Minhas mãos suam, minhas pernas tremem, minha respiração está desregulada e eu nem estou me movendo. Minha cabeça está dolorida e meus olhos parecem querer se fechar a qualquer momento, resultado das minhas noites mal dormidas.
Any dirige calmamente ao meu lado, tão tranquila que eu gostaria de ter a sua calma junto a mim. Se passaram uma semana que estou longe de casa, mas o tempo ainda parece ter passado muito rápido.
Gabrielly forçou minha mão a soltar da outra, para que pudesse entrelaçar seus dedos nos meus. Sua atenção não é tirada das ruas de St. Albert que estão novamente se enchendo de neve.
- Toda vez que fica em silêncio você se lembra de alguma coisa.- ela disse parando em um semáforo.
- Só estou nervoso.
- Vai dar tudo certo, Josh. Vai ver que você vai ficar mais tranquilo em saber a verdade na versão deles.
- E eu já não sei a verdade?- perguntei
- Você sabe pela a minha versão, sabe até o limite que eu também sei. Eles devem ter mais algum tipo de informação que eu nunca cheguei a saber nesses dez anos.
Voltei a olhar a neve cair em silêncio. Repensei na ideia de realmente voltar, não é tão preciso assim. Posso viver sem saber toda a verdade e seguir em frente com as poucas que eu me lembro. Apertei meu pingente, aperte o seu também, por favor.
- Você está com medo de novo.- Any murmurou, apertando minha mão que ainda está segurando.
- Estou com medo de lembrar de mais coisas que eu não quero.- sussurrei- As vezes, as lembranças são um alívio e em outras elas são uma tortura. Queria poder me lembrar somente das boas, e não ficar angustiado com as ruins.
- Escuta. Se quiser ouvir eles e voltar para a minha casa, você sabe que pode. Assim como não ficou lá na primeira vez, não precisa ficar se você se sentir incomodado.
- Preciso ficar, Sofya pode ficar doente se eu não voltar.
- Por que cuida tanto dela?- Any perguntou, virando a rua da minha casa.
- Porque ela sempre cuidou de mim.
Any sorriu parando o carro em frente a minha casa. As luzes estão acesas e o carro dos meus pais está estacionado para fora da garagem.
- Antes de você descer...- falei segurando o braço dela-...Quero te agradescer por ter ficado comigo, muita coisa doeu nesses últimos dias e você curou. Parece que curar sempre foi seu dom, dês de pequenina.
- Você fala isso como se fosse uma despedida.- ela sussurrou.
- Não Any, esse é apenas o nosso começo.- falei mostrando a tatuagem agora cicatrizada no meu braço- Savannah me disse uma coisa que sempre percebeu, falou que sempre soube que sou apaixonado por você, dês de quando eu era criança.- seus olhos se arregalaram em surpresa, e um sorriso não ficou escondido em seus lábios- E ela não está enganada, dês do momento em que esbarramos na escola, eu senti que de alguma forma, você sempre estaria ao meu lado. Seu sorriso e o brilho nos seus olhos eram tão familiares que minha vontade foi de apenas te olhar para sempre.
- Josh...
- Fiz essa tatuagem, para deixar gravado a garota que o destino decidiu colocar novamente na minha vida. Você pode não sentir o mesmo que eu Any, mas me apaixonei mais por você no momento em que voltou a ficar no meu lado todos os dias. Te ter comigo é como ganhar na loteria, e cada dia que passa eu descubro algo indescritível em você que toca meu coração de todas as maneiras possíveis.
Quero te ter ao meu lado como nas últimas semanas. Não como uma amiga, mas sim como namorada, como minha melhor amiga e companheira de aventuras. Te dou o tem...
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Por fim, te encontrei!
RomantizmNÃO PERMITIDO ADAPTAÇÕES, CASO ACONTEÇA SEM MINHA PERMISSÃO, SERIA DENUNCIADO COMO PLÁGIO Em uma tarde ele se foi, deixando a garota chorando no balanço de sua casa. Dias sem fim de buscas sem sucesso. Um único presente que ainda o deixava em sua...