Any Gabrielly é a pilota mais famosa no ramo do kart brasileiro. Ao se mudar do Brasil com destino a Los Angeles para concorrer a corrida mais importante de sua vida, ela conhece Josh Beauchamp, seu colega de equipe. A brasileira que sempre foi obce...
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— ANY GABRIELLY
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Eu disse: Eu não vou perder o controle, não quero que isso aconteça Eu disse: Eu não vou me aproximar demais, mas eu não consigo parar Oh não, lá vai você, me tornando uma mentirosa
LIAR | Camila Cabello
Com os cotovelos apoiados na toalha, tombei minha cabeça para trás, sentindo toda a vitamina D sendo absorvida por cada poro do meu corpo, me esquentando o bastante para que minhas pernas ardessem. Fechei os olhos, sensíveis demais por todo o sol que incindia sobre eles, seguido de um grande suspiro que esvaziou meu pulmão apenas para enchê-lo com o ar vindo do mar. A brisa leve fazia cócegas no meu rosto, era um dos motivos para o sorriso imenso que caía sobre meus lábios.
Finalmente paz.
As últimas semanas haviam sido tão agitadas que eu me agarrava àquele momento, como se fosse um pedaço do paraíso. E, se tratando de Malibu, realmente era. As gaivotas no chão, voando uma hora ou outra quando se assustavam, a areia clara, somada a imensidão do mar azul só confirmavam isso.
Não pude deixar de me questionar por nunca ter me dado o luxo de viajar e conhecer outros lugares além do Brasil, mais um dos sacrifícios pela minha carreira, o qual eu me perguntava se havia valido a pena, apesar de a resposta sempre ser sim.
Falando em carreira, o início da temporada foi marcado, principalmente, pela minha discussão com Josh e o sermão de Yonta. Em todos os dias que se sucederam a esse episódio, não concedi uma palavra ao loiro — Exceto pelos tweets contendo indiretas — e me sentia orgulhosa por isso. Estava focada, passando cada vez mais e mais horas no kartódromo, isso porquê teria meu primeiro campeonato em Gardena no próximo mês. Defender o Now United Team, deixava-me ainda mais tensa e eu não aceitava nada menos que o topo do pódio naquela corrida.
Além disso, entrei com um processo para emitir minha carteira de motorista, algo realmente burocrático, o qual se encaminhava bem até o momento. Ansiosa por não precisar de mamãe me levando a todos os lugares, contava os dias para poder ter meu próprio carro. Inclusive, vinha procurando modelos e usaria minhas economias do ano para comprar um automóvel rápido, luxuoso e potente. As dezenas de borboletas ganhavam vida na minha barriga, só de imaginar um lindo modelo esportivo, inteiramente preto com bancos de couro e direção hidráulica. Uma das vantagens de ser independente financeiramente…
