Chapter Fifteen-"The weight of life "

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“I still look at you with eyes that want you, when you move, you make my oceans move too, If I hear my name, I will run your way” – Isak Danielson- Power

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“I still look at you with eyes that want you, when you move, you make my oceans move too, If I hear my name, I will run your way” – Isak Danielson- Power.
  

     Dizem que a vida é uma caminhada difícil e chata. Eu acredito, quem gosta de viver assim? Abano a cabeça tentando tirar aqueles pensamentos da minha mente, mas sei que em breve voltarão, sempre voltam. Ouço o toque que faz alguns dos mais atrasados correrem para dentro e dou um longo suspiro.  Ando em passos lentos, com a máxima lentidão se posso afirmar, e entro na maldita escola. Não me sinto bem aqui dentro, mas também não me sinto bem em nenhum lugar. A minha caminhada é interrompida por um par de olhos verdes, reviro os olhos com a ironia. Harry está na minha frente com cara de quem vai estragar o meu dia, ele morde seu lábio inferior com alguma impaciência e tenho a certeza de que não vou gostar do que vou ouvir.

- Podemos conversar? – são as palavras que saem da boca de quem já considerei quase um melhor amigo. Respiro fundo e viro costas, não me importando com o que quer que seja que ele tenha para falar. Sinto o meu braço ser puxado e eu recebo um murro. Mas que raio? E outro, e outro. Sinto o sangue escorrendo da boca. Empurro Harry contra a rede do campo de futebol, e dou um murro que faz seu nariz sangrar.

Ele me olha impaciente e consegue falar por entre a dor:
- Preparado para falar, agora? - reviro de novo os olhos, irritado. Inclino a cabeça em afirmação, porque precisava de acabar com esta treta de uma vez.

  Harry limpa o nariz com a manga do casaco, e eu o sigo em direção ao café perto da escola, entramos em silêncio e sento na primeira mesa que vejo, demonstrando minha pouca vontade de conversar. Assim que o olho as lembranças passam por minha mente rapidamente e me lembro perfeitamente do dia em que Sophie levou um tiro. Nem todos os dias são bons, nem todos os dias são alegres, mas minha irmã me fazia sorrir de uma forma que ninguém faz.

- O que queres? Voltaste para me atormentar? – as palavras saem antes de eu ter tempo de pensar nelas.

- Eu quero pedir-te desculpa. - Ele fala suplicando, mas eu não quero as suas desculpas.

- Esqueceste-a, mesmo depois de tudo o que ela fez por ti, foste embora sem olhar pra trás, e voltas dois anos depois, a achar que vou esquecer e perdoar, que a minha irmã morreu nos nossos braços e ficaste bem com tudo isso? - digo irritado, chamando à atenção de algumas pessoas.

- Por muito que te doa, desta vez vais ouvir calado. Sophie era uma garota divertida, com um sorriso contagiante e o mais lindo que já vi, ela continha alegria mais do que suficiente para o mundo inteiro, ela era complicada, mas era a minha garota. Ela fez-me prometer tomar conta de ti, e eu não tomei. Não tentei por tempo suficiente, não estás sozinho agora, mas eu abandonei-te durante estes dois anos, mesmo sabendo que precisavas de mim. Eu sei que errei em deixar um dos meus melhores amigos para trás, isso não significa que não tenha doído em mim, mas eu superei a morte dela. Ela se foi, e quanto mais cedo aceitares que a tua irmã morreu com um tiro no coração nos nossos braços, com pouco tempo para despedidas, então mais rápido te vais permitir viver.

Ele saiu simplesmente, não me deu tempo de resposta, mas sei que eu também não tinha uma. Está doendo, ele falou dela como algo descartável, minha irmã era a pessoa mais importante deste mundo, eu simplesmente não vou andar por aí a sorrir, quando ela está morta. Levanto-me e saio do café, tudo pesa, as palavras de Harry ficam girando na minha cabeça e sinto ela ficar cada vez mais pesada, os meus olhos começam a pesar demasiado. Sophie está morta. Minha irmã está morta.  Nada na minha vida faz sentido, ou não há nada que lhe dê um sentido. O único sentido que ela tinha era Sophie e houve um desvio. Ela se foi e eu não consigo aceitar perdê-la para sempre, não consigo aceitar viver num mundo onde ela não existe.

Traduções:

“Eu ainda olho para você com olhos que querem você, quando você se move, você faz meus oceanos se moverem também, Se eu ouvir meu nome, correrei em sua direção”

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