𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑼𝒓𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 ❤︎

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Confiando na felicidade reservada para aqueles que seguem o coração sem perder a razão

- Jimin? - Pisquei os olhos, meio atônito.
- Jimin, você já acordou?

Por um instante não soube nem quem me chamava.
- Hum... Não - respondi mesmo assim, e então comecei a entender quem eu era e o que estava acontecendo.
- O que houve, Jeon?

- Você está demorando a acordar...

- Que horas são?

- Dez pras nove.

- Isso é considerado tarde? Credo...
Estou desempregado, esqueceu?

- Não por muito tempo. Bom, é que eu fiz um café da manhã pra gente... Eu ia reclamar, mas ele logo me cortou:
- Um simples e inocente café da manhã, prometo.

Simples e inocente? Minha nossa... Juro que imaginei exatamente o oposto: um café da manhã completo, regado a sexo em cima da mesa. Hunft. Não tenho culpa se aquele cara aflora tudo o que há de mais pervertido em mim.
- Estou indo - foi o que me restou responder. Eu que não negaria uma proposta indecente logo pela manhã. Não fiquei louco e estava morrendo de carência. Uma ótima mistura para uma recaída.
- Meu Deus, tenho que parar com isso - resmunguei baixinho, mas ele ouviu.

- Parar com o quê?

- Nada não. Chego já.

Soltei mil bocejos até ficar realmente pronto. Foi difícil. Meu cabelo não queria acordar, por isso fui assim mesmo descabelado. Saí de casa quase sem suportar a luz solar prejudicando os meus olhos, parecia um homem das cavernas. Parei um pouquinho para admirar a minha varanda (não conseguia passar por ela sem dedicar um tempinho), e cruzei a varanda do 105. Bati a porta. Não queria ser indelicado. Tudo bem que tínhamos acesso à casa um do outro antes, mas...

Bom, enfim. Eu bati a maldita porta. Atire pedras em mim se quiser. Não recebi respostas. Depois da quarta tentativa, desisti e abri logo de uma vez. Claro que estava aberta. Procurei o Jeon pela cozinha, mas ele não estava. Contudo, um cheiro delicioso incensava o ambiente. Não deu outra: minha barriga roncou alto.
Percebi a porta da varanda aberta. Suspirei fundo antes de invadir o quintal. Jeon me esperavade pé, escorado em uma das pilastras de madeira da palhoça. A mesa estava magnificamente posta.

Sorri. Impossível não se sentir feliz com uma visão do paraíso como aquela. Meu sorriso durou um segundo, pois no outro soltei um grito de susto. Foi alto e desesperado, pois demorei demais a entender que dois cachorrinhos haviam surgido do além para subir em minhas pernas. Ouvi o Jeon se aproximando e gargalhando, certamente achando muito divertida aquela cena deprimente.

Tentei me afastar dos bichos, mas os loucos insistiam em ter a minha atenção. Soltei mais um bocado de gritos. Jeon ria cada vez mais alto do meu desespero. Aproximou-se de vez e segurou os dois nos braços, salvando a minha vida. Aliviado, levei uma mão ao peito e o encarei com ar de surpresa. Os cachorros começaram a lhe lamber, alvoroçados. Eca!

- De quem são esses bichos, Jeon? Enlouqueceu de vez?

- Não gosta?
Olhei para eles. Eram bonitinhos, eu acho. Um tinha a coloração marrom, e o outro, preta. Eram filhotes ainda... Muito ouriçados e agitados.

 Muito ouriçados e agitados

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 𝘖 𝘎𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴𝘢𝘰 𝘋𝘰 105 ꧁☟︎︎𝕵𝖎𝖐𝖔𝖔𝖐꧂ Onde histórias criam vida. Descubra agora