Capítulo 5 - Seu Território

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É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor.

William Shakespeare

  O Ômega sentia sua cabeça latejar, parecia que estava prestes a explodir e ainda não sabia onde estava. Com muito esforço, abriu os olhos, se arrependendo disso imediatamente, assim que a claridade adentrou seus olhos. O Ômega estava em um quarto, com apenas uma janela no alto de uma parede, virada diretamente para o sol. Olhou para o seu corpo, estava em uma cama e ainda com as suas roupas, se sentindo aliviado por isso.

Pensando nos últimos momentos que se lembrava, começando da hora que fechou a taberna, a noite. Tinha passado uma noite? Dois dias? Quanto tempo passou ali? Então escutou um barulho de passos e rapidamente voltou para a mesma posição em que estava e fingiu estar dormindo ainda. O Ômega escutava muito bem, então soube que eram três, e eram todos Alfas, os cheiros não eram agradáveis para o seu gosto restrito.

– esse menino ainda não acordou? – perguntou um dos Alfas, parecendo um pouco aborrecido.

– ele ainda está desacordado, mas eu não esperava menos de um beta – respondeu o outro e Jimin quase suspirou aliviado com a resposta.

Eles não o reconheceram como um Ômega, e graças ao chá. Mas Jimin sabia, que se não saísse dali logo, o efeito acabaria e seu cheiro doce se espalharia, em outras palavras, estava ferrado.

– ele é muito gostoso, mas eu não pego betas – comentou o terceiro e Jimin teria revirado os olhos, alguns Alfas chegavam a ser ridículos, o pequeno sabia disso!

– o que faremos com ele? – perguntou o segundo e ficou um silêncio, apenas as respirações podiam ser ouvidas e as batidas do coração, Pak Jimin podia ouvir claramente.

– ele é o bem mais precioso do Pak, vamos fazer ele sofrer um pouco e depois damos um aviso para o velho – sugeriu o primeiro e Jimin queria rir em escárnio.

É claro que era por causa de seu Appa, era sempre por causa dele. Jimin não sabia como ele não tinha pensado nisso antes, era muito claro, devia ser alguém que o seu progenitor devia, ou trapaceou em alguma aposta.

– e como faremos isso? – perguntou o terceiro e eles fizeram silêncio novamente.

– vamos deixar ele em um lugar interessante... – respondeu apenas isso, o suficiente para Jimin se preocupar barbante.

O Ômega precisava sair dali logo, ou as coisas ficariam complicadas. Então deixou a atuação para depois e abriu os olhos, se sentando na cama rapidamente.

– meu Deus, que susto! – exclamou o segundo dando um pequeno pulo de espanto.

– olha só, finalmente a bela adormecida acordou! – debochou um dos Alfas e Jimin riu também debochado.

Ser sensível não era muito o forte do Ômega, e que se dane que eram Alfas ali com ele. Eram três na verdade, e eram exatamente os caras que viu na taberna na última vez, babacas.

– faz quanto tempo que eu estou aqui? – perguntou Jimin para os seus sequestradores, que se entre olharam, precisava saber quanto tempo se passou.

– há uma noite? – respondeu um dos Alfas, estavam com as sobrancelhas arqueadas e franzindo o cenho.

– o que vocês querem comigo? – perguntou Jimin novamente, sabendo que talvez, obtivesse mais algumas informações.

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