Capítulo 6

1.2K 119 36
                                    

Maiara*

Fernando está mexendo comigo, ele é tão charmoso, engraçado e teimoso, tenho medo de alimentar esse sentimento pois prometo a mim mesma que não me envolveria com mais ninguém, tenho medo de me machucar e pelo visto ele adora me provocar, sei que ele disse aquilo na brincadeira mas de certa forma me chateia saber que ele é do tipo que provoca ciúme em alguém só pra se divertir.
Aceitei o jantar e na verdade nem sei o por que, como eu já disse não quero me envolver só que quanto mais eu me afasto mais ele se aproxima e fica difícil resistir.
Estou em casa me arrumando e pensando em como será esse jantar, optei por um vestido não muito escandaloso e uma make simples, espero que tenha ficado bom.
Termino de me arrumar e ainda faltam dez minutos pra ele chegar, me sento no sofá e o frio na barriga já se faz presente, ouço o som da sua buzina e me levanto, pego minha bolsa e saio de casa, tranco a porta e vou até ele que estava em pé ao lado de fora do carro me esperando.

Fer: Oi, você está muito linda. - Ele diz sorrindo e meu coração chega a palpitar.

Eu: Oi, obrigado. - Digo envergonhada.

Fer: Não vai me dizer que estou lindo também? - como pode se achar assim?

Eu: Não kkk.

Fer: Assim você me magoa ruiva. - Ele diz e pisca pra mim.

Eu: Vamos?

Fer: Claro.

Ele abre a porta do carro pra mim e eu entro, ele dá a volta e entra também, coloca uma música e da a partida no carro.
Chegamos no restaurante e o clima estava bem agradável, não tinha muita gente e eu agradeço muito por isso, odeio lugar cheio.

Fer: Reservei uma mesa pra gente, vamos.

Ele coloca a mão na minha cintura e me conduz até a mesa que ele havia reservado, me sento e ele faz o mesmo ficando de frente pra mim.

Fer: Quero te agradecer por ter aceitado o meu convite. - Caralho por que ele tem que ser assim.

Eu: Eu que agradeço pelo convite.

Fer: Esta gostando de morar aqui?

Eu: Prefiro Goiânia, mas até que estou gostando.

Fer: Você sempre morou em Goiânia?

Eu: Sim, nasci lá e você.

Fer: Eu nasci aqui, mas aí me mudei pra São Paulo e agora voltei pra cá.

Eu: E sua família?

Fer: Minha família era somente a minha mãe mas ela morreu quando eu tinha uns 18 anos, meu pai morreu quando eu ainda era muito pequeno e nunca tive contato com ninguém da minha família.

Eu: Então você não tem ninguém? - Fiquei com pena dele.

Fer: Pois é, parece que não.

Eu: Sinto muito, somos dois sozinhos então.

Fer: Como assim?

Eu: Meus pais morreram recentemente num acidente de carro e também não tenho irmãos.

Fer: Sinto muito, vamos pedir o jantar?

Eu: Pode ser.

Ele chamou o garçom e nós escolhemos os nossos pratos, enquanto não chegava ficamos conversando e ele não parava de me olhar, era um olhar tão intenso que me fez querer me jogar nos braços dele.

Fer: Está solteira a quanto tempo? - Não queria tocar nesse assunto.

Eu: Não quero tocar nesse assunto, podemos falar sobre outra coisa?

Fer: Claro, de desculpe.

Eu: Obrigado.

Fer: O que você gosta de fazer nas horas vagas?

Eu: Ouvir música, ler um livro e você?

Fer: Gosto de tocar violão, beber uma cervejinha, afinal também sou filho de Deus kkk

Eu: Tá certo. - Nossos pratos chegaram.

Nós comemos e depois pedimos uma sobremesa, conversamos sobre várias coisas e a noite até que foi bem agradável, Fernando insistiu pra pagar a conta mesmo eu dizendo que queria dividir então eu cedi. Saímos do restaurante e fomos até o carro dele, ele abriu a porta pra mim e eu entrei, saímos do restaurante e em alguns minutos ele parou na frente de casa, novamente ele abriu a porta pra mim e me acompanhou até o portão.

Fer: Muito obrigada pelo jantar, pela noite e pela companhia, foi tudo muito perfeito.

Eu: Igualmente, mais uma vez obrigado pelo convite. - Ficamos nos

Fer: Preciso te contar uma coisa Maiara.

Eu: Olha só não me chamou de ruiva e nem de baixinha kkk. - Digo mas ele continua sério.

Fer: Você tá mexendo muito comigo.

Ele se aproxima mais e coloca sua mão no meu rosto e acaricia, eu fecho meus olhos ora sentir o do que dele e sinto sua respiração mais próxima, meu corpo todo se arrepia e meu coração se acelera.
Sinto seus lábios tocando os meus e sinto um frio na barriga, seus lábios eram tão macios, coloco minhas mãos em seu pescoço e ele intensifica o beijo.
Ele me puxa pra mais perto e continua me beijando, as coisas começam a esquentar e eu me lembro que não posso, não posso me envolver então me afasto.

Eu: Melhor a gente parar aqui. - Digo ofegante e sem olhar em seus olhos.

Fer: Me desculpe, é que eu não resisti.

Eu: Não posso Fernando.

Fer: Mas por que? Você tem alguém?

Eu: Não, mas eu não posso.

Fer: Tudo bem, vou indo nessa então.

Eu: Tá, tchau.

Fer: Tchau.

Ele se vira e vai até seu carro e eu fecho a porta de casa, vou em direção ao meu quarto e as lágrimas já escorriam pelo meu rosto, eu sabia que não deveria ter ido nesse jantar, que raiva.
Tiro toda a minha roupa e vou pro banho, preciso me acalmar, após o banho eu me troco e me deito, dói só em pensar que terei que encará-lo amanhã.

O Promotor e A Advogada ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora