O amor que se procura é bom, mas o que não se procura é melhor.
William Shakespeare
O Lúpus olhou por toda a cabana, o cheiro de Jimin estava ali, mas não tinha ninguém. Então saiu da mesma e olhou ao redor inalando mais profundamente, sentindo o cheiro doce. Olhou ao redor novamente e viu algumas barricadas, além de uma guarita, por onde passou antes do rio, o levando a acreditar que era um campo de batalha, olhou para um lado e viu um capim seco. Andou até lá e viu um barranco, touché!
Desceu do barranco e abriu a porta enferrujada - que fez um barulho alto -, e entrou, começando a andar pelos corredores, sentindo o cheiro do seu Ômega cada vez mais forte. A raiva tomou todo o seu corpo, queria descontar isso em quem quer que fosse que tivesse tido a maldita ideia, de tocar em Jimin. E quando virou um corredor, escutou passos e assim que o Alfa apareceu, agarrou lhe o pescoço e o prendeu na parede, o suspendendo do chão. O Alfa tremia de temor da raiva transbordando de si.
A falta de ar ficou maior, os olhos vermelhos do Lúpus focado nos seus, desejando ver cada mínino detalhe de sua agonia, que o levaria a morte. Tinha que fazer alguma coisa, então tomou a sua decisão, já tinha decidido. E juntando toda a sua força restante, segurou na mão em seu pescoço e empurrou para a sua esquerda, conseguindo se libertar do aperto.
Sem tempo para recuperar o fôlego, correu, sabia que o outro era um Lúpus, naturalmente mais rápido. Mas Ji Yong era um mensageiro na guerra, era um corredor profissional. Então pegou alguns atalhos pelos túneis e logo pode ver a saída, saltando para fora.
Kwon Ji Yong não contava que o moreno também era bom correndo - além da sua raça lupina -, Jeong Kuk praticava muitas coisas, não demoraria até o Alfa ser pego. O Alfa acelerou seus passos e mais uns 30 metros, chegou em um penhasco, não se podia ver o chão lá embaixo, viu as pedrinhas cair de onde pisou para o abismo na escuridão da noite. Escutou os passos do Lúpus atrás de si e se virou para o mesmo.
O moreno ainda estava com os olhos vermelhos, impressionando o outro, por nem ter suado ou ao menos estar ofegante. Ji Yong riu de sua própria desgraça, não teria uma mísera chance contra o moreno, mas tudo só acaba, quando houver mortes.
– me fala quem é que te mandou – ordenou o Lúpus, com a voz grave, invadindo os ouvidos do Alfa.
– por que você pergunta? – perguntou franzindo o cenho, como o Lúpus sabia que era mandado e não seu próprio plano?
– porque olhando para você, é óbvio que não foi, então para de enrolar e me fala quem te mandou – respondeu o Lúpus e o Alfa olhou ao redor, vendo que não tinha saída, além de onde estava – e não adianta tentar fugir, você não tem saída! – avisou o Lúpus e o Alfa sorriu, fazendo Jeong Kuk franzir o cenho.
Ji Yong sabia o que tinha que fazer isso, sua Ômega ficaria segura assim...
– não preciso, diga ao Jimin que eu pedi perdão – pediu o Alfa e se jogou para trás, abrindo os braços, sorrindo enquanto caía no penhasco.
Jeong Kuk correu até a beira do penhasco, vendo mais pedrinhas e areias caindo dos seus pés no buraco, que parecia não ter fim. Também viu o Alfa desaparecer na escuridão da noite, o deixando desacreditado. O Alfa preferiu suicídio, a abrir a boca? Deveria ser muito devoto ao mandante, ou tem algo grande em jogo.
Então escutou o choramingo de Jimin e o medo pela marca, o fazendo sair em disparada de volta para o túnel subterrâneo.
– Jeong Kuk? – chamou – onde está você... onde... – começou a chorar, estava com medo, as palavras do Ji Yong não saiam da sua cabeça, Jimin queria o Lúpus.
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Savage Love
FanfictionAmor Selvagem Jeon Jeong Kuk, o último Alfa Lúpus existente no mundo, exalando temor por onde quer que vá, apenas pela sua presença lupina. De volta no Reino da Coréia, trazendo consigo um tempo de paz para o reino, em tempos de guerra, ninguém ousa...