Capítulo 3 - A Última Coisa

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Os homens de poucas palavras são os melhores.

William Shakespeare


  Já era a terceira vez que Pak Jimin entrava em seu quarto, apenas naquela manhã. O Ômega estava procurando sua calça favorita, a calça de couro preta. Foi a única que conseguiu comprar com o seu trabalho duro, tendo sempre que deixar um pouco de dinheiro para se manter.

O Ômega cresceu naquela pequena vila, mas por sua Omma ser uma Ômega com uma saúde um tanto frágil, Jimin vivia sempre com ela, então não saía muito de casa. A Ômega sempre dizia para Jimin, "seja gentil e ame seu Alfa, lembre se, o seu lobo pode ter uma escolha, e se um dia você encontrar alguém, que seu lobo escolher, você saberá que será a sua alma gêmea!"

Jimin se lembrava dela, dizendo que ele era especial, e que faria grandes coisas e que se apaixonaria. Que viveria um romance, como nos livros que lia, mas isso não parecia ser uma coisa possível, não depois que sua querida Omma faleceu. Seu Appa ficou muito abalado pela perda da esposa e Ômega, perdendo o controle de algumas coisas e se afundando na amargura de uma perda importante, se esquecendo que o Jimin, também precisava de cuidados.

Com nove anos, seu Appa começou a beber, com dez, ele já era um alcoólatra assumido, com doze, sue pai começou a jogar jogos de azar e fazer apostas. E daí em diante, dívidas e mais dívidas formam surgindo, e se Jimin não trabalhasse, seu Appa e ele já estariam no olho da rua, cantando papelão para ganhar o almoço, fazia tempos.

Finalmente o Ômega conseguiu achar a sua calça, debaixo dos travesseiros de sua cama, não duvidaria se ela fosse vendida pelo seu progenitor para apostar. Vestiu a calça e se preparou para ir trabalhar naquela manhã, dando graças a Deus que o Wang Jackson tinha lhe dado trabalho. Olhou no reflexo da janela uma última vez, vendo seu cabelo preto estava extremamente liso deslisar para a sua testa novamente. Foi até a casa cozinha e bebeu seu chá de ervas, para encobrir o seu cheiro doce e deixou o café de seu Appa pronto e o almoço, vendo o mesmo deitado no sofá.

Revirou os olhos e saiu de casa, andando direto para a taberna - que não era totalmente uma taberna -, eles serviam outras coisas além de cervejas e rum, coisas como vinho era coisa de rico. O Ômega andou pela rua da vila e acenando sutilmente para as pessoas na rua, algumas pessoas o julgava como um beta, por seu cheiro ser quase inexistente, mas sabiam que era pelo chá de ervas.

Pak Jimin sabia de có todos os chás que deveria tomar em diversas situações. Havia chá para inibir o cheiro, chá para impedir a gravidez e chá para inibir os Heat, e ele tomava todos, principalmente pelo pequeno incômodo que tinha.

Ao chegar na taberna, empurrou a porta e adentrou o lugar, indo direto para detrás do balcão, cumprimentando seu patrão, que lhe direcionou um sorriso largo. O seu chefe era um Alfa gentil, seu Ômega era tão gentil quanto ele, e tinham um carinho a mais pelo Jimin.

– Jimin-ah, tudo bem? – perguntou Jackson e o Ômega sorriu para o mesmo, seu porto seguro.

– bom dia Wang Ka Yee Hyeong! – desejou sorrindo e o Alfa fez uma careta, fazendo Jimin dar risada, o Alfa odiava que o chamasse pelo seu nome de nascença.

– você sabe que eu não gosto que me chame por esse nome – resmungou e Jimin deu ainda mais risada, além de tudo, eles eram bons amigos – eu prefiro que me chame de Jackson e está ótimo assim – completou.

– okay, senhor Ka Yee! – provocou e o Alfa fez uma carranca, rosnando e Jimin sumiu pelos fundos, voltando depois de um tempo com o avental em sua cintura e pronto para abrir o estabelecimento.

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