Aprender com a vida é bom, mas aprender com o Sr. Klein é melhor ainda
Calvin fez a mesma maldade que fiz com ele no domingo passado. Serviu-se de um prato gigantesco de feijoada (um homem daquele tamanho precisava se manter), arroz, couve e farofa e foi comendo sem esboçar reação alguma.
Eu estava achando uma delícia, mas vai saber, né?
O cozinheiro era ele. Fiquei apreensivo durante todo o almoço, que realizamos na minha sala nova, com mesa nova, pratos novos, talheres novos... Certo, isso me fez ficar contente, tirando a angústia que sentia ao esperar suas críticas. Precisei fazer mais caipirinha, pois nem ele e nem eu paramos em um copo só. Tudo bem, fiz mais fraca, colocando mais gelo do que cachaça.
– Ai, meu Deus! – gritei quando ele deu a última garfada.
– Esqueci de fazer uma sobremesa! Que droga! Como sou tapado! – Dei um cascudo na minha testa. Ele gargalou.
– Não se preocupe, Jimin, tem pudim de morango lá em casa... Você vai amar o meu pudim. Acrescente um sorriso malicioso aqui. Encarei-o.
Os três copos de caipirinha me fizeram dizer:
– Aposto que sim. Deve ser bem firme o seu pudim. Calvin sorriu ainda mais amplamente.
– Vai sentir a consistência mais breve do que imagina – falou baixinho. Vou lá buscar. Agarrei o seu braço. Ok, eu estava ficando bêbado.
– Não! Primeiro me diga o que achou da feijoada! Ele segurou a mão que o tocava. Depois a alisou devagarinho, sem desviar os olhos de mim. Não ousei me mexer. Seus dedos percorreram o meu antebraço e foram subindo até os meus ombros. Circularam o meu pescoço, e continuei sem me mexer. Só percebi que um rastro quente de desejo foi deixado na minha pele quando o maldito parou de me tocar.
– Trabalho em um restaurante que serve pratos típicos de diversas regiões do país. Os caras são muito bons...
Senti o meu corpo congelar. Sabia que ele ia me criticar pesado.
– Eu me espelho neles, na verdade. Não me olha desse jeito, Jimin... Respirei.
– Desculpa, é que estou nervoso! Sorriu. Senti o meu rosto corar.
– Não fique nervoso... Só mordo se me pedir – sussurrou. Minha calça deu uma vibrada, e a cor do meu rosto não deve ter melhorado muito.
– Você está me enrolando! Diga logo! Gargalhou. Calvin se levantou da cadeira e puxou a minha mão, obrigando-me a levantar também. Fiquei o observando feito um retardado.
– O que eu quero dizer é que esses filhos da mãe que passaram anos estudando sobre comidas típicas ainda não conseguiram fazer uma feijoada tão saborosa quanto a sua, Jimin. O vermelho do meu rosto deve ter dado lugar ao branco.
– Estou impressionado!– Ah, Calvin! – Não resisti. Simplesmente me atirei no pescoço do cara. Dei-lhe um abraço forte, com direito a um quase sufocamento. Ele revidou o abraço, envolvendo seus braços firmes na minha cintura. Achei que pudesse derreter feito açúcar misturado em água. O meu vizinho gostoso começou a rir sem pausas; Calvin realmente tem um senso de humor tão grande quanto ele.
– Acho melhor você me largar, não posso usar o meu sangue para outra coisa além da digestão. Desse jeito vou ter um AVC. Envergonhado, larguei-o bem depressa. Quando menos percebi, estávamos rindo da situação.
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𝘖 𝘎𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴𝘢𝘰 𝘋𝘰 105 ꧁☟︎︎𝕵𝖎𝖐𝖔𝖔𝖐꧂
Fanfiction{CONCLUIDA} Park Jimin é um garoto que sempre sonhou com sua liberdade e independência e que finalmente as conquistou quando comprou sua casa própria. Mas junto ao pacote, ele ganhou também um vizinho fora do normal. A única casa colada a sua era...