Chapter Thirty-Six- "Losing battles"

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“Devias ser preso

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“Devias ser preso.
Visto que matar alguém é ilegal.
E me mataste por dentro.
E agora quero é que nada tenha sido real. “- Eu.

 
   É preciso entender que os que mais amamos são sempre as primeiras a deixar-nos, quando prometeram precisamente o contrário. A nossa maior ilusão é vivermos na esperança de um tempo infinito ou o termo mais comum “para sempre”, e como referi anteriormente, é meramente uma ilusão. E todos nós já caímos nela, pelo menos uma vez em toda a nossa vida. A dor é gigante e achamos que nunca vai passar, mas a dor ensina-nos a ser mais fortes, a ser guerreiros, e passamos a aprender com ela. Todos nós, sem exceção, já fomos alguém tóxico para outra pessoa, sendo culpados ou não.

A vida é uma caminhada longa ou curta, depende do que o azedo destino planeou para a nossa alma, e sempre seremos rodeados de pessoas tóxicas, de pessoas que nos virarão o mundo ao contrário e nos vão fazer pensar que é o fim do mundo, mas não é.

Afinal quantos cientistas previram o suposto fim do mundo? E não estamos aqui ainda? Infelizmente para uns, felizmente para outros. Mas não é aí onde quero chegar, o que eu quero que percebam é: não nos podemos basear numa única perspetiva.  Mudanças são frequentes e fazem parte desta caminhada imprevisível, vão aparecer pedras pelo caminho, umas maiores que outras, e vão aparecer partes em que a caminhada será mais fácil. No fundo, nós habituamos-mos às pedras que aparecem e superamos sem sequer nos apercebermos.

Aprendemos com o tempo, que nada é impossível, apenas é difícil. Entendemos que vamos ter de sofrer muito para chegar onde queremos e precisamos e sobretudo ganhamos memórias de bons momentos, e eu sempre guardarei as minhas. Para chegar ao topo é preciso começar por baixo. É preciso lutar e aprender a levantar depois de inúmeras quedas, afinal, qual é a piada da vida se não for um desafio?

Lutei cada segundo para estar onde estou, limpei cada lágrima que ousava descer e perdi muito, do que eu achava que seria eterno, pelo caminho. Mas não há arrependimento, eu fiz tudo o que tinha de fazer.  Eu fui o melhor de mim. Eu transformei-me no melhor de mim, isto tudo, porque sobrevivi a todos os fins de mundo imagináveis. Também, porque eu lutei mesmo com todas as dificuldades, eu me superei, eu superei tudo, todos os obstáculos, pisei nas maiores pedras, e atravessei-as mesmo com as dores.

O meu nome é guerreiro. Porque eu me comportei toda a vida como um. E isso ninguém pode mudar ou contrariar, porque as cicatrizes são eternas de quem vai á guerra, e eu fui á guerra e voltei. Não completamente são, mas voltei para terminar tudo o que eu prometi a mim mesmo.
 
                                 ****
 
     Katherine Williams está completamente linda. O vestido vermelho fica incrivelmente lindo no seu corpo e a fenda dele deixa uma certa imaginação por causa da sua perna bem torneada à mostra. As alças finas dão lhe um toque delicado e o seu cabelo cai em belos cachos. A maquilhagem está incrível e o colar delicado em forma oval, como um medalhão, dá-lhe um toque a mais.

- Jack Smith sempre cumpre as suas promessas. – ela sorri enquanto me observa. – Trouxe uma gravata para ti. – ela tira da sua pequena mala dourada uma gravata brilhante vermelha e coloca-a no meu pescoço enquanto observo todos os detalhes do seu resto. – Prontinho, podemos ir.

Abro a porta do carro para ela sentar, recebendo um sorriso, e antes de entrar abro a mala tirando duas rosas: uma vermelha e uma branca. Coloco a vermelha no meu terno, e entro oferecendo a branca a Katherine.

- Obrigada Jack, é muito querido da tua parte. – sorrio em resposta e ligo o rádio, sentindo-me feliz quando identifico a música, One Direction- What makes you beautiful.

