O amor não se vê com os olhos mas com o coração.
William Shakespeare
O Lúpus sabia que Kim Tae Hyeong estava quieto demais na viagem, mas foi apenas para guardar energia para a noite. O moreno estava sentando em sua poltrona ao lado da lareira, enquanto o Ômega estava falando pelos cotovelos, sobre tudo que pudesse ser visto e ouvido. E Jeong Kuk deu graças a Deus, o acastanhado não ser um Lúpus, ou isso renderia mais um bocado de assunto.
Tae Hyeong dizia sobre tudo, sobre o vento nas janelas, o fogo e sua cor amarelo alaranjado, em como o clima é refrescante e a casa é imensa, ou como ele fez amizade com a governanta da casa. O Lúpus revirou tanto os olhos, que já estava ficando com medo de seus olhos não voltarem mais ao devido lugar.
– você viu o jardim dessa casa? – perguntou o acastanhado e Jeong Kuk estava escorando seu rosto em seu punho fechado, que por sua vez estava escorado no braço da poltrona.
– é a minha casa Tae Hyeong, é claro que eu vi – respondeu o moreno, não contendo a vontade de revirar os olhos mais uma vez – vem cá, você não para de falar não? – perguntou debochado e Tae Hyeong fez uma careta.
– Uah! Larga de ser ranzinza Jeon! – resmungou fazendo um bico – eu vou me retirar, preciso descansar – disse o Ômega se levantando e subindo as escadas, depois de um leve aceno para o Lúpus em seu trono.
O moreno também não demorou muito para que se retirasse da sala e se recolhesse em seu quarto. Se sentou na cama e o silêncio até que seria apreciado, se não ouvisse tão bem, a ponto de ouvir os gemidos do Ômega no quarto no começo do corredor. Deitou em sua cama de barriga para cima e escorou a cabeça em suas mãos atrás da mesma, o cheiro daquela tarde, voltando a rondar em sua mente, só de lembrar, seu lobo ficava todo eufórico.
No outro dia quando acordou, já não era tão cedo, não para si, mas permaneceu um pouco mais de tempo deitado em sua cama. Quando se levantou, os pássaros estavam animados, lembrando que um novo dia se iniciou. Após fazer sua higiene matinal, saiu de seu aposento, descendo direto para os estábulos.
Cuidar de seu cavalo e olhar os demais animais, era um de seus hobbies favoritos, o Lúpus gostava da conexão que tinha com o animal. Já que alguns animais tinham pavor de si, pela áurea animalesca que se espalhava com a sua presença. Eram raros os animais que não tinham medo da sua presença lupina.
Ficou escovando os pêlos de seu cavalo, até quando o filho mais novo da Olga, veio avisar o café da manhã. E depois de terminar o tratamento de seu cavalo e deixar a comida para ele, se dirigiu a porta da frente de sua casa e entrou, encontrando o Ômega descendo as escadas de forma lenta.
– bom dia, Jeong Kuk! – desejou o Ômega ao Lúpus, soltando um de seus sorrisos quadrados.
– bom dia, Tae – desejou o Lúpus de volta, seguindo em direção a cozinha, encontrando uma mesa farta posta.
– bom dia, senhor Jeon! – desejou a governanta, logo Jeong Kuk se sentou, após um cumprimento de cabeça para a mesma.
– bom dia, Olga! – desejou Tae Hyeong animado e se sentou ao lado do Lúpus – isso tudo parece uma delícia! – exclamou olhando a mesa, vendo a governanta sorrir agradecida.
Eles começaram a se servir e a comer, Tae Hyeong estava comendo de tudo que estava servido na mesa animadamente, enquanto isso, o moreno comia tranquilamente. Sem muita conversa, terminaram o café da manhã, a governanta se aproximou, esperando as novas ordens de seu patrão.
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Savage Love
Fiksi PenggemarAmor Selvagem Jeon Jeong Kuk, o último Alfa Lúpus existente no mundo, exalando temor por onde quer que vá, apenas pela sua presença lupina. De volta no Reino da Coréia, trazendo consigo um tempo de paz para o reino, em tempos de guerra, ninguém ousa...