SAM (Mais Forte Que O Mundo)

Capítulo 6.

Bryan e eu demos uma pequena revisada na casa,o último cômodo que restava era o meu quarto e ao entrar vejo uma cena que partiu completamente meu coração. Diferente do resto da casa o quarto estava completamente bagunçado,pelo que parece alguém esteve procurando evidências por aqui...

...ver minhas roupas e brinquedos jogados no chão me transmitam a sensação de que foram brutalmente arremessados.

— Sam,você está bem?. — Bryan pergunta tocando gentilmente em meu ombro.

— Eu... — Antes da fúria respiro fundo — É,eles estavam determinados em achar alguma pista.

...rapidamente saio do cômodo e vou até a sala onde sento de forma despreocupada no sofá...

— Talvez uma faxina resolva. — Meu amigo se senta ao meu lado.

— Acho melhor deixar do jeito que está. — Falo.

...um silêncio agradável se forma entre nós...

— Sabe,foi difícil sem você aqui. — Diz Bryan — Eu senti saudade,mas ao mesmo tempo preferi que estivesse longe.

— Ainda falam sobre o incidente?. — Pergunto.

— Hoje em dia as pessoas evitam falar sobre isso,mas assunto repercutiu por bastante tempo,entende?...era muito coisa para absorver. — Ele explica — Tive que fingir não conhecer você para evitar as autoridades,porém eu nunca te esqueci e...

— Alguém se machucou gravemente?. — Lhe interrompo.

— Não.

— É bom saber. — Solto um suspiro.

Foi uma experiência difícil para nós dois,mas eu estou aqui pronto para recomeçar de novo e esquecer esse passado tão sombrio. A distância e o medo foram os nossos piores inimigos,talvez essa seja uma boa oportunidade para concertar nossa amizade.

— Mas me fala. — Mudo de assunto — E você? como anda sua vida? o que fez durante esses anos?.

— Depois que meus pais se divorciaram eu continuei morando com minha mãe,ela até me arranjou um estágio na empresa onde trabalha e... — Ele parece pensativo — Não foram grandes realizações,mas é o que temos.

De repente vimos pela janela um carro preto parar em frente a casa,logo meu coração começa a bater forte. O nervosismo me faz fechar a porta da frente com bastante forçar...

...

Apesar do susto ninguém desceu daquele carro,estranhamente ele permanece parado por longos segundos,em seguida sai calmamente. Bryan vai sorrateiramente até a fresta da janela e observa o lado de fora,ele retorna suspirando aliviado.

— Tudo bem,já foram. — Diz ele.

— Bryan,eu conheço aquele tipo de veículo,eles sabem que eu estou aqui. — Respondo aflito.

— Não é possível,você acabou de chegar.

— Eu preciso sair daqui... — Levanto do sofá.

...a tensão negativa faz a estrutura da casa ranger um pouco assim como a estante de livros que começa a se mover sozinha...

— Ei,calma. — Bryan me tranquiliza — Vê?...o veículo já foi embora

...a única coisa que faço é continuar respirando fundo...

Estando um pouco mais calmo nós saímos da casa,o carro que vimos realmente havia ido embora,mas eu não me sentia seguro ali. Talvez os anos como fugitivo sejam responsáveis pela minha paranóia,a nova identidade não é nada se eu continuar desconfiando de qualquer carro preto ou alguém suspeito.

— Foi bom ter vindo,mas todo cuidado é pouco. — Comento.

— Você controlou bem seus dons,parece que andou praticamente. — Bryan se impressiona.

— Sabe,não é nem metade do que aprendi. — Mostro um sorriso — Acho que ainda temos muito para conversar

— Pois é...eu...quero dizer...você. — Ele parece constrangido de repente.

— Sim?. — Lhe espero concluir.

— Que tal a gente dar uma volta amanhã,talvez até almoçar junto...sabe?...para colocar o diálogo em dia e...

— Claro. — Aceito o convite — Fico feliz que ainda queira estar comigo depois de tudo que passou.

— Você é uma pessoa bastante especial,independente de qualquer coisa.

— Obrigado.

— Você quer meu número?...talvez a gente combine onde se encontrar depois.

— Bryan,eu ainda não tenho um celular,mas virei até aqui,é só me esperar no ponto de ônibus.

— Tem certeza? então a gente se vê amanhã de manhã?. — Ele questiona.

— Claro. — Saio andando.

— Ótimo...eu acompanho você.

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(Continua No Próximo Capítulo)