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-André-
Paramos para jantarem um dos restaurantes que tinha na rodovia, bem no caminho onde estávamos hospedados e pudemos passar um bom tempo conversando bastante sobre a reunião, contei as ideias que surgiram para esse nosso novo projeto que vai envolver a criação de novos prédios empresariais no porto do Rio e pelo sorriso que ela me retribuiu, ela ficou feliz.
Uma coisa que identifiquei nela logo de cara é que ela ama a empresa e realmente trabalha duro para que funcione e dê certo. Aprecio demais isso. E agradeço mentalmente pelo meu pai ter insistido tanto nela para a Zemetrek.
Enquanto conversávamos devoramos uma deliciosa lasanha com molho branco que assim que ela começou a comer eu me arrependi amargamente.
Primeiro porque essa era a minha comida favorita. Eu amo massas e cozinhar massas.
Segundo que ela não sabe comer e faz a maior bagunça, mas isso não deveria ser um problema, eu poderia até achar graça.
Mas ela fez isso parecer extremamente erótico e eu quase tive que pular da cadeira para ir ao banheiro.
Rayssa: Eu sei que faço a maior bagunça, eu acho que nunca tive modos. — ela fala rindo e limpa um bocado de molho branco que pingava da sua boca até seu queixo.
André: Você parece uma criança comendo, Rah. — tiro sarro sem perceber que pela primeira vez a chavo pelas iniciais do seu nome. Caio na real quando ela para de comer e fica me olhando com um sorrisinho no rosto.
Rayssa: As pessoas nunca me chamam de Rah. — estava pronto para pedir desculpa quando ela continua — Sempre me chamaram de Ray a vida inteira e eu amei a forma em que você escolheu meu chamar.
André: Acho que saiu sem querer. — levo mais um pedaço da nossa lasanha na boca e ela ainda tá com sorriso no rosto.
Rayssa: Acho que eu tô ferrada.
André: Por quê? — ela disfarça olhando para seu prato e depois volta seus olhos para mim.
Rayssa: Não sei, pelo visto eu tô achando bonito até a forma em que meu nome tá saindo da sua boca. Isso é sinônimo de estar ferrada. — compreendo e dessa vez a olho com atrevimento.

André: Devo tá ferrado também, afinal eu amo como você grita meu nome. — seu rosto fica vermelho — ou sussurra. — finalizo com ela rindo e comendo mais para disfarçar.
Mas ela novamente suja tudo e sua boca fica cheio de respingos de molho branco, imagem boa demais para abrir um leque de possíveis situações na minha cabeça.
Meu pau acabou de ganhar vida própria.
E ela sabe o que acabou de fazer, porque me olha com uma de suas sobrancelhas pro alto e limpando os lábios com uma sensualidade que se eu estivesse num filme, seria aquelas cenas em que o idiota fica babando na menina gostosa em câmera lenta, sabe?
Ela fez de propósito para me provocar como eu havia a provocado.
Rayssa: Acho que você não deveria ficar falando em voz alta assim e em público essas coisas. — balanço minha cabeça desacreditado na sua cara de pau.
André: Sério? Você deveria ser proibida de limpar os beiços dessa forma. Sério isso deveria ser um crime. — ela ri, aquela risada roca gostosa que só ela tinha e que mexia com todas as minhas extremidades.
Rayssa: Você é muito previsível, na verdade todos vocês homens são. Só pensam em sexo.
André: Não. Eu só penso em sexo com você, preciosa. E eu realmente espero que os outros homens não pensem a mesma coisa que eu.
Rayssa: Hmmm, então você é do tipo ciumento? — perguntou.
André: Não, eu só cuido do que é meu e não curto dividir.  — ela se aproximou deitando seu tronco na mesa, próximo demais e com os peitos amassados quase que na minha cara.
Rayssa: E eu sou sua é? — dessa vez ela me pegou. Me pegou muito certeiro e fiquei sem saber o que falar.
Ela voltou com o corpo para trás ostentando um sorriso safado que me deu vontade de arrancar ela desse lugar e a levar para minha cama de novo. Mas me segurei.
Ou melhor eu tentei, já que ela dificultou tudo quando vou beber seu vinho e em seguida lambeu novamente os beiços para mim. Caralho!
André: Para com isso! — peço baixo.
Rayssa: Não estou fazendo nada. — rebate no mesmo tom.
André: Rayssa...
Rayssa: André... — olhei para os lados e avistei o garçom que havia nos servido e pedi que trouxesse nossa conta.

Ainda ficamos duelando com os olhos quem tava com mais tesão e mais próximo de arrancar um a roupa do outro. Acho que isso já é o efeito do vinho...
Assim que pago e ele me entrega a notinha eu fico de pé e estendo minha mão para que ela pegue. Ela não faz charme, não faz de difícil e eu realmente amo isso nela.
A tiro da dali e fomos direto para o carro, como um casal qualquer, mas sem falar nada.
Abro a porta do seu lado, ela entra e eu fecho. Quase corro para ir para o meu lado e fecho em seguida.
Eu sentia seus olhos brilhantes no meu enquanto eu dava marcha ré e saia da vaga e tentei me controlar enquanto tentava manter meus olhos no trânsito, mas ela dificultou, claro.
Senti sua mão na minha coxa e logo encaixou no meu pau me fazendo suspirar.
Rayssa: Para o carro. — ela pediu e eu tive que virar o rosto para saber se ela estava falando sério e ela estava. Claro que estava.
André: Estamos no meio da rodovia. Não é seguro...
Rayssa: Para. O. Carro. — avistei um encostamento e liguei o pisca alerta.
Assim que parei com o carro, ela não perdeu tempo. — Juro que vai ser rápido. — eu assenti a vendo tirar toda a roupa, com pressa, com muita vontade.
Arrancou a calcinha pelas pernas e eu afastei meu banco para atrás. Caralho ela quer transar no meio da rua, dentro do carro... Gostosa!
Acho que falei alto demais a última parte e ela parou para me olhar, sem saber o que eu queria a partir de agora e eu só conseguia pensar em que eu queria ela. Mais que tudo nessa vida.
André: Vem aqui, vem. — a puxei pela cintura e ela sentou no meu colo.
Rayssa: Eu sempre quis transar no carro. — fico surpreso.
André: Você nunca...?
Rayssa: Não, o João tinha medo. — ela ri.
André: Quantas vezes eu vou ter que dizer que você estava com um mané? Sério...
Rayssa: Shiii — ela morde meu pescoço. — Para de falar dele e me come, por favor! — ela pede. PEDE!
E eu como um bom rapaz obedeço, claro.

DE REPENTE, ACONTECEU...Onde histórias criam vida. Descubra agora