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Rayssa

Um passo para lá, um passo para cá. Assim estava sendo marcado a nossa dança no meio do restaurante.
Estávamos em destaque, as pessoas estavam olhando para nós e alguns até se arriscaram a vir dançar também.
André: Parece que as pessoas estavam esperando alguém abrir a pista de dança — ele sussurra no meu ouvido e eu fecho meus olhos. Essa proximidade faz tudo em mim revirar.
Rayssa: Alguém tem que vir pagar mico primeiro né? — ele ri e continuamos nos balançando no ritmo da música.
Sua mão está no meio da minha costela, enquanto eu descanso meu rosto em seu ombro. É como se o mundo desse um pause e só existe nós dois nesse momento aqui.
André: Acho que é a primeira vez que eu danço com alguém assim.
Rayssa: Espero que eu não esteja de decepcionando — digo porque já pisei no pé dele acho que umas duas vezes.
André: Não está. Seu cheiro é uma delícia. — seu nariz se enfia entre meus cabelos entre meu pescoço e eu não consigo conter o gemido. — Eu ficaria aqui com você pelo resto da nossa viagem, ou até mesmo da vida. — mantenho meus olhos fechados sem ser capaz de dizer nada. — Desde aquela noite no apartamento eu não paro de pensar em um jeito de ficar a sós com você novamente. Não consigo parar de pensar nesse seu cheio, no jeito em que você me olhava, nos seus lábios... — sinto meu corpo se arrepiar.
Rayssa: André...— sussurro quase implorando para que pare. Mas eu apenas o incentivo.
Suas mãos descem um pouco mais e ficam bem mais próxima da minha bunda do que antes.
Meu rosto já não está mais deitado, estou com minha testa encostada no seu peito, consigo sentir sua respiração alterada e ouvir seu coração disparado.
André: Me fala que eu não sou o único a pensar em você o tempo todo desde aquele dia? — eu nego. Não consigo ainda levantar meus olhos. — Rayssa, olhe para mim. — ele pede e eu sei que se eu olhar ele vai ver tudo. Ele vai conseguir enxergar além de mim... E mesmo assim eu olho. — Não sei o que acontece quando estou na mesma presença que você, mas você sente? Sente isso? — meus olhos lacrimejam.

Rayssa: Eu sinto. Em cada parte do meu corpo. — falo tão baixo torcendo para que a música esteja mais alta do que minha voz, mas ele escuta. — Desde a primeira vez em que eu te vi, eu sinto absolutamente tudo.
André: Não é estranho que em poucas semanas isso tenha se tornado tão forte? — tenho vontade de falar que isso é forte para mim a cinco anos, mas ele não me entenderia.
Rayssa: Eu acharia estranho se não fosse tão forte desse jeito. — ele encosta a testa na minha e nos dois suspiramos de olhos fechados.
André: Eu quero muito te beijar...
Rayssa: Então beija... — respondo incapaz de fugir ou pensar em como isso poderia complicar nossa vida.
André: Eu sou seu chefe, estamos aqui a trabalho. Meu pai me mataria — dessa vez ele ri.
Rayssa: Seu pai não precisa saber, afinal ele não está aqui, está? — volto a olha em seus olhos e dessa vez possuído por um desejo que não estava ali antes. Na verdade eu nunca vi tanto desejo assim em seus olhos.
André: Acho que a gente precisa sair daqui. — ele pega em minha mão esperando minha decisão e eu sorrio.
Rayssa: Acho que nunca concordei tanto com você.
E assim vou ate a mesa, pego minha bolsa e ele me puxa quase que correndo para o elevador.
Assim que ele se fecha olhamos ao mesmo tempo para o visor dos andares. Falta muito até o último.
André: Ah foda-se — ele me empurra com toda a força do mundo na lataria e mal tenho tempo de me recuperar do susto e sua boca toma a minha, em uma vontade e uma força que eu jamais havia sentido.
Eu subo minhas mãos envolvendo as no seu pescoço e o puxando mais ainda para mim, querendo sentir seu corpo colidindo mais com o meu, quase como que uma fusão de corpos.
Seus dentes mordiscam meu lábio inferior para depois chupar a minha língua com maestria.
Seu corpo me comprimi toda fazendo eu me senti dominada e segura em seus braços.
O beijo termina e ele me olha ofegante, até se virar e eu perceber que a porta se abriu e chegamos no nosso andar. Porra, eu tô sem ar!
Suas mãos continuam a me puxar com urgência e quando o cartão abre a porta novamente ele me ataca.

André: Eu estou embriagado com esse teu cheiro, sua boca parece uma droga, mulher. — fala entre os beijos enquanto começa a arrancar minha roupa.
Percebo que ele está caminhando para o sofá, mas eu mudo o caminho.
Rayssa: Quero você naquela cama comigo.
André: Que bom, pois era exatamente o que eu queria. — corro na sua frente e ele vem logo atrás de mim como um leão, um predador atrás de sua presa e eu gosto de estar desse lado. Eu preciso que ele me pegue e faça o que quiser comigo.
São 5 anos porra, são cinco anos sonhando acordada com o furacão que é esse homem na cama. Na minha vida. Onde ele toca ele arrebata tudo em mim.
Paro na frente da cama e término de tirar minha própria roupa na frente dele enquanto ele me olha com desejo e luxúria.
Rayssa: Você vai ficar só olhando? — falo assim que deixo meu sutiã cair no chão ficando apenas de calcinha de renda preta na sua frente.
André: Você não devia me provocar, Rayssa. Eu tô tentando me controlar aqui. — Deito com as costas na cama e sustento meu corpo com o cotovelo.
Rayssa: Não quero que se controle, eu estou esperando por isso a tempo demais. — e ele nem imagina isso. Ele ri e tira sua blusa sensualmente.
Caralho que homem gostoso!
Noto que uma das tatuagens que ele tinha no peito, não está ali e isso me deixa confusa. Porque ela não está ali?
Mas isso se despersa na minha mente quando a última peça do seu corpo se junta as minhas e ele vem pra cima de mim.
André: Eu juro que eu vou fazer o que você quiser a noite inteira, mas agora eu vou te comer do meu jeito ou eu vou explodir só com essa visão de você deitada nessa cama só para mim, ok? — eu assinto e em menos de um minuto ele já estava com a camisinha e entrando em mim me fazendo gritar pronta para acordar o prédio inteiro se possível.

DE REPENTE, ACONTECEU...Onde histórias criam vida. Descubra agora