Any Gabrielly é a pilota mais famosa no ramo do kart brasileiro. Ao se mudar do Brasil com destino a Los Angeles para concorrer a corrida mais importante de sua vida, ela conhece Josh Beauchamp, seu colega de equipe. A brasileira que sempre foi obce...
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— JOSH BEAUCHAMP
Baby, serei seu predador essa noite Te caçarei, te comerei viva Como animais, animais, como animais-mais Talvez você pense que pode se esconder Mas eu consigo sentir seu cheiro de longe
ANIMALS | Maroon 5
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Circo. Esse foi o tema escolhido pelo kartódromo para a festa do início da temporada do team. Haviam atrações circenses espalhadas por todo o prédio principal, pessoas cuspindo fogo, malabaristas, acrobatas e mulheres penduradas em tecidos. O escritório dera lugar as mesas do buffet e a decoração espalhafatosa, essa que como de costume era obra de Yonta. Os garçons se camuflavam em meio a quantidade exacerbada de empresários e pilotos.
A primeira confraternização da temporada era sempre assim, luxuosa e crucial para todos. Conseguir um bom número de patrocinadores, era sinônimo de poder, de ser o melhor e o mais cobiçado. Ter investimento suficiente para um bom kart, uma boa manutenção, além de aumentar consideravelmente sua remuneração, significava muito naquele início.
Todos os anos, desde que minha família deixou o Canadá para viver em Los Angeles e passei a pertencer ao NU team, eu era o piloto mais disputado na equipe pelos patrocinadores. Isso porque a fama que eu havia conseguido com tantas vitórias, era um atrativo e tanto para as empresas. Visto como a figura do sucesso no ramo, eu estava estampado em outdoors, revistas e diversas outras propagandas.
Entretanto, naquele ano, era quase impossível competir com a brasileira que chegara em LA. Eu a assistia, roubar cada um dos meus potenciais patrocínios, pouco a pouco com um sorriso estonteante e adorável nos lábios. Chegava a ser admirável a maneira como ela fazia todos ali se derreterem por si própria. Era como o número principal do espetáculo, ofuscando todos os outros.
Os dedos de Any Gabrielly passeavam pelas teclas do piano, enquanto a cabeça se movia de acordo com a melodia da música, sentindo cada nota. Como um anjo direto do céu, a garota atraía todos os olhares do hall para si, já que nenhuma das apresentações exóticas se comparava ao seu talento diante do instrumento. Ainda assim, diferente dos outros ali, meus olhos queimavam em fúria sobre aquela imagem e eu tinha bons motivos para isso.
