Jack Smith. Odeio o amor, talvez, mas apenas talvez, por ter amado demais e nunca ter sentido uma gota desse oceano de sentimento.
Sou um estilhaço de cacos demasiado quebrados para serem reconstruídos, sou as ondas violentas, a maré zangada, a trov...
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"Disseste que eu era o teu destino, Prometemos ficar juntos até ao infinito. O nosso amor era demasiado clandestino, Mas o amor que dura, hoje em dia é um mito. "- Eu.
Evitei Isabella no caminho para casa, e nos dias seguintes até chegar o fim-de-semana, e não entendo porquê. Foi só um beijo. Sophie diria que estou apaixonado, e talvez ela aprovasse Isabella. Provavelmente aprovaria. Mas eu não aprovo ninguém, pois, estou bem como estou. Sozinho. Perfeitamente sozinho. O nome Jack não foi feito para ter acompanhamento. Sempre foi só o Jack e o Jack, apenas eu.
Desço as escadas ouvindo Sunset Lover- Petit Biscuit. É uma música um pouco cliché e apesar de ser basicamente apenas instrumental me traz alguma paz. Paz essa que acabou de ser interrompida pela voz irritante de minha mãe.
- Olá Jack, meu filho. - Ela me chamou de filho. Surpreendo-me, mas não demonstro. E prazer. Estão oficialmente conhecendo Sally, minha mãe. Não sou parecido fisicamente com ela. Nem com meu pai, apesar de tanto eu como meu pai termos cabelo preto, é a única coisa em que somos parecidos, porque tudo resto é diferente. E da minha mãe só roubei os olhos verdes. Ela é uma mulher bonita, na casa dos quarenta anos, assim como meu pai. Como já mencionei a história de amor deles é considerada linda e romântica. Mas eu não me importo, eles nunca fizeram questão de me perguntar se eu estava bem.
- Jack? Jack? - ouço Sally chamar-me, às vezes custa não a chamar de mãe, mas ela nunca se comportou como uma para mim. Sempre fui invisível. Sempre fui o erro e o arrependimento.
- O que foi?
- Você quer ir connosco jantar fora ao restaurante novo que abriu hoje? - ela pergunta doce demais.
- Não.
- Mas você vai. Não saímos faz tempo juntos, e seu pai quer falar com você.- Suspiro, ele vai voltar com a mesma conversa de sempre. Sobre a universidade e o que seguirei lá, meu pai quer que eu siga Direito. E no início por mim tudo bem, mas agora não sei se é bem o que quero. Não respondo nem tento porque sei que não há volta a dar, com Sophie cá seria mais fácil. E é por ela que farei este esforço.
Como ainda é cedo coloco a música no máximo e ouço a voz de My Chemical Romance- Welcome To The Black Parade.
"Do or die, you'll never make me Because the world will never take my heart Go and try, you'll never break me We want it all, we wanna play this part I won't explain or say I'm sorry I'm unashamed, I'm gonna show my scar Give a cheer for all the broken Listen here, because it's who we are I'm just a man, I'm not a hero"
Sinto como se meu corpo flutuasse conforme me sinto envolvido pela música. Me deixo viajar por entre as notas da música e me permito cantar baixinho alguns versos. E nem mesmo reparo quando adormeço.
Traduções:
"Faça ou morra, você nunca vai me fazer Porque o mundo nunca vai tomar meu coração Vá e tente, você nunca vai me quebrar Nós queremos tudo, nós queremos desempenhar esse papel Eu não vou explicar ou dizer que sinto muito Não tenho vergonha, vou mostrar minha cicatriz Dê um grito de alegria por todos os quebrados Ouça aqui, porque é quem somos Eu sou apenas um homem, não sou um herói "
