Capítulo 38

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Fernando*

Eu estava adorando provocar a Maiara, estava sendo muito satisfatório ver ela se mordendo de raiva e não pode falar nada, só que as coisas que ela disse sobre num foram muito mais cruéis, ela acabou comigo.
Eu não deixar pra lá o fato dela ter conversando com o outro advogado do Ricardo e o fato dela não ter contado isso mwljoroi as coisas pra mim, eu contei aos jurados e eles ficaram de boca aberta, provavelmente querendo saber por que ela omitiu isso, pedi pra ela falar pra nós o que eles conversaram mas segundo ela não era nada relacionado ao julgamento.

Maiara: Isso é apenas de interesse do Ricardo e não deve ser exposto ao público.

Eu: Tudo bem, então vou precisar perguntar diretamente ao Senhor Ricardo. - Me aproximei da cadeira do réu e fiquei bem na frente dele.

Eu: Senhor Ricardo, tenho certeza de que quer sair daqui livre, sem deixar nenhuma dúvida dúvida quanto a sua inocência certo?

Ricardo: Sim. - Ele estava com o rosto bem vermelho, talvez era medo de que eu revelasse alguma coisa.

Eu: Certo, sabe que se contar a verdade sobre o que conversou com o advogado poderá ajudar muito. Os jurados querem saber, o que conversaram?

Ricardo: Nada de interessante, meu mal estar não foi por causa da conversa.

Eu: Muito bem, acho que não vai mesmo falar a verdade. Me responda outra pergunta então: Por que Emília fugiu de você.

Ricardo: Isso eu também não sei, mas gostaria muito de saber. Eu a mão muito w sinto sua falta.

Eu: Sabe que eu tenho uma leve impressão de que o Dr. Marco Aurélio veio falar sobre ela, talvez ele tenha encontrado ela.

Ricardo: Não falar bobagens, já disse pra deixar ela fora disso.

Eu: Daqui a pouco voltaremos nesse assunto. Senhores jurados, vejam quantas coisas estavam sendo ocultas dos senhores, e tudo com a intenção de inocentar o réu.
Mas continuando, esse homem, saiu de São Paulo e veio comprar uma casa aqui, para passar uns dias e também para poder enterrar os corpos das mulheres que ele matava. Mas ele não contava que o destino fosse colocar no caminho dele uma menina, que estava ali com seu namorado e presenciou tudo, e foi aconselhada pelos pais a denunciar, sim eles realmente são meus amigos, pois quando eu era criança costumava brincar muito naquele lixão com o pai dela. Vejam como quando fazemos algo errado sempre tem alguém que vê.
A defesa não sabendo o que dizer sobre isso, resolveu se aproveitar do faro do pai da menina ser meu amigo e criar uma fantasia para enganar os senhores. Quanta infantilidade da parte da defesa.
No dia em que a menina foi fazer o reconhecimento o Juiz Maurício estava junto, ele viu a reação dela, de medo. Será  que a menina é tão boa atriz que conseguiu enganar também o Juiz?  Se isso não for uma prova, então só mesmo a confissão do réu, como ele fez pra mim enquanto estávamos a sós.
Senhores jurados, como eu queria que o Ricardo confessasse tudo o que me disse aquele dia, e outra coisa, tenho certeza que se procurarem no lixão vai encontrar o corpo da Emília lá também.
Daqui a pouco os senhores vão decidir o futuro desse homem, mas pensem bem, mais do que o futuro do Ricardo, os senhores estar ao decidindo se essas três mulheres vão poder descansar em paz em ver seu assassino na cadeia.

Maiara: Protesto! O Promotor não pode incluir a morte da Emília no processo se ninguém sabe se ela está morta.

Juiz: Protesto negado! Ele não está incluindo no processo, está incluindo na sua fala, está deduzindo.

Eu: Obrigado Meritissimo.

Caminhei novamente em direção ao réu, bem devagar e com o olhar fixo no dele, a plateia toda em silêncio, o clima era pesado. Por um instante eu estava sentindo que podia ter convencido os jurados sobre a culpa do réu, mas aquilo não era o suficiente.
Eu sentia que ele estava prestes a confessar tudo, era só uma questão de certas o golpe fatal.
Parei bem em sua frente e olhei fixo em seus olhos, fiquei ali parado sem desviar o olhar, ele também me encarou, parecia muito nervoso.
Continuei calado, olhando pra ele como se estivesse esperando uma resposta, uma confissão, um desabafo, os minutos foram passando e eu continuava ali.
Depois de algum tempo percebi que suas mãos começaram a tremer, era o primeiro sinal, logo em seguida o suor escorria em seu rosto, meu coração batia descompassado, eu esperava que ele quebrasse o silêncio, mas quem fez isso foi o Juiz.

Maratona: 10/10

O Promotor e A Advogada ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora