Chapter Eight- "About desire"

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"O destino nem os mais fortes podem combater, é uma guerra perdida, ele sempre joga sujo

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"O destino nem os mais fortes podem combater, é uma guerra perdida, ele sempre joga sujo. "- eu.



Acordo com a voz de Sally e Marcel a pedirem-me para me arranjar para o inferno novo que me aguardava, ter de fingir que somos uma família feliz. Mas não somos.

Tomo um banho ao som de uma música qualquer, e sem muita animação, visto uma camisola cinza com minha jaqueta preta, umas calças pretas e umas nike air brancas. A animação é invisível e sei disso. Os meus olhos estão cansados e da minha boca escapam longos suspiros. Desço as escadas num ritmo que denuncia a falsa animação e sinto o seu desapontamento habitual. Minha mãe está bonita, como sempre. Seu vestido vermelho é aberto até meio das costas e o decote é perfeito, exatamente na medida certa, o vestido fica um ou dois dedos acima de seu joelho. Ela calça um salto alto prata e um colar brilhante que combina na perfeição. Meu pai, bem, Marcel está elegante também, na sua camisa branca de manga longa, embora dobrada até ao cotovelo. Ele veste terno e sapato, e carrega seu casaco na mão onde se nota seu Rolex. Não me encaixo aqui, não faço parte desta família.

- Vamos, filho. - Finjo que não ouvi Sally me chamando de filho e sigo para o carro.

O nosso carro, que é um luxo para a maioria das pessoas, anda com alguma rapidez sobre as ruas daqui. Sinto a pressa de Marcel em chegarmos e poder me atingir com o máximo de coisas que poder e sinto que vai conseguir desta vez. Mas não ligo, coloco os fones e logo começa Dear Ex Best Friend- Tate McRae.

What about all the nights
Where we'd talked about our lives
We were just wishing

Sinto como se a música fosse feita para nós dois, Harry. Nós também sempre sonhamos com tanta coisa, mas no meio de toda esta história acabaram por ser só desejos. O carro para e não sei se meu suspiro é de alívio ou pela tensão que se instala. Meu pai coloca sua mão na cintura de minha mãe e andam na minha frente, enquanto me sinto fora deste lugar. O jardim do restaurante é enorme, há vários candeeiros espalhados por ele de forma a podermos ver todo o tipo de flores em canteiros, consigo visualizar uma piscina, mas não consigo tirar mais detalhes, pois meu pai, me empurra para a frente dele.

Entro dentro do restaurante, e somos encaminhados para a mesa que está reservada para nós com vista para o jardim bonito. Sinto-me completamente fora do lugar desde que entrei aqui, consigo ouvir fragmentos da conversa de Sally e Marcel sobre este ser um lugar novo, que abriu faz pouco tempo. Meu pai dirige-se a mim e já sei o que me espera, não estou preparado. Mas ele rápido dispara suas perguntas ríspidas e certeiras.

- Já escolheu em que universidade vai cursar Direito? - sinto meu punho abrir e se fecha, a raiva me atinge rápido demais.

- Eu não sei se vou seguir o curso de Direito. - Falo irritado, mas tentando manter a serenidade da voz, para não me denunciar.

- Nunca sabe que merda quer. - Ele fala claramente, para todos daqui ouvirem. Fecho meu punho com mais força, mas sinto alguém se aproximar, algum garçom ou algo assim.

- Peço por favor para se acalmarem e não causarem confusões ou pedirei que se retirem. - A voz é de uma garota e eu a reconheço de imediato.

Levanto minha cabeça e olho em direção a ela, está de salto alto e um vestido preto curto, que desenha suas curvas perfeitamente. Os seus cabelos encaracolados, desta vez lisos, caem delicadamente por suas costas, tapando a parte de sua costa exposta por seu vestido. Me excito um pouco, só de pensar em beijá-la com aquele vestido. Tiro esses pensamentos de mim e percebo que ela me reconhece.

- Olá Jack, obrigada por vir à Quinta Lopez. - E é ao reconhecer seu sobrenome que entendo que ela deve ser parente do gerente, mas antes que eu pergunte, ela mesmo responde. - O dono é meu pai e tem o melhor vinho e uma ementa fantástica, espero que se divirtam e aproveitem o que temos para vos oferecer, Smith's.- Ela vai embora, e eu levanto-me sem explicação, seguindo atrás dela. Ela dirige-se para o banheiro e quando entra, eu entro junto, assustando-a.

Empurro-a na parede com alguma força e observo como suas bochechas rapidamente coram, e suas covinhas aparecem junto com seu sorriso maravilhoso. Ela está fodendo minha cabeça e eu achei que ela já estava bem fodida. Aproximo-me dela, puxando uma mecha de cabelo para trás de sua orelha, e sinto sua respiração desregulada, seus lábios entreabertos são uma porta aberta para um beijo fantástico. E é por isso que eu levanto uma perna dela a fazendo ficar em meu colo e finalmente a beijo desesperadamente, como se ela fosse o meu ar. Suas mãos procuram desesperadamente por aproveitar o máximo de mim e posso dizer o mesmo sobre a minha situação. Ela para o beijo e desta vez beija meu pescoço me fazendo gemer baixinho em seu ouvido. Sinto que isso a deixa feliz quando ela volta a me beijar com a mesma intensidade de antes. Só que nenhum de nós esperava que enquanto travávamos uma batalha para ver quem era o melhor, neste jogo de provocar, recuar e resistir, alguém batesse na porta e gritasse.

- Isabella, eu sei que está aí com um garoto. - E foi aí que eu me senti fodido. Mais fodido que o normal.

Traduções:

"E todas as noites em que conversamos sobre nossas vidas?
Estávamos apenas desejando
Gostaria de ter ouvido"

DARK DEMONS. Onde histórias criam vida. Descubra agora