Any Gabrielly é a pilota mais famosa no ramo do kart brasileiro. Ao se mudar do Brasil com destino a Los Angeles para concorrer a corrida mais importante de sua vida, ela conhece Josh Beauchamp, seu colega de equipe. A brasileira que sempre foi obce...
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⚠︎ Esse capítulo não tem uma meta certa de comentários, mas, comentem bastante as teorias de vocês! Quero saber o que estão pensando. :)
— JOSH BEAUCHAMP
Eu continuo tentando deixar você ir Estou morrendo para deixar você saber Como estou progredindo Eu não chorei quando você foi embora de primeira Mas agora que você está morto, dói
DADDY ISSUES | The Neighbourhood
O corpo de mamãe está jogado sobre o chão quase sem vida, o sangue escorre dos cortes profundos nos pulsos e forma uma enorme poça. Alya também está ali, mas ao contrário do coração de Ursula que ainda emite ao menos um ruído, o da garota está completamente morto. Não importa o que eu faça, não consigo salvar nenhuma das duas.
— Josh! — A voz de Any Gabrielly é um sopro de ar fresco para o meu peito desesperado.
O coração acelerado, o corpo pingando suor, os pulmões lutando pelo mínimo vestígio de ar, a boca tentando pronunciar qualquer pedido de socorro… Foi assim que acordei pela manhã, praticamente afogado no mar de lençóis. Em um reflexo imediato por ter o sono interrompido bruscamente, eu agarro os braços de Any, levantando em um impulso ágil. Minha mente traiçoeira leva alguns segundos para lhe reconhecer e relaxar.
Suspirar de alívio foi a primeira coisa que fiz quando minha consciência se recobrou. Também me apressei em soltar seu braço.
Seu semblante não tem nada da expressão assustada que eu imaginei.
— Está tudo bem. — Ela garante com um olhar puro e cuidadoso.
É estranho, de um jeito bom é óbvio, ver Any ainda mais vulnerável e talvez um pouco carinhosa. Eu não sabia agir com manifestações de carinho, mesmo, assim era bom não nos odiarmos o tempo inteiro ou pelo menos não trocar farpas a cada duas palavras.
O sábado tinha sido agitado, por isso uma vez em sua cama, agraciado com sua companhia, meu corpo se entregou a um sono profundo. Eu estava exausto fisicamente e emocionalmente, mas, de um jeito bom. Não estava acostumado a dormir com outra pessoa que não fosse Heyoon, a coreana me conhecia o suficiente para não se assustar com meus sonhos ruins ou apenas não demonstrar. Então, quando Any Gabrielly me acordou do modo mais gentil e delicado possível, eu fiquei surpreso por ser a primeira vez que ela presenciava a cena e mesmo assim, não esboçou nenhum pouco de pânico na expressão. Porém, não deixava de ser horrível que ela visse. Eu não queria que Any conhecesse meu lado fragilizado e ter dormido ao seu lado foi, de fato, uma estupidez.
— Merda. — Praguejei. — Eu sabia que era uma péssima ideia dormir aqui. Pensei que podia ficar acordado a noite inteira, mas, aí eu relaxei um segundo e acabei caindo no sono… — Massageei a têmpora suada.
