Chapter Twenty-Three- "Whatever it takes"

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"Promessas foram proferidas.
Foram palavras malandras.
Tudo mentiras.
Até as minhas pernas ficavam bambas. "- Eu.

Acordo e sinto um cheiro típico no ar, o cheiro dela. Olho em volta procurando Isabella e não a encontro, pego meu telemóvel para ver que horas são e verifico serem sete da manhã. Isabella deixou seu número numa nota e qualquer coisa sobre ter de ir para casa por causa dos pais. Suspiro gravando seu número e me permito relembrar do dia anterior, aquilo foi diferente do habitual, muito mais quente, havia muito mais desejo envolvido. A isso chamo uma boa química, uma conexão, mas apenas isso. Isabella e eu nunca teremos mais do que isto, e não me posso queixar, fodê-la é bom demais. Nos fones, a música de Dermot Kennedy- Power over me, soa e eu tento que ela não signifique nada para mim, mas é impossível, ela magoa-me, parte-me o coração, e quebra-me mais do que imaginei.


Call and I'll rush out
All out of breath now
You've got that power over me, my my
Everything I hold dear resides in those eyes
You've got that power over me, my my
The only one I know, the only one on my mind
You've got that power over me (my my)
Got that power over me (my my)
You've got that power over me


Quando alguém têm este tipo de poder sobre nós, tornamo-nos frágeis. Passamos a poder ser quebrados, porque mexem connosco, fazem-nos ver o mundo doutra maneira. O amor é e sempre foi perigoso, leva-nos a fazer coisas que não gostamos, e nunca o faríamos se não estivéssemos apaixonados. O amor leva-nos às maiores loucuras e aventuras, mas tira-nos o chão quando nos atiramos do abismo. É algo que não quero sentir. Ele é assustador, mesmo quando nos faz sentir bem.

Enfim, levanto-me sem vontade, e tomo um banho. As músicas tocam, não apenas pela casa de banho, mas tocam-me a mim. Canto baixinho, cada palavra, cada melodia, consigo sentir o peso de cada pormenor. A música é mais do que parece. Depois de um banho gratificante, não me sinto mais leve. Espreito pela janela e vejo a casa de Isabella, esforço-me por não pensar nos acontecimentos de ontem, mas torna-se impossível.

Não consigo não pensar em como me fez sentir estar tão perto dela, no quanto quero estar perto dela. Suspiro, vestindo umas calças de ganga, uma t-shirt branca e umas sapatilhas brancas Nike. Penteio meu cabelo e me olho no espelho. Os meus olhos verdes chamam-me à atenção, mas não tem qualquer valor para mim, não gosto do que vejo, não gosto de quem sou, exteriormente e interiormente. Não gosto, e ela também não pode gostar. Desço as escadas, com passos pesados, não há sítio onde desejaria estar menos no momento. Não consigo sentir-me parte disto, tenho motivos para isso, eles também não me consideram parte de nada, para eles não significo nada.

- Bom dia, Jack. Dormiu bem?- Sally pergunta. Observo a cozinha, os móveis novos e modernos brancos, a mesa com variadas coisas, Marcel está sentado na ponta e Sally está em pé enquanto faz sumo de laranja. Passo sem responder, e não pego em nada para comer.

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