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De repente sinto beijos sendo depositados pelo meu rosto. André beija minha bochecha, depois meu maxilar, minha testa, meus olhos, minhas lágrimas limpando-as e em cada beijo, involuntariamente eu vou me acalmando. Não consigo entender esse poder que nunca ninguém teve sobre mim.
Novamente sua boca volta a beijar meus lábios e dessa vez eu não tenho mais ter forças para desviar.
Esta sensação. É...uma coisa nova e familiar ao mesmo tempo. E pesa sobre mim. Paira sobre nós. E, apesar da minha vontade de parar, sinto que quero...quero ficar. Quero provar dele.
André: Está mais calma?
Rayssa: Estou. - falo sinceramente. - Obrigada. - levanto e ele segura minha cintura.
André: Quer deitar comigo? - ele pergunta baixinho, como se não quisesse que mais ninguém ouvisse, mesmo tendo apenas nós dois no apartamento.
Rayssa: Sim.- murmuro na mesma altura, sem ao menos pensar na resposta. Respondo sim porque a pele dele está em contato com a minha, e seus olhos estão fixos nos meus.
Apesar de não entender em que universo paralelo eu estou, ou como eu vim parar no futuro com esse cara que parece tanto me conhecer e que esbanja uma aliança linda também no seu dedo. Um homem que demonstra me amar e conhecer cada centímetro de mim. Como isso é possível? Sei que na cama que dividimos, a coisa provavelmente pega fogo porque...essa química não é qualquer coisa.
Percebo as vibrações que a sensação dele perto de mim provoca no meu corpo.
Andamos afoitos sem nos largar em nenhum momento. Nossos beijos cada vez mais intensos.
Adentramos no quarto e ele já puxou sua blusa pra cima, enquanto deitada na cama e se acomodava nos travesseiros.
Ele fica me encarando, esperando que eu me deite com ele, mas é estranho. É ao mesmo tempo algo que parece costumeiro, mas ao mesmo tempo eu nunca transei com ele. Bom, eu acho que não. Ou talvez sim, milhares de vezes.
Tá vendo? É confuso.
André: Vem, deita aqui comigo. - estende as mãos e eu vou. Subo na cama como se meus membros estivessem sendo puxados, como se eu fosse uma marionete controlada por ele. Que Deus me ajude, mas eu o deixo fazer o que quer comigo.

Encosto meu corpo junto do seu e sinto sua respiração quente no meu nariz. E lá estamos nós nos beijando de novo.
Ele vira nossos corpos na cama ficando por cima de mim e sua boca começa a descer pelo meu pescoço. O jeito que me toca é como se ele estivesse dentro da minha mente. É bizarro!
Minhas roupas se vão, meu sutiã é brutalmente rasgado e em seguida suas roupas também se vão. Estou tão necessitada quanto ele.
Tudo é como se estivéssemos dançando um dança a qual nós já sabemos de cor e saltiado. Somos experientes.
Ele parece saber tudo do meu corpo, cada parte em que me faz gemer e é quando ele desliza para dentro de mim que tudo para ao nosso redor. Somos apenas nós dois satisfazendo nossos desejos da carne
Que loucura. Estou maluca. Pirei totalmente. Mas é muito gostoso.
Nesse momento não tem João, não tem nada que me faça não aproveitar as sensações que estou sentido.
É a coisa mais gostosa que já senti na minha vida inteira.
É além de sexo, é conexão, é pura química. Pura combustão e adrenalina.
É como se ele fosse a minha predestinação. Literalmente o meu futuro.
Eu me arqueio toda em sua direção, lhe dando ainda mais a acesso para esse homem me ter de todas as maneiras possíveis. Nada mais é estranho. É diferente, mas muito perfeito.
Suas mãos seguram meu rosto, depois descem pelo meu pescoço, ele me aperta delicamente, dando ainda mais intensidade as suas investidas. Eu gosto disso.
Suas mãos me seguram pelas costelas e depois sua boca procura a minha, cheia de ainda mais urgência. Cravo os dedos em seus ombros assim que sinto que meu momento está chegando.
Algo passa pela minha cabeça.
Rayssa: Isso é insano.
André: Isso é amor. Amor mais puro que podemos compartilhar. - ele diminui a intensidade, me deixando quase louca. Ele está fazendo amor comigo. - Sente isso? - eu assinto. Eu sinto.

Rayssa: Por favor... - imploro. Ele continua adiando minha nirvana e isso me deixa querendo subir pelas paredes.
André: Por favor o que? Vai ter que pedir minha preciosa. - preciosa. Ele me chama de preciosa. João nunca me chamou por apelidos, no máximo amor.
João também nunca me olhou intensamente durante nossos sexos, nosso negócio sempre foi bruto. Não é atoa que ele sempre preferia que eu ficasse de quatro para ele.
Enquanto André não desvia os olhos, nem fecha. Ele me fixa o olhar deixando tudo mais intenso. E eu não suporto mais.
Rayssa: Por favor, mais rápido... - eu choramingo. Já sinto que esse será o maior orgasmo da minha vida.
André: Não fecha os olhos. Quando você gozar, eu vou gozar junto e vamos deixar transparecer em nosso olhar a nossa satisfação. - puta merda! Isso vai ser do caralho.
Rayssa: Não vou fechar, me come logo porra. - eu falo e é como se eu ativasse seu modo animal.
Ele não para! Consigo sentir seu pau socar meu útero, mas é delicioso.
Ele coloca um dedo na minha boca e eu chupo, levando ele babado até no meio das minhas pernas e eu perco tudo.
Sinto meu corpo todo tremer, o êxtase toma conta de mim e eu ainda sinto seus espasmos dentro de mim.
Pouco a pouco, vou me esquecendo de onde estou, e então me desligo de vez. Só o que consigo sentir são os braços de André me abraçando com força.

DE REPENTE, ACONTECEU...Onde histórias criam vida. Descubra agora