Chapter Six- "Making mistakes"

165 23 25
                                    

   

“O nosso início não foi o melhor,Mas a nossa história foi da maior intensidade,Só que o nosso final foi pior,Afinal não podias ser a minha felicidade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

“O nosso início não foi o melhor,
Mas a nossa história foi da maior intensidade,
Só que o nosso final foi pior,
Afinal não podias ser a minha felicidade. “– Eu.
 
 

      Por momentos penso em ceder ao seu abraço, sinto-me bem nele, mas não é comparável ao de Sophie. A afasto rudemente, embora, com um pequeno toque de delicadeza.

- O que estás a fazer? - pergunto visivelmente irritado.

- Eu percebo que estejas irritado. Eu fui um pouco ignorante, só não quero que fiques assim. Gostava que parasses de colocar essa armadura que afasta toda a gente e me dês uma oportunidade, e eu sei que vales a pena, só tentas convencer todos que não mereces compaixão.

- Vai-te embora. – digo fechando os olhos. Meu punho começa a se fechar e começo a fechá-lo sentindo a raiva fervendo mais e mais dentro de mim. Eu não valho a pena. Sophie morreu por minha causa.

- Não me podes obrigar. - Ela diz, com uma voz que mostra o quanto está decidida.

Sento-me na quadra de futebol, nas bancadas, e respiro fundo. Ela senta do meu lado e eu fico mais irritado, embora sua presença lá no fundo me agrade.

-Não precisas de afastar todos, Jack, tens os teus problemas assim como todos nós, mas isso não faz de ti algo ruim, ou não merecedor de amor ou compaixão. Não importa o quanto tenhas errado.

- Não me conheces, não sabes o quanto sou diferente. - Tento falar, mas ela interrompe-me.
Ela aproxima-se e eu permito-me reparar nela. Ela está com uns calções de tecido ganga, uma blusinha de veludo, cor de vinho, com um decote em V que a favorece um pouco, admito. Ela ajoelha-se ao meu lado e a sua mão toca minha face enquanto ela tenta falar:

- Ser diferente nem sempre é mau, Jack. - Quero gritar com ela e dizer que está errada, mas estou envolvido demais por seus olhos castanhos, fito sua boca com atenção, com uma cor avermelhada chamativa, que me faz querer beijá-la agora mesmo. Puxo-a para o meu peito e ela caí sentada no meu colo. Trago-a para mim, levemente, pelos seus cabelos, enquanto acaricio seu rosto, vendo como é linda.  Ela dá um sorriso que me tira do sério e quando estou prestes a empurrá-la e dizer que isto é um tremendo erro, como se adivinhasse, ela me beija.

Os seus lábios são macios, e envolvem os meus de forma a me sentir só com ela aqui. O beijo começa lento, mas logo se torna apressado e necessitado, a minha mão segura o seu rosto enquanto a outra está ocupada passeando pelo seu corpo. Uma das mãos dela está nos meus cabelos, apertando levemente, fazendo com que eu gema em sua boca e a outra está apoiada em meu ombro. A puxo mais para mim, como se fosse humanamente possível, e paramos de nos beijar para nos olharmos. Antes que dê tempo de me arrepender, a beijo de novo, sentindo seus lábios se encaixarem nos meus, e nossas línguas dançarem ao som de uma música animada que eu poderia dizer que seria a minha preferida e deixaria no replay vezes sem conta. Ela afasta-me e penso que vai dizer que se arrependeu, mas ela apenas deita a sua cabeça no meu ombro e para minha surpresa, eu também não a afasto.

   Sinto-me estranho, não me aproximava de alguém há tempos e tempos, e logo agora, não esperava acontecer, afinal, eu já tinha tomado a minha decisão. Prendi-me na ideia de não ter ninguém nunca mais. Mas não há motivo para preocupação, foi só um beijo que não se repetirá.
Ela dá-me um beijo na bochecha e antes de ir embora ainda fala:

- Não te arrependas de fazer o que te faz sentir vivo, Jack, vive. Garanto, que te farei gostar mais de viver e do que a vida nos têm para oferecer se olharmos bem para ela. - Ela vira-se de costas e para mim, e sai correndo, como se nem ela acreditasse que falou aquilo. E eu também não acredito. Palavras bobas. Estou morto há muito tempo Isabella e não há nenhuma forma de ressuscitar quem está morto de todas as formas possíveis.

DARK DEMONS. Onde histórias criam vida. Descubra agora