11 | O INÍCIO DO JOGO

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⚠︎ A meta de comentários é de 800 para desbloquear um novo capítulo no próximo domingo, então comentem muito!

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— ANY GABRIELLY

O toque do celular chegou aos meus ouvidos como um miserável lembrete de que existia um mundo além da banheira a qual eu me encontrava imersa. A água já estava fria e o som da minha playlist também tinha sido encerrado há algum tempo, mas eu simplesmente pude esquecer minha vida por esses minutos. Alcancei o aparelho e deslizando o dedo pelo ecrã, consegui ver uma mensagem do meu grupo de amigos. Lamar e as duas garotas, organizavam uma noite de filmes na enorme sala de cinema em sua mansão. Digitei algo e afastei o celular mais uma vez.

A chama das velas, as quais eu acendi muito dedicada a ter meu melhor banho em dias, reluziam em nuances de âmbar por todo o banheiro.

Inspirei profundamente, antes de deixar o corpo escorregar até o fundo da água. Ao fechar os olhos, o breu que toma conta deles é assustador. Minha audição sente falta do som das músicas, porque talvez elas conseguiriam emudecer qualquer das reflexões devastando a minha cabeça.

Engulo todos os gritos que meu peito quer dar, apesar de ter tanta coisa dentro de mim, precisando ser externalizada, eu não imagino ninguém querendo ouvi-las.

A sensação é semelhante a ralar o joelho e ficar arrancando a crosta de sangue seco, você sabe que não é o certo a se fazer e que a ferida nunca vai cicatrizar se prosseguir o fazendo, ainda assim continua. O machucado é denso, tem muitas partes as quais nem eu sabia porque incomodavam tanto, uma delas é Josh Beauchamp.

Principalmente a sua traição. Tudo dói e rasga quando ouso lembrar: eu não realizaria meu sonho nessa temporada.

Quando retorno ao mundo real, não há ar para respirar, só água tomando meu corpo por todos os centímetros de epiderme, os olhos se abrem e o âmbar caloroso ainda está lá, em contraste eu estou congelando na merda da banheira. Os batimentos do meu coração correm tão velozes quanto a pilota na pista, buscando um prêmio o qual nunca iria segurar.

Leva mais alguns segundos, até que eu perceba estar me afogando e dessa vez não é apenas uma metáfora.

Agarro a porcelana fria e num impulso ágil, estou na superfície outra vez. Minha boca e meu nariz travam uma guerra, para ver qual deles conseguem sugar mais ar da atmosfera pesada do banheiro. A garganta se manifesta em uma tosse incessante e a mente trabalha igualmente a um liquidificador, girando agressiva e constantemente uma sequência de pensamentos dos últimos dias. Tudo está sendo destroçado por lâminas tão afiadas quanto a minha ansiedade, há desde Josh me desejando boas-vindas na equipe até o olhar nojento de Adam para os meus peitos. Também há um "seja minha namorada" dito por Jasper.

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