Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
William Shakespeare
O cheiro do mato e da terra molhada são os preferidos de Jeon, o vento batendo em seu rosto e fazendo seus cabelos voarem para trás, traz uma sensação de liberdade, que ele não tinha provado há algum tempo. Voltar para casa depois de um tempo fora, nunca foi tão satisfatório!
Os galopes do seu precioso cavalo são sempre harmoniosos, o lembrando do dia que o comprou, foi em uma competição de cavalos para exibição. Ele se interessou pelo corcel mangalarga negro como a noite, assim assim que bateu os olhos no mesmo. Um dos major do Norte do reino da Coréia, teve o mesmo interesse que Jeong Kuk, mas bastou dar uma olhada para ele, para que desistisse do belo corcel negro.
Quando era pequeno, costumava se sentir mal, em como as pessoas fugiam dele e ele ao menos sabia o porquê. Jeong Kuk era o menino que não deveria se chegar perto, nunca. O moreno passou um bom tempo assim, sem amigos, apenas com as muitas pessoas responsáveis pelo seu bem estar. Mas que também se mantinham distantes dele, "não o deixe irritado!", "ele é um Lúpus", "se ele ficar irritado, pode machucar a gente". Mas eles se esqueciam, que justamente por ele ser um Lúpus, era capaz de escutar tudo perfeitamente bem, mesmo que fossem apenas cochichos.
Depois de um tempo, Jeong Kuk começou a se acostumar com o temor que causava em todos, apenas com a sua presença. E desde seus dezoito anos, o moreno começou a viajar e conhecer lugares e pessoas novas, começando pelo reino da Coréia e saindo para outros reinos. Onde ele conheceu seus fiéis amigos, os únicos que não sentem medo de si. Os únicos que o moreno pode chamar de família, agora que seu progenitor se foi, sendo o único herdeiro e o mais importante, ou não, o último Alfa Lúpus existente no mundo.
Mesmo que o reino esteja em guerra - que na sua opinião, era uma perca de tempo -, ninguém ousava colocar a mão em si. O que lhe dava passe livre para que pudesse sair para onde quisesse ir. Decidido a passar um bom tempo em sua mansão em Busan, em um ligar alto, em outras palavras, onde cresceu, resolveu voltar.
Seu cavalo relinchou chamando sua atenção, saindo de seus pensamentos, olhou para o lado, vendo o Ômega cavalgando ao seu lado, em um corcel castanho, exatamente da mesma cor que os olhos do mesmo. Jeon já estava achando estranho o silêncio do acastanhado, o Ômega era sempre muito falante, e como se ele tivesse ouvido e se ofendido com isso, abriu sua boca depois de um bom tempo.
- Jeong Kugi, ainda falta muito para chegar? - perguntou e o Jeon revirou os olhos, o acastanhado era um dos poucos Ômegas que não lhe deixava enjoado com o seu cheiro.
- eu não pedi que viesse comigo, Tae Hyeong - respondeu e o outro fez um bico em seus lábios fartos.
Naturalmente manhoso, como sempre, Jeon pensou revirando novamente os olhos.
- não pediu mesmo, mas eu quis vir, não iria te deixar só! - se defendeu Tae Hyeong e o Lúpus deu uma risada, fazendo o outro olhar para si com uma careta - do que está rindo?
- eu devo correr sérios riscos vindo sozinho, não é? - perguntou Jeong Kuk sorrindo debochado, fazendo o outro revirar os olhos - não tem medo que as pessoas achem que você é o meu Ômega? - perguntou, vendo o acastanhado der uma risada, fazendo Jeong Kuk arquear uma sobrancelha, sem entender a graça - qual é a graça?
Tae Hyeong andou em silêncio mais um pouco e se abaixou, pegando um cipó, tirando as folhas calmamente. Enquanto o Lúpus voltou a olhar para frente, sem prestar atenção no Ômega ao seu lado. Foi o momento perfeito para Tae Hyeong dá uma chicotada nas costas do Lúpus, fazendo ele soltar um rosnando, fazendo o Ômega se encolher. O moreno olhou para o acastanhado, com os lábios levemente levantados, mostrando suas presas enormes - claramente maiores que de um Alfa comum - e com os olhos vermelhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Savage Love
FanfictionAmor Selvagem Jeon Jeong Kuk, o último Alfa Lúpus existente no mundo, exalando temor por onde quer que vá, apenas pela sua presença lupina. De volta no Reino da Coréia, trazendo consigo um tempo de paz para o reino, em tempos de guerra, ninguém ousa...