Chapter Fourteen- "Rescue me"

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“Sempre me agarraste e disseste que não me deixarias ir tão fácil

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“Sempre me agarraste e disseste que não me deixarias ir tão fácil.
Mas um dia por cansares de tanto segurar, soltaste.” - Eu.
 
  

    Já acordaram e sentiram o peso da vossa existência? É só mais um dia em que desejava não ter acordado e acabar com esta inutilidade que sou. Não estou bem há muito tempo, não me lembro da última vez a sorrir. Sinto vontade de gritar, mas não tenho alma para o fazer, o grito sairia vazio, e não faria eco. Porque me sinto sem voz, tanto como sem vida, sinto-me apenas boiando á espera de me afogar e ir ao fundo.
 

Would you rescue me? Would you get my back?
Would you take my call when I start to crack?
Would you rescue me?
Would you rescue me?
Would you rescue me when I'm by myself?
When I need your love, if I need your help
Would you rescue me?
Would you rescue me?

Um dos hinos de One Republic, toca pelo quarto. Reconheço como sendo Rescue me, mas mais do que a música, reconheço a dor da letra. A dor de não ter a quem dedicar esta música, por simplesmente saber que ninguém me salvaria. Aliás ninguém se lembra de mim, como iriam tentar me ajudar?

   Alguns raios de sol nascem e entendo que é a minha deixa. Levanto e tomo um duche rápido, pressinto que vai estar calor, então escolho uma t-shirt do Linkin Park, visto uns calções pretos da adidas e sapatilhas brancas. Pego a mochila em cima da minha cama e ao passar pela cozinha pego em uma fatia de bolo chocolate e saio comendo tranquilo.

Faço o caminho para a escola em paz e me lembro de Isabella. Faz alguns dias que não a vejo, visto que na sexta vi o demónio do Harry, no fim de semana não saí de casa, e na segunda faltei. Então hoje, terça, decidi evitá-la e vir a pé para não nos cruzarmos na paragem.  Antes de entrar na escola, tiro o maço de tabaco, junto com o isqueiro da mochila, e me encosto perto da entrada sentindo o alívio que ele me traz. É como uma boa foda, nos traz uma paz interior enorme. Sinto alguns olhos sobre mim como habitual, mas não ligo mais para estes hipócritas, o pior é assim que sinto uns olhos castanhos furiosos sobre mim, me sinto fodido. Não deu tempo de pensar ou reagir, pois Isabella pegou meu cigarro e atirou para o chão e calcou.

- Jack, queres morrer de cancro? - ela fala chorosa, não entendo.

- Eu não me importo com a morte, por mim ela que desmarque seus compromissos e venha o mais rápido que puder. – Falo descontraído e acendendo outro cigarro- Ah e da próxima vez têm mais educação, eu paguei por aquele cigarro, não desperdices o meu dinheiro dessa forma.

Esperei que ela saísse batendo o pé, irritada com minhas palavras, esperei até que ela me batesse, mas isso não aconteceu e eu não esperava, de todo, que ela me pressionasse contra a parede e me beijasse em frente à escola. Mesmo meio atordoado não perdi a oportunidade de segurar seu rabo com uma mão. Estava a tentar não queimar seu cabelo com o cigarro na outra mão e irritado parei o beijo atirando-o para um lixo próximo, apagando-o na parede antes. Ela ficou surpresa, mais ainda quando a pressionei na parede, e demos um show em frente a todos que tinham a coragem de olhar. Apertei sua cintura levemente, a fazendo gemer na minha boca e dei um pequeno sorriso. Os seus lábios eram perfeitos, eram como uma melodia doce, o seu corpo merecia ser tocado, recordado, amado, eu não lhe podia dar amor, mas queria gravá-la para sempre na minha memória. Era uma batalha que eu perderia.  Ela soltou meu cabelo e eu soltei-a por completo, com relutância.

- Eu preciso de ir para a aula, estou atrasada, até logo Jack. - Ela disse meio atrapalhada, ouvindo alguns comentários.

- Nós temos as mesmas aulas, lembras-te? - digo tranquilo.

- É, mas eu preciso de ir à casa de banho, ein? Garoto intrometido.

- Não me digas que já estás excitada? Eu nem fiz nenhuma das coisas que imaginei contigo.  - digo no ouvido dela, mexendo em seu cabelo lindo cheio de caracóis e sorrio contra a sua pele, sentindo o seu arrepio na região. Ela me levantou o dedo do meio e me deixou feito parvo com um sorriso divertido nos lábios.

Traduções:

Você me resgataria? Você protegeria minhas costas?
Você atenderia minha ligação quando eu começar a rachar?
Você me resgataria? Você me resgataria?
Você me resgataria quando eu estivesse sozinho?
Quando eu precisar do seu amor, se eu precisar da sua ajuda
Você me resgataria? Você me resgataria? "

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