- You´re insecure, don´t know what for, you´re turning heads when you walk through the door, Don´t need make-up to cover up, Being the way, you are is enough. – Katherine canta desafinado me fazendo rir enquanto balança a cabeça conforme o ritmo da música, sorrindo. (Você é insegura, não sei por quê, as pessoas olham quando você passa pela porta, não precisa de maquiagem, para se esconder, sendo da maneira que você é, é suficiente.)

- If only you saw what I can see, You will understand why I want you so desperately, Right now I´m looking at you and I can´t believe… - eu canto com intensidade desabando em risadas depois. (Se você visse o que eu posso ver, você entenderia porque eu te quero tão desesperadamente, agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar)

- A tua voz continua-me a surpreender- Katherine diz enquanto sorri para mim e eu apenas sorrio em resposta, enquanto fazemos o caminho para o baile em meio a risadas e músicas.
 
    Quando eu e Katherine entramos pelo salão improvisado no ginásio, não foi muito difícil encontrá-la. Era como se toda a beleza tivesse sido roubada para ela, e o meu ar havia escapado todo em meio a tanta admiração. O seu olhar cruzava-se com o meu e Katherine dizia algo no meu ouvido, mas eu só conseguia vê-la. O vestido azul marinho e dourado longo definia todas as suas maravilhosas curvas, o decote caicai favorecia-a imenso e o seu cabelo estava metade apanhado e outra metade solto em caracóis muito bonitos. Seus lábios estavam preenchidos por um batom vermelho forte e a maquilhagem destacava os seus olhos bonitos. Ela estava esplêndida, perfeita, não havia simplesmente palavras para a descrever.

Com o anúncio de uma música lenta, Leonard Dawson aproximou-se dela que assentiu ainda olhando para mim, e foi para a pista de dança. Já eu, conduzi Katherine para as bebidas, e deitei um pouco de vodca que trazia comigo numa daquelas bebidas sem sabor.

- Vamos dançar? – Katherine puxou a minha mãe mesmo antes de eu recusar.

- Você está muito atrevida, não acha, senhorita Williams? – eu sorri de forma debochada em sua direção enquanto dançávamos uma música calma.

- Que bom que gosta, porque eu estava querendo fazer isto há muito. – não percebi o significado desta frase, até ela colar seus lábios nos meus. Era um beijo bom, o seu gosto era bom e sua língua tinha maestria, mas era só isso. Quando finalizamos, ela nem me deixou falar. – Eu só precisava de saber se me ias olhar da mesma forma que olhas para ela, Jack. Eu precisava pelo menos de te beijar mais uma vez, e ter a certeza de que o teu coração nunca poderia ser meu, porque já é de outra. – eu olhei confuso para ela, que sorriu e viu Isabella seguindo rapidamente para o corredor da escola. Katherine acenou com a cabeça na minha direção, como que dizendo que eu poderia ir. Deixei um beijo no topo da sua cabeça e caminhei a passos largos para o último lugar que a tinha visto.

- Isabella? Está tudo bem? - eu perguntei ao entrar no corredor.
Só não esperava olhar e ver Leonard Dawson apertando o corpo dela enquanto se beijavam desesperadamente. Eu gargalhei em desgosto, sentindo o seu olhar sobre mim, e caminhei para fora daquele maldito corredor, onde eu percebi ser o mesmo falhado de sempre. Sorri ao ver Katherine dançar animadamente com Harry que ultimamente andava desaparecido da minha vista, e enquanto saía podia escutar na festa BANNERS- SOMEONE TO YOU, como um maldito aviso que soou bem alto dentro da minha cabeça.

“I don´t wanna die or fade away
I just wanna be someone (2x)
Dive and disappear without a trace
I just wanna be someone
Well, doesn´t everyone?
And if you feel the great dividing
I wanna be the one you´re guiding
Because I believe that you could lead the way. “

 
E foi nesse momento que eu percebi que estava perdidamente apaixonado e não havia volta a dar, Isabella Lopez tinha ganhado sua primeira batalha.

Traduções:

"Eu não quero morrer ou desaparecer
Eu só quero ser alguém
Eu só quero ser alguém
Mergulhar e desaparecer sem deixar rastros
Eu só quero ser alguém
Bem, não é o que todos querem?
E se você sente em um momento ímpar
Eu quero ser aquele a quem você guia
Pois eu acredito que você poderia mostrar o caminho"

DARK DEMONS. Onde histórias criam vida. Descubra agora