Capítulo 94

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Fernando*

Eu saí do quarto e deixei a Maiara sozinha, eu estava irritado mas ao mesmo tempo mal por ter feito ela chorar, é que o ciúme falou mais alto e eu me transformo quando estou com raiva.

Dani: Maiara não vem?

Eu: Não, a gente acabou brigando e ela não quis vir.

Dani: Vou lá falar com ela.

Dani vai até a porta do nosso quarto mas volta pois a Maiara nem abriu a porta.

Dani: Ela não quis abrir pra mim e tá chorando.

Eu: Acho que vou voltar lá e conversar com ela.

Pablo: Deixa ela esfriar a cabeça, depois vocês conversam.

Eu: Não quero deixar ela sozinha.

Pablo: Vai ser melhor, se você for lá agora vão acabar brigando.

Eu: Tem razão.

Fomos pra piscina e nos sentamos nas espreguiçadeiras que tinha ali, enquanto eles aproveitavam a tarde eu só conseguia pensar nela, eu fui tão injusto, deveria ter acreditado nela e não agir feito um idiota imaturo.

Pablo: Vai ficar ai pensando na Maiara?

Eu: Eu fui muito injusto com ela.

Dani: Mas afinal quem era aquele cara.

Eu: É um filho da puta que usou ela.

Dani: Como assim?

Eu: Não quero entrar em detalhes pois esse assunto é muito pessoal dela, mas eles se conheceram quando ela estava na faculdade e ele se aproximou, fingiu estar afim dela até conseguir o que queria.

Dani: Por isso ela levantou daquele jeito e foi embora.

Eu: Sim.

Pablo: E você sabia disso?

Eu: Sabia mas não o conhecia.

Dani: E como a Mai Tá?

Eu: Tá chateada comigo.

Pablo: Você foi grosso com ela lá no restaurante.

Eu: Eu sei, sou um idiota.

Passamos o resto da tarde ali e depois voltamos pros quartos pois já estava quase na hora do jantar, volto pro quarto e ela ainda estava deitada na cama, vou direto pro banheiro e tomo um longo banho, na verdade eu estava criando coragem pra me desculpar com ela.
Tentei puxar assunto mas ela não quis saber, eu saí dizendo que buscaria o jantar e ela disse que não queria, mas como eu a conheço e sei que está com fome vou lá e pego mesmo assim.
Quando volto pro quarto vejo ela já tomada banho e sentada na cama penteando os cabelos, coloco o jantar em cima da mesa e vejo ela passar por mim indo até o banheiro, quando ela tá voltando eu puxo ela pros meus braços e peço desculpas.
Depois de fazer as pazes e de jantar eu propus da gente ir dar uma volta, nem aproveitamos o dia juntos hoje.

Eu: Tá com frio? - Pergunto enquanto caminhávamos pelo hotel.

Mai: Um pouquinho.

Eu: Quer voltar?

Mai: Não, Quero ficar aqui com você.

Andamos mais um pouco e depois fomos pra perto da piscina, me sentei em uma das espreguiçadeiras e ela se sentou no meio das minhas pernas, de costas pra mim.

Eu: Eu sou tão grato a Deus.

Mai: Pelo que?

Eu: Por tudo, pela vida que eu tenho, pelo meu trabalho, por ter você comigo.

Mai: Também sou muito grato a ele por ter você comigo. - Ficamos um tempo em silêncio. - Amor.

Eu: Oi.

Mai: Você não pensa mais no seu pai?

Eu: No Ricardo? - Ela diz que sim. - Ele nunca vai ser meu pai.

Mai: Me desculpa.

Eu: Não, tudo bem. Não tenho raiva dele mas não o considero meu pai, prefiro pensar que o meu pai é aquele que morreu quando eu tinha 2 anos.

Mai: Você quase nunca fala da sua mãe.

Eu: Minha mãe era uma pessoa maravilhosa, ela ia amar você.

Mai: Eu também ia amar muito ela.

Eu: Vamos mudar de assunto por favor.

Mai: Você sente falta dela?

Eu: Muita.

Ficamos em silêncio, abraçados e observando o céu, algum tempo depois nós voltamos pro quarto e nos deitamos, estava meio friozinho então puxei o cobertor e nos cobri.

Eu: Vem aqui bebê, vou esquentar você.

Mai: Esfriou do nada.

Eu: Verdade.

Ela se deitou em meus braços e eu fiquei fazendo carinho

O Promotor e A Advogada ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora