O Promotor e A Advogada ( Finalizada )

Capítulo 41

Maiara*

Ricardo foi inocentado, eu sei que deveria estar feliz por isso mas não estou, por ele sim mas pela minha vitória não, eu perdi o homem da minha vida. A forma que ele me tratou quando eu fui lhe parabenizar me doeu, mãe de certa forma eu mereci, estava tão cega, focada em ganhar esse caso, focada em mostrar pra ele que ele estava errado que acabei dizendo coisas que o magoou.
Saio do tribunal e vou pra minha casa, teria uma comemoração na casa que o Ricardo tem aqui e eu praticamente fui obrigada a ir. Tomo um banho e me arrumo, penso várias vezes em não ir mas eles estão contando com a minha presença lá.
Saio de casa e vou até a casa dele, entro e vejo ali todas as pessoas que estavam no tribunal, eles me abraçam e me agradecem por ter livrado o Ricardo da prisão, pego uma bebida e me sento em um dos sofás e fico observando as pessoas, eles pareciam se dar super bem.
Uma hora havia se passado desde que eh cheguei aqui e alguns já estavam meio alterados, observo de longe o Ricardo conversando com Dona Vera até que ele começa a passar mal, me levanto w vou até ele, o Doutor Marco Aurélio também estava ali e o segurou quando Ricardo quase caiu.

Vera: Precisamos levá-lo ao hospital.

Ricardo: Eu preciso falar com o Promotor.

Marco Aurélio: Mas pra que?

Ricardo: Por favor Doutora, chama ele.

Eu: Eu não sei se ele vai querer. - Eu estava desesperada em ver ele quase morrendo na minha frente.

Ricardo: Aaaah por favor.

Eu: Tá bom, eu vou lá mas o senhor tem que ir pra um hospital.

Vera: Alguém liga pra ambulância.

Marco Aurélio: Eu levo ele.

Sai da casa do Ricardo correndo e fui até a casa do Fernando, bati várias vezes na porta e nada dele atender, acho que ele não está em casa pois as luzes estão rodas apagadas.
Entro no meu carro e decido ir até o fórum, no caminho ligo pra ele mas seu celular estava desligado, ligo pro Maurício que também não me atende.
Chego no fórum e ouço várias vozes, vou até sua sala e todos estavam lá, Maurício, o seu amigo e a família, a secretaria dele e o Fernando.
Ele me olhavam assustados, mas não era pra menos afinal eu estava ofegante pois sai do carro e corri até sua sala.

Maurício: O que aconteceu Maiara?

Eu: Preciso que o Fernando me acompanhe. - Ele nem me olha.

Maurício: Aconteceu alguma coisa?

Eu: O Ricardo passou mal de novo e está no hospital. - Ele nem tchum pra mim. - Fernando!!

Fer: O que eu tenho a ver com isso, não sou médico. - Ele tava sendo tão grosso comigo.

Eu: Ele disse que quer falar com você.

Fer: Eu não tenho nada pra falar com ele.

Eu: Fernando Por favor, ele pode morrer.

Fer: Isso não é problema meu.

Eu já estava desistindo de pedir pra ele vir comigo até que uma senhora que estava lá disse pra ele ir, não entendi muito bem como mas ele aceitou, não a conheço, será que é alguém da família.

Mauricio: Vai com ela Fernando, talvez seja importante o que ele tem a dizer.

Fer: Vocês podem vir comigo?

Diego: Claro.

Fernando nem me olhou, saímos da sala dele e eu fui em direção ao meu carro, ele foi no carro dele e os demais se juntaram nos outros carros.
Chegamos no hospital e todos me seguiram, fui até a recepção e me informei sobre o quarto que o Ricardo estava, ele estava desacordado então não pudemos entrar, ficamos sentados no corredor esperando ele acordar.
Eu sabia muito bem o que o Ricardo queria contar pro Fernando, e sei também que ele vai me odiar por ter escondido isso dele, mas eu não tenho culpa, era confidencialidade minha e do meu cliente, só espero que ele possa me perdoar um dia.