Capítulo 5.

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Depois de lavar meu rosto e escovar os dentes troco o pijama por uma roupa casual,em seguida saio do apartamento com Daniele,nós iríamos pegar o transporte público. Quando entramos no veículo fomos logo para os primeiros assentos,é claro que a essa hora muita gente saía para trabalhar e mesmo passando despercebido por elas eu me sentia esquisito

Para me distrair Daniele começou a puxar assunto,isso fez o percurso ficar mais divertido. Não demorou muito para que o ônibus fizesse a sua primeira parada,minha prima teria que descer ali,mas antes de sair ela me pede para ter juízo e tomar cuidado.

...sozinho tento me concentrar um pouco...

Logo começo a reconhecer os bairros por onde o ônibus passava,assim que ele para aproveito para descer. Eu pensei que teria dificuldade em lembrar,mas tudo está claro agora...

...andando por ali rapidamente chego na rua onde morei,mesmo tendo algumas reformas nada havia mudado drasticamente. Adiante,minha casa,onde metade da minha vida estava guardada.

O lugar está abandonado,mas além dos arbustos crescidos há uma faixa amarela na porta da frente em forma de "x". Provavelmente as autoridades estiveram aqui e interditaram tudo,vejo que há tábuas de madeira tampando as janelas.

...depois de observar a casa por um longo tempo resolvo entrar...

— Não é permitido entrar aí. — Alguém me interrompe.

...com o susto olho imediatamente para trás...

Parado no meio da calçada está um rapaz com o antebraço esquerdo engessado,ele me encarava de forma apreensiva,talvez estivesse tão assustado quanto eu. Seu rosto era familiar,mas eu tinha medo de falar alguma coisa e parecer um maluco.

— Eu... — Fico sem reação.

— Espera... — Ele se aproxima de mim — Sam? é você?.

— Bryan?.

— O próprio. — Ele sorri — Eu nem acredito,você está mesmo aqui depois de tanto tempo.

— Pois é. — Digo meio constrangido.

Bryan de repente me abraça...sua saudade era maior do que eu imaginei. Na adolescência ele foi meu grande amigo,devido ao incidente nós perdemos contato,mas agora o mesmo está aqui tão mudado quanto eu.

...sua casa fica por aqui,é provável que ele ainda more no mesmo lugar...

...

— Mas olha só você. — Bryan passa a me observar — Até parece outra pessoa.

— É,eu tive que mudar um pouco. — Explico.

— A quanto tempo está na cidade?.

— Eu cheguei ontem,estou na casa de uma prima.

— E pretende ficar por pouco tempo?.

— Digamos que é um novo recomeço.

— Isso é incrível. — Bryan se empolga — E o seu pai? como ele está?.

— Incrivelmente bem. — Sorrio — Sempre me protegendo.

— Imagino

— O que aconteceu com seu antebraço?. — Pergunto

— Isso?...foi algo recente,eu estava trocando a luz da varanda,escorreguei da escada e...acho que você sabe o resto.

— Desastrado.

...e juntos caímos na gargalhada...

— É bom que esteja de volta Sam,eu sinto muito por tudo aquilo que aconteceu no passado. — Bryan fica sério de repente.

— Está tudo bem,parece que as coisas por aqui também não foram fáceis. — Olho para minha casa.

— Quando você e seu pai saíram os policiais estiveram aqui por vários dias,logo as pessoas começaram a espalhar o boato de que a casa era mal assombrada e coisas do tipