazer nada, pois nem sabe que você estava aqui, ele não te conhece.

Clara: Ele me viu sim, eu vi a forma que ele me olhou, pai não deixa ele me pegar. - realmente ela estava muito assustada.

Maurício: Olha Clara, preste atenção. Ele é um homem esperto então com certeza sabia que tinha alguém aqui para dizer se ele era ou não o homem do crime. Ele fez aquilo pra intimidar a pessoa que estivesse aqui, mas eu te garanto que ele não te viu.

Depois de algum tempo Clara já tinha se acalmado, Nei me deu a palavra dele que ele e a filha estarão no julgamento amanhã, eu garanti que usaremos disfarce e ela não será reconhecida pelo acusado.

Saí do fórum e fui até a casa da Maiara, eu não aguento ficar sem vê-la por muito tempo. Faz tão pouco tempo que nos conhecemos mas parece que estamos juntos a muito tempo, eu já não conseguia mais ficar longe dela.

O Promotor e A Advogada ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora