O verdadeiro nome do amor é cativeiro.
William Shakespeare
Depois de dois dias, o cio de Jeong Kuk acabou naquela madrugada e dormiram juntos. E na manhã seguinte, Jimin foi o primeiro a acordar. Em seu juízo perfeito, a primeira coisa que o menor sentiu, foi o cheiro maravilhoso do Lúpus e logo o peso dos braços poderosos em cima de sua cintura. O cheiro do Lúpus ainda estava forte, mas Jimin amava o cheiro dele. Algumas das lembranças invadiram a sua cabeça e soube que passou o cio inteiro junto com o moreno.
Levantou devagar, não querendo acordar o maior e catou as suas roupas no chão. Correu até o banheiro, seu corpo ainda estava com os efeitos da transa, mas nada desconfortável. Fez sua higiene matinal e começou a se vestir, sentindo uma leve coceira no pescoço, passou a mão e sentiu o lugar mais inchado, ficou pasmo e fechou os olhos tentando não pensar em um marca e correu até o espelho.
Não se importando em olhar pela primeira vez em um espelho - o que era caro e pouca gente tinha, ou seja, os ricos -, tentando não surtar. Abriu os olhos lentamente e abaixou o colarinho da blusa e puta merda, ele estava marcado e uma puta de uma marca, era imensa! Tentou não se desesperar e ouviu um rosnando no quarto, sabia como funcionava a marca, sua Omma havia lhe explicado e agora ele estava marcado.
– meu Deus, meu Deus, o que eu faço? – se perguntou baixinho, quase arrancando os cabelos – é para sempre, meu Deus, e agora? – se perguntou novamente, olhando mais uma vez no espelho, era uma marca enorme!
Respirou fundo, não podia se desesperar, senão com certeza, o Lúpus sentiria, então tentou se acalmar. Olhou para a marca no espelho novamente e se viu claramente pela primeira vez, ao contrário de se ver na água e no reflexo da janela, o Ômega se sentiu bonito e agora era um Ômega marcado. Oh céus, uma marca, não podia se esquecer desse detalhe e para não surtar, fez um esforço para se lembrar dos dois dias atrás.
As memórias começaram a vir, uma por uma, o sequestro, o primeiro beijo, as sensações, o prazer que sentiu com o Lúpus dentro de si, o fazendo corar. O prazer do orgasmo se espalhando e os sentimentos invadindo seu corpo, ao sentir as presas em seu pescoço e como o Lúpus se desculpou e o limpou com carinho. Mas também se lembrou das conversas, das aventuras e do moreno dizendo que queria ficar perto de si e como era lindo e não era nada do que diziam. Jeong Kuk não era um monstro, era só o Jeon Jeong Kuk - agora - o seu Alfa!
– agora ele é... o meu Alfa, certo? – se perguntou baixinho e corou, mordendo o lábio, terminou de se vestir.
Precisava voltar, todo mundo devia estar preocupado consigo agora, precisava dar um sinal de vida, além de implorar para que Jackson não o demitisse. Agora como iria pagar aquela dívida?
Saiu do banheiro e olhou uma última vez para o Lúpus dormindo em sua cama, com o lençol até a sua cintura, deitado de bruços e os cabelos pretos espalhados pela fronha branca, era a visão do paraíso!
O Ômega sacudiu a cabeça afastando o pensamento, de voltar e se deitar com ele, não faria isso, mesmo que o seu lobo concordasse com o pensamento. Saiu do quarto de fininho e foi direto para a cozinha. Podia se lembrar de várias coisas no armário, dentre elas, chá e chá, fez um inibidor de cheiro e um para não ficar grávido e bebeu, lamentando o gosto horrível. Só esperava não ter errado a quantidade correta e acabar esperando um filhote, isso não!
Limpou sua bagunça e deixou tudo no seu devido lugar e foi direto para a porta, seu cheiro estava misturado com o do Lúpus. Agora teria o cheiro do moreno, o chá teria que fazer efeito rápido, ou poderia arrumar problemas. Abriu a porta e não deu mais que oito passos, antes de encontrar uma Ômega, com os cabelos grisalhos, que ficou olhando para si perdida.
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Savage Love
FanfictionAmor Selvagem Jeon Jeong Kuk, o último Alfa Lúpus existente no mundo, exalando temor por onde quer que vá, apenas pela sua presença lupina. De volta no Reino da Coréia, trazendo consigo um tempo de paz para o reino, em tempos de guerra, ninguém ousa...