Chapter Thirty-Seven- "Lies and more lies"

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“But I’m empty inside, yeah I’m empty inside, and I don’t want live, but I’m too scared to die

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“But I’m empty inside, yeah I’m empty inside, and I don’t want live, but I’m too scared to die.” Olivia O´Brien-Empty.

    A vida não se cansa de brincar comigo a cada segundo. Ela dá-me pontapés, chuta-me com força, atira-me pedras, força-me a amar, força-me a viver em um mundo que não quero, retira-me quem mais queria aqui e obriga-me a permanecer. É uma maldita filha da puta que têm prazer em retirar os sorrisos e oferece as lágrimas. Nunca as aceitei, procurei ter um refúgio onde não precisasse de ser fraco, mas no final, ela apenas me tornou mais frágil ainda.

Não dá para fugir da vida, cada passo nosso está destinado, daí o meu fim estar previsto até mesmo por mim. Não dá para esperar o contrário. Temos simplesmente de perceber que este fim é o real, e não um clichê. Não é um romance dos filmes ou dos livros, é a vida real, sempre foi. E somos obrigados a aceitá-la tal como ela é, então, boa sorte, porque dói. Dói não ser possível salvar-nos, dói não ser possível evitar o fim trágico, o derradeiro final.
A música In the End (feat. Jung Youth e Fleurie) de Tomme Profitt tocava intensamente enquanto eu dirigia o carro em alta velocidade.

“I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn´t even matter
I had to fall to lose it all
But in the end, it doesn´t even matter”

A conversa que eu tinha acabado de ouvir assim que cheguei a casa passava inúmeras vezes pela minha cabeça enquanto eu acelerava mais o carro. O beijo de Isabella e Leonard fazia meu sangue ferver mais, mas aquela conversa tirava-me a paz mais do que tudo.

- Sally, não podes deixar que aquele vagabundo se aproxime do teu filho. – ele repetia com raiva enquanto andava de um lado para o outro.

- Sabes que não o posso impedir,
Marcel. Ele é filho dele. – ela chorava abraçada ao próprio corpo sentada no sofá, sem nenhum dos dois dar pela minha presença.

- Ele não merece ter qualquer contacto com ele, Sally. Tens de o parar. – ele parecia demasiado nervoso para quem não se importava comigo.

- Eu menti. – Sally soltou e eu me escondi mais atrás da parede da entrada, enquanto Marcel a olhava confuso.

- Ele não me violou. Os meus pais estavam furiosos comigo quando eu disse que estava grávida dele e eu precisava de um meio de escape. O Alec não sabia do bebé, mas eu queria tê-lo independentemente das circunstâncias ou do pai. Ele prometeu-me que ia largar os vícios e eu acreditava, uma e outra vez, mas nunca acontecia. Uma noite ele tentou tocar-me e eu recusei, empurrei-o e ele drogado e bêbado caiu e bateu com a cabeça, eu peguei nas minhas coisas e fugi. Coloquei-o na justiça e contei uma história sobre ele me ter violado, com a ajuda de alguns pagamentos do meu pai, eu venci e fugi com a criança para aqui. Eu só queria um pai diferente para ele, Marcel. Não queria alguém drogado e cheio de vícios, mas nós não desempenhamos o papel correto de país, perdemos a Sophie e eu acho que Alec realmente está recuperado e merece ter a oportunidade de o conhecer.

Assustado, tropecei num vaso perto da entrada, e ambos os olhos se dirigiram para mim, ouvi os seus gritos pelo meu nome, mas apenas corri em direção ao meu Aston Martin e saí em alta velocidade, sem sequer olhar para trás.
Eu nem sequer conseguia pensar direito. Quem é que mente a um marido, a um pai, a um filho sobre ter sido violada? Quem priva a convivência de uma criança com o verdadeiro pai, sem lhe dar a hipótese de se recuperar? Quem inventa uma violação? Pondo em risco a palavra de outras mulheres que realmente ficam traumatizadas para a vida toda e vivem todos os dias com o violador solto, ela prendeu alguém inocente? Ela privou-me de amor por querer escolher quem seria o meu pai? Que tipo de pessoa é essa? Porque boa mãe sempre soube que ela não era, mas isto é demais.

Eu tive tempo de virar, tive tempo de desviar e fugir daquele camião gigante que apareceu no meio da estrada vindo na minha direção, mas aquele segundo que me impedia de querer viver, fez com que eu simplesmente não tivesse tempo de impedir, sem nem sentir o impacto, preparado para eu ir, eu simplesmente disse:

- Pai, eu te perdoo.

Traduções:

“Mas estou vazio por dentro, sim, estou vazio por dentro e não quero viver, mas estou com muito medo de morrer.” Olivia O´Brien-Empty.

“Eu tentei tanto e cheguei tão longe
Mas no final não importa nem eu tive que cair para perder tudo
Mas no final, nem importa”

DARK DEMONS. Onde histórias criam vida. Descubra agora