(NARRADO POR SAM)
Na manhã seguinte levanto bem cedo,Bryan também estava ali,mas dava sinal de que não iria acordar. Ao lembrar da nossa noite juntos um sorriso involuntário se forma em meu rosto,porém antes de qualquer coisa eu precisava resolver um monte de coisas.
...e como sempre eu não tinha ideia de como começar...
— Sam?. — Bryan desperta.
— Oi. — Respondo enquanto calçava os sapatos.
— A onde vai?.
— Eu vou ver como meu pai está.
— Tudo bem mas,você não prefere comer alguma coisa antes de sair?...eu posso fazer um café para nós.
— Obrigado,mas não...
— Eu sei,você precisa resolver sua vida antes de qualquer coisa.
— Bryan,ontem a noite foi maravilhoso,mas não há futuro se toda essa loucura estiver acontecendo. — Explico com sinceridade — Tempo,é só o que eu peço.
— Só me promete que não vai fugir de novo.
— Eu não posso garantir.
— Foi o que pensei. — Ele volta a dormir — Feche a porta antes de sair.
Sei que Bryan ficou chateado com minha resposta,ele há de pensar que eu poderia ficar se quisesse...na verdade toda essa história está me deixando confuso. Saio de sua casa,não era bem assim que eu gostaria de deixa-lo e quanto mais pensava no assunto mais aflito ficava.
Eu pretendia ir visitar meu pai,mas nem isso tive capacidade de fazer,tão pouco queria ver Daniele. Quando a aflição acelera meu coração resolvo ir ao único lugar onde eu poderia me acalmar...minha casa.
...como sempre a residência permanecia do mesmo jeito,o silêncio e as lembranças eram acolhedoras. Caminho até meu quarto,sento na beira da cama,fecho os olhos e respiro fundo.
— O que você quer de mim?. — Começo a falar aleatoriamente — Eu não pedi para ser assim,para por favor,isso não tem graça.
Toda a concentração me faz notar uma energia estranha,naquele exato momento sinto alguém entrar na casa e pensando ser Bryan resolvo verificar. Meu sorriso se desfaz quando encontro a detetive Miller...
— Você?. — Me aproximo dela.
— Por algum motivo eu sabia que iria encontrar você aqui. — Ela responde.
...
...naquele momento estávamos bem próximos...
— Mas o que você quer de mim?. — Me altero.
— Apenas respostas para talvez entender tudo isso que está acontecendo.
— Vão provar o que comigo? a origem da vida? o DNA dos nossos antepassados? a existência de Deus?...eu não tenho nada.
— Ao contrário,você tem muito para oferecer. — Ela me encara — Esse não é seu grande desejo? obter respostas?.
— Karen... — Respiro fundo — A única resposta que eu preciso saber é quando pessoas como você vão parar de me perseguir. É,eu entendo toda essa baboseira que está dizendo..."seus poderes isso,seus poderes aquilo"...a única coisa que me impede de colaborar é já estou cansado disso,se é para obter respostas prefiro fazer isso sozinho.
— Olha. — Ela solta um suspiro — Me desculpe por ter atirado no seu pai...eu agi sem pensar.
— Meu pai...
...na hora da raiva uso meu poder para fazer seu corpo flutuar...
— FOI PRA ISSO QUE VEIO AQUI? ME DEIXAR PIOR?.
— Sam,por favor,não faça isso.
— CALA A BOCA...CALA A BOCA...CALA A BOCA.
De repente lhe empurro com brutalidade contra a parede,eu estava tão aflito que em sinal de desespero seguro firmemente minha cabeça para conter a confusão. Naquele momento fui forte o suficiente para aguentar firme e evitar uma nova catástrofe,próximo dali observo a detetive tentado se levantar,ela parece machucada.
— Minha mãe... — Ela fala — ...está no hospital a meses esperando um transplante,achei que chegando até você eu teria uma possível cura.
— Como?. — Questiono.
— Esse foi o motivo de tudo.
— Eu sinto muito por ela,mas do jeito que as coisas fluíram não tenho como ajudar. — Falo friamente — ...sai daqui Karen.
— Você não é um monstro Sam. — Diz ela caminhando até a saída — ...só é egoísta.
— Você está errada detetive...um monstro também pode ser egoísta.
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(Continua No Próximo Capítulo)
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SAM (Mais Forte Que O Mundo)
ParanormalO peculiar Sam retorna para sua cidade depois de anos vivendo como um fugitivo,sob uma nova identidade o rapaz tenta se adaptar e recomeçar sua vida do zero. No anonimato e guardando seus dons em segredo Sam mantém esperança de concertar a bagunça q...