Capítulo 39

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Maiara*

Fernando estava quieto, somente olhando pro Fernando e não dizia nada. Todos estavam tensos, esperando pra ver o que acontecer, Ricardo também o encarava e eu percebia o quanto estava ficando nervoso, até que o Juiz decidiu quebrar o silêncio.

Juiz: Não vai dizer nada Promotor?

Fernando: Sim. - Ele não tirava os olhos do Ricardo. - Sr. Ricardo, só o senhor pode dar a certeza que os jurados precisam para que a justiça seja feita. Não seja covarde, pense nas mulheres que você matou, eram jovens, tinham uma vida toda pela frente.
V9ce já viveu todos esses anos, já e hora de pagar à justiça o que deve, tenho certeza de que com a sua confissão a pena ser a mais leve, o Juiz levará em consideração a sua colaboração. Conte a eles o que contou a mim, e aproveite para confessar que também matou a Emília.

Ricardo: Vá pro inferno, não matei ninguém! Eu sou inocente. - O Ricardo gritava.

Fernando: Você matou as três mulheres e Emília estava grávida! Então matou o seu filho também.

Ricardo: Não! - Ele gritou Ta o alto que até quem estava fora do tribunal puderam ouvir.

Fernando: Confessa Ricardo!

Ricardo: Eu não matei ninguém.

Juiz: Dr. Fernando!

Fernando: Sim Meritissimo.

Juiz: Agora chega, termine seu pronunciamento e vamos deixar que os jurados decidam.

Fernando: Está bem, não tenho mais forças mesmo. Senhores jurados, pensem bem em tudo o que foi dito aqui. Que Deus ilumine a consciência de cada um para que a justiça seja feita. Nada mais a falar Meritissimo. - Ele diz e volta pro seu lugar.

A sorte estava lançada, eu havia feito tudo o que podia e com certeza ele também.
A plateia começou a cochichar e o Juiz pediu silêncio mais uma vez, motivos não faltavam para eles comentarem entre si o que acabou de acontecer aqui.

Juiz: Silêncio! Neste momento quero parabenizar aos doia profissionais que aqui debateram, Doutora Maiara e Doutor Fernando. Vocês fizeram o que podiam, cada um na sua função, um de defender e o outro de acusar, agora cabe aos jurados a tarefa de decidir se o réu é culpado ou inocente.
Os senhores podem se retirar do plenário e se dirigir até a sala que ser a indicada por um oficial, lá cada um de vocês receberá um papel no qual devem responder apenas sim ou não para a seguinte pergunta: O réu assassinou as vítimas aqui apresentadas?. Os senhores estão em sete portanto não haverá empate, podem ir, daqui a meia hora voltaremos ao plenário para a decisão final.

O Juiz acabou de falar e se levantou, saindo do sala O. Olhei pro Fernando e ele também estava me olhando, de forma fria e amarga. Também me levantei e sai do tribunal, fui direto pra uma sala descansar um pouco. Eu estava muito nervosa e acima de tudo estava exausta, me sentei em uma cadeira no canto da sala e ali fiquei, imóvel e pensando em tudo o que aconteceu nesses dias de julgamento.
Meia hora se passou e um policial veio me chamar, respirei fundo e sai da sala, voltei pro tribunal e me fiquei em pé no meu lugar, ao lado do Ricardo.
Vejo Fernando entrar e seu semblante não era nada bom, ele também estava exausto e parecia muito abatido, como eu queria cuidar dele depois que tudo isso acabar, mas eu dei um fim em tudo isso, e como ele disse, ele não quer falar comigo.

Fim do julgamento, no próximo capítulo teremos o resultado.

O Promotor e A Advogada ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora