Any Gabrielly é a pilota mais famosa no ramo do kart brasileiro. Ao se mudar do Brasil com destino a Los Angeles para concorrer a corrida mais importante de sua vida, ela conhece Josh Beauchamp, seu colega de equipe. A brasileira que sempre foi obce...
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⚠︎ PRESTEM ATENÇÃO NO AVISO FINAL! Esse capítulo tem duas partes e vai estar tudo explicadinho lá nas notas finais.
— ANY GABRIELLY
Você chama ela, quase diz meu nome? Porque, vamos ser honestos, nós meio que soamos iguais Outra atriz Odeio pensar que eu era apenas o seu tipo
DEJA VU | Olivia Rodrigo
Bufei de irritação soltando um palavrão sonoro no meio do corredor.
Era a quarta ou quinta vez que uma das rodinhas da mala se prendia ao chão de madeira, me fazendo tropeçar nos meus próprios pés. Diante da imagem patética, Joalin friccionou os lábios finos e tentou conter sua risada escandalosa.
Talvez ela tivesse razão quando avisou que eu não precisaria de tanta bagagem para um único fim de semana na fazenda.
— Sabe, acho que trazer vestidos da Chanel para o meio do mato foi um exagero. — A loira comentou com um tom brincalhão e continuou a procurar nosso quarto, segurando as alças da sua pequena mochila.
Revirei os olhos lhe direcionando um belo dedo do meio.
Com a finalização do primeiro semestre de aulas e o início das férias, a escola decidiu reunir os alunos do segundo e do último ano em um rancho nas redondezas de Los Angeles. Parecia um programa legal após as semanas agitadas na Áustria e todas as confusões acerca daquela maldita foto. Nos dias que sucederam o episódio, Josh não pisou na escola e muito menos no kartódromo. Pensei seriamente na possibilidade dele ter trocado os horários novamente, mas dessa vez para não me ver nem mesmo no trabalho. Era a explicação mais plausível, já que eu acreditava na hipótese dele ter se sentido ofendido pela espécie de roubo que eu cometi. Cada célula minha estava se corroendo em arrependimento. Maldita hora que eu vasculhei suas coisas!
Eu fiquei incomada, é claro. Um pedaço de Any Gabrielly já havia se acostumado com o fato de não sermos mais inimigos mortais. Agora, as coisas pareciam ter voltado a ser como meses atrás, sem a estúpida parte das provocações, o que tornava tudo exageradamente monótono. Não deixei de pensar se aquele era um sinal do universo para nos afastarmos de vez. Na verdade, as coisas não vinham dando muito certo entre nós e talvez fosse a hora de entender que apenas não fazia sentido se envolver com quem você deveria odiar.
Eu precisava desacelerar um pouco e o rancho seria bom nisso, caso eu já não estivesse estressada apenas com a mala.
O corredor de quartos era enorme. Nós já tínhamos percorrido toda a sua extensão procurando nossos nomes em folhas de papel coladas nas portas. É claro que os dormitórios foram divididos entre garotas e garotos, dados os hormônios que incitavam os alunos a treparem pelos quatro cantos do lugar. Pelo o que Joalin me contou, algumas alunas da terceira série do ano passado deram a luz recentemente aos resultados do fim de semana.
