Capítulo 20 - Amor Em Dobro

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O amor que se procura é bom, mas o que não se procura é melhor.

William Shakespeare

  O Lúpus olhou por toda a cabana, o cheiro de Jimin estava ali, mas não tinha ninguém. Então saiu da mesma e olhou ao redor inalando mais profundamente, sentindo o cheiro doce. Olhou ao redor novamente e viu algumas barricadas, além de uma guarita, por onde passou antes do rio, o levando a acreditar que era um campo de batalha, olhou para um lado e viu um capim seco. Andou até lá e viu um barranco, touché!

Desceu do barranco e abriu a porta enferrujada - que fez um barulho alto -, e entrou, começando a andar pelos corredores, sentindo o cheiro do seu Ômega cada vez mais forte. A raiva tomou todo o seu corpo, queria descontar isso em quem quer que fosse que tivesse tido a maldita ideia, de tocar em Jimin. E quando virou um corredor, escutou passos e assim que o Alfa apareceu, agarrou lhe o pescoço e o prendeu na parede, o suspendendo do chão. O Alfa tremia de temor da raiva transbordando de si.

A falta de ar ficou maior, os olhos vermelhos do Lúpus focado nos seus, desejando ver cada mínino detalhe de sua agonia, que o levaria a morte. Tinha que fazer alguma coisa, então tomou a sua decisão, já tinha decidido. E juntando toda a sua força restante, segurou na mão em seu pescoço e empurrou para a sua esquerda, conseguindo se libertar do aperto.

Sem tempo para recuperar o fôlego, correu, sabia que o outro era um Lúpus, naturalmente mais rápido. Mas Ji Yong era um mensageiro na guerra, era um corredor profissional. Então pegou alguns atalhos pelos túneis e logo pode ver a saída, saltando para fora.

Kwon Ji Yong não contava que o moreno também era bom correndo - além da sua raça lupina -, Jeong Kuk praticava muitas coisas, não demoraria até o Alfa ser pego. O Alfa acelerou seus passos e mais uns 30 metros, chegou em um penhasco, não se podia ver o chão lá embaixo, viu as pedrinhas cair de onde pisou para o abismo na escuridão da noite. Escutou os passos do Lúpus atrás de si e se virou para o mesmo.

O moreno ainda estava com os olhos vermelhos, impressionando o outro, por nem ter suado ou ao menos estar ofegante. Ji Yong riu de sua própria desgraça, não teria uma mísera chance contra o moreno, mas tudo só acaba, quando houver mortes.

me fala quem é que te mandou – ordenou o Lúpus, com a voz grave, invadindo os ouvidos do Alfa.

– por que você pergunta? – perguntou franzindo o cenho, como o Lúpus sabia que era mandado e não seu próprio plano?

– porque olhando para você, é óbvio que não foi, então para de enrolar e me fala quem te mandou – respondeu o Lúpus e o Alfa olhou ao redor, vendo que não tinha saída, além de onde estava – e não adianta tentar fugir, você não tem saída! – avisou o Lúpus e o Alfa sorriu, fazendo Jeong Kuk franzir o cenho.

Ji Yong sabia o que tinha que fazer isso, sua Ômega ficaria segura assim...

– não preciso, diga ao Jimin que eu pedi perdão – pediu o Alfa e se jogou para trás, abrindo os braços, sorrindo enquanto caía no penhasco.

Jeong Kuk correu até a beira do penhasco, vendo mais pedrinhas e areias caindo dos seus pés no buraco, que parecia não ter fim. Também viu o Alfa desaparecer na escuridão da noite, o deixando desacreditado. O Alfa preferiu suicídio, a abrir a boca? Deveria ser muito devoto ao mandante, ou tem algo grande em jogo.

Então escutou o choramingo de Jimin e o medo pela marca, o fazendo sair em disparada de volta para o túnel subterrâneo.

– Jeong Kuk? – chamou – onde está você... onde... – começou a chorar, estava com medo, as palavras do Ji Yong não saiam da sua cabeça, Jimin queria o Lúpus.

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