Capítulo 10 - Meu Alfa

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O verdadeiro nome do amor é cativeiro.

William Shakespeare

  Depois de dois dias, o cio de Jeong Kuk acabou naquela madrugada e dormiram juntos. E na manhã seguinte, Jimin foi o primeiro a acordar. Em seu juízo perfeito, a primeira coisa que o menor sentiu, foi o cheiro maravilhoso do Lúpus e logo o peso dos braços poderosos em cima de sua cintura. O cheiro do Lúpus ainda estava forte, mas Jimin amava o cheiro dele. Algumas das lembranças invadiram a sua cabeça e soube que passou o cio inteiro junto com o moreno.

Levantou devagar, não querendo acordar o maior e catou as suas roupas no chão. Correu até o banheiro, seu corpo ainda estava com os efeitos da transa, mas nada desconfortável. Fez sua higiene matinal e começou a se vestir, sentindo uma leve coceira no pescoço, passou a mão e sentiu o lugar mais inchado, ficou pasmo e fechou os olhos tentando não pensar em um marca e correu até o espelho.

Não se importando em olhar pela primeira vez em um espelho - o que era caro e pouca gente tinha, ou seja, os ricos -, tentando não surtar. Abriu os olhos lentamente e abaixou o colarinho da blusa e puta merda, ele estava marcado e uma puta de uma marca, era imensa! Tentou não se desesperar e ouviu um rosnando no quarto, sabia como funcionava a marca, sua Omma havia lhe explicado e agora ele estava marcado.

– meu Deus, meu Deus, o que eu faço? – se perguntou baixinho, quase arrancando os cabelos – é para sempre, meu Deus, e agora? – se perguntou novamente, olhando mais uma vez no espelho, era uma marca enorme!

Respirou fundo, não podia se desesperar, senão com certeza, o Lúpus sentiria, então tentou se acalmar. Olhou para a marca no espelho novamente e se viu claramente pela primeira vez, ao contrário de se ver na água e no reflexo da janela, o Ômega se sentiu bonito e agora era um Ômega marcado. Oh céus, uma marca, não podia se esquecer desse detalhe e para não surtar, fez um esforço para se lembrar dos dois dias atrás.

As memórias começaram a vir, uma por uma, o sequestro, o primeiro beijo, as sensações, o prazer que sentiu com o Lúpus dentro de si, o fazendo corar. O prazer do orgasmo se espalhando e os sentimentos invadindo seu corpo, ao sentir as presas em seu pescoço e como o Lúpus se desculpou e o limpou com carinho. Mas também se lembrou das conversas, das aventuras e do moreno dizendo que queria ficar perto de si e como era lindo e não era nada do que diziam. Jeong Kuk não era um monstro, era só o Jeon Jeong Kuk - agora - o seu Alfa!

– agora ele é... o meu Alfa, certo? – se perguntou baixinho e corou, mordendo o lábio, terminou de se vestir.

Precisava voltar, todo mundo devia estar preocupado consigo agora, precisava dar um sinal de vida, além de implorar para que Jackson não o demitisse. Agora como iria pagar aquela dívida?

Saiu do banheiro e olhou uma última vez para o Lúpus dormindo em sua cama, com o lençol até a sua cintura, deitado de bruços e os cabelos pretos espalhados pela fronha branca, era a visão do paraíso!

O Ômega sacudiu a cabeça afastando o pensamento, de voltar e se deitar com ele, não faria isso, mesmo que o seu lobo concordasse com o pensamento. Saiu do quarto de fininho e foi direto para a cozinha. Podia se lembrar de várias coisas no armário, dentre elas, chá e chá, fez um inibidor de cheiro e um para não ficar grávido e bebeu, lamentando o gosto horrível. Só esperava não ter errado a quantidade correta e acabar esperando um filhote, isso não!

Limpou sua bagunça e deixou tudo no seu devido lugar e foi direto para a porta, seu cheiro estava misturado com o do Lúpus. Agora teria o cheiro do moreno, o chá teria que fazer efeito rápido, ou poderia arrumar problemas. Abriu a porta e não deu mais que oito passos, antes de encontrar uma Ômega, com os cabelos grisalhos, que ficou olhando para si perdida.

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