16 | ASSASSINO

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— JOSH BEAUCHAMP

Amantes secretos, é o que você quer ser
Ao fazer amor com ele, garota, você está me ligando silenciosamente
O que um homem faz em uma situação como essa?
Eu sinto que há algo que eu, eu não quero perder

DOWN LOW | The Weeknd

Eu nunca acreditei no inferno, mas eu estive lá. 

Acredite em mim, eu preferia perder a sanidade do que afirmar que o inferno existe. Mas, o inferno é aquilo que você tem medo e não pode fugir, o inferno é aquilo que te tortura até você implorar para estar morto, o inferno é aquilo que você não pode fugir, nem esquecer.

Encarei a lápide por longos segundos, pensando em como o coveiro estava enfiando no rabo a generosa quantia depositada em sua conta para fazer a manutenção do túmulo. As letras gravadas em bronze, um pouco mais apagadas desde a última vez em que eu havia estado ali, ainda faziam meus batimentos cardíacos oscilarem. Nas primeiras semanas após sua morte, eu costumava visitar o cemitério em uma frequência absurda, tomado pela sensação de que ali, podia anular o que havia acontecido com Alya.

— Eu sinto sua falta todos os dias. — Um sorriso inconsciente se formou em meus lábios quando algumas memórias genuínas tomaram minha mente. — As coisas seriam incrivelmente mais fáceis se você estivesse aqui.

E era verdade, talvez se a garota ainda fosse viva, eu não teria me metido em centenas de confusões para superar sua morte.

Suspirei, um pouco cansado e delicadamente coloquei as rosas-brancas sobre o mármore escuro. Naquele dia em específico o incômodo em meu peito era maior e mais ardente. Apesar de no último ano ter ido bem na missão de ignorar o falecimento de Alya, nas últimas semanas sua imagem era quase onipresente, em especial pela semelhança com Any Gabrielly, outra garota que me arrancava tremendos esforços ao tentar mantê-la longe dos meus pensamentos.

A menina gentil, era extremamente doce e dona de um dos sorrisos mais encantadores do mundo. Igualmente bonita, a preta sempre atraiu os olhares ao seu redor e comigo não podia ser diferente. Por um bom tempo tivemos uma conexão digna de um filme de romance, incontáveis horas de sexo e beijos que poderiam ser sinônimos de paixão, caso o sentimento tivesse sido recíproco por ambas as partes. E, então ela morreu, da pior forma que alguém poderia deixar esse mundo e estupidamente eu descobri: a morte sempre aperta mais o coração de quem fica vivo. Principalmente quando seu cérebro não consegue lidar com a culpa.

A morte de Alya era um lembrete vivido em meu cérebro, que eu nunca sentiria nada por ninguém, que o monstro criado por Richard realmente existia e não merecia muito além de repulsão. Alya morrera pela minha ausência de sentimentos e porra, era uma merda não sentir mesmo querendo tanto.

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