Fernando*
Quando a Vera confessou que matou as mulheres eu fiquei em choque, queria saber do por que dela ter feito isso.
Maiara e eu nos olhamos mas ela desviou o olhar, a plateia começou a trocar informações entre eles, uma achavam que ela estava falando a verdade e outros que ela estava mentindo.
O Juiz tentou por diversas vezes fazer o pessoal se acalmar mas não obteve sucesso, foi quando ele pediu pros policiais entrarem e fazer a plateia se acalmar.Ricardo estava assustado, parecia não acreditar no que Vera tinha feito agora a pouco, mas ambos sabiam que ela havia feito isso por amor a ele, o que nos prova mais uma vez que ele é sim o culpado.
A plateia começou a fazer silêncio e os policiais saíram do salão, o Juiz voltou a se sentar e foi aí que Ricardo gritou.Ricardo: O que está fazendo Vera, ficou louca? Você não matou ninguém.
Vera: Querido está tudo bem, eu cometi um crime e estou assumindo, devo pagar por eles. - Ela falava com tanta convicção que eu estava ficando confuso.
Juiz: Senhor Ricardo Por favor fique calado, o senhor só deve falar quando algo lhe for perguntado. - Disse o Juiz. - Doutora Maiara, continuepor favor.
Maiara: Dona Vera a senhora está sob julgamento, poderá ser condenada se não falar a verdade.
Vera: Mas eu estou dizendo a verdade.
Maiara: Deixa eu te explicar uma coisa. A senhora não precisa fazer isso, nós sabemos que o Ricardo é inocente e a senhora também, sei que o ama e esta com medo dele ser condenado injustamente e por isso tomou essa atitude desesperada.
Eu: Protesto! A defesa está induzindo a testemunha em vez de interrogá-la. - Gritei.
Juiz: Protesto aceito. Doutora, limite-se somente em interrogar a testemunha.
Maiara me olhou com um olhar de ódio, era nítida a raiva que ela estava sentindo de mim, nesse momento eu tinha consciência que estava perdendo o caso e a mulher que eu amo.
Maiara: Desculpa Meritissimo, diante da situação psicológica da testemunha, percebo que não devo perguntar mais nada.
Após dizer isso ela voltou pro seu lugar e se sentou, ela cochichou alguma coisa com o Ricardo e depois endireitou sua postura, não posso deixar de admitir que ela fez uma pausa inteligente.
Juiz: A acusação que interrogar a testemunha? - Ele pergunta pra mim.
Eu: Sim Meritissimo.
Me levanto, respiro fundo e olho para todas as pessoas ali presentes e me aproximo da testemunha.
Eu: Dona Vera, sei que a senhora deve estar chateada comigo por eu não ter contado ontem a noite lá na minha boate a minha real função.
Vera: O senhor é um finjido, mentiroso, foi lá na boate ontem com essa cara de bom moço pra ver se descobria alguma coisa pra incriminar o meu homem. Ainda bem que a Doutora terminou o namoro com você, ninguém merece estar com alguém que mente tanto assim. - A plateia começou a rir.
Eu: Dona Vera eu peço desculpas por não ser honesto com a senhora, mas também não cometi nenhum crime, apenas fui até a boate como namorado de uma advogada para colher algumas informações. Não te obrigue a nada e também não lhe desrespeitei em momento algum.
Vera: É, isso é verdade.
Eu: Muito bem! A senhora agora promete que vai dizer somente a verdade?
Vera: Sim, prometo.
Eu: A senhora matou mesmo aquelas mulheres?
Vera: Sim, matei.
Eu: Por que?
Vera: Por ciúmes, elas se aproximavam pelo Ricardo e ele também acabava dando atenção a elas. Então, para não perder ele eu as matava.
Eu: Ontem a senhora me disse que Ricardo era apaixonado por aquela mulher da foto e não sentia ciúme dela pois sabia qual era seu lugar na vida dele.
Maiara: Protesto, a acusação está usando fatos não existentes no processo.
Juiz: Protesto aceito, Dr. limite-se ao que diz respeito ao processo.
Eu: Está bem Meritissimo. Dona Vera não precisa responder nada sobre a foto. Mas me diga uma coisa, se o Ricardo foi visto enterrando o corpo de uma das mulheres, então ele sabe que quem as matou foi a senhora?
Vera: Sim sabe, mas ele não tem culpa, eu o mandava enterrar os corpos bem longe.
Eu: Última pergunta. - Me posicionei em sua frente, ficando entre ela e o Ricardo. - Como a senhora matou aquelas mulheres?
Como eu imaginei, ela tentou olhar pro Ricardo na intenção de obter alguma resposta mas não teve sucesso.
Vera: Eu tenho um revólver na boate, o senhor sabe que aparece por lá homens querendo bater nas mulheres então precisamos ter algo pra nos defender.
Eu: Então a senhora matou essas mulheres com um revólver? Atirou nelas?
Vera: Sim, atirei.
Todos ali estavam querendo rir das palavras dela, pois estava na cara que ela não sabia como as mulheres haviam sido mortas.
Eu: Dona Vera, a perícia médica nos mostrou que as mulheres foram mortas por estrangulamento, portanto a senhora está mentindo.
Ela ficou pálida e com os olhos arregalados, parecia que ia desmaiar, foi quando eu tive uma ideia.
Eu: Preste atenção Dona Vera, a senhora sabe que pode ser punida por mentir no julgamento.
Vera: Me desculpa por favor, eu estava apenas tentando livrar o meu homem da cadeia, eu menti por amor.
Eu: Eu sei, tenho certeza disso.
Foi quando eu resolvi fazer um pedido ao Juiz.
Eu: Senhor Juiz, gostaria de fazer um pedido.
Juiz: Faça.
Eu: Aquela foto é uma peça muito importante que pode nos ajudar a desvendar muitas coisas aqui hoje, portanto peço que o Senhor permita que a testemunha fale sobre aquela foto, em troca do perdão por ter mentido no testemunho.
Juiz: Pedido aceito, continue.
Eu: Obrigado Meritissimo.
Ricardo: Eu falei pra você não por essa foto no meio. - Ele gritou.
Eu: E eu falei pra você dizer a verdade aqui na hora do julgamento, mas você não quis me obedecer.
Ricardo voltou a se sentar e aparentemente estava torcendo para que Vera não dissesse toda a verdade.
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O Promotor e A Advogada ( Finalizada )
FanfictionFernando Zor, tem 36 anos e é o melhor Promotor de justiça de sua cidade, nascido em Rondônia mas atualmente mora em São Paulo, sempre teve uma vida humilde, seu pai morreu quando ele ainda tinha dois anos, ele sonha em encontrar a mulher da sua vid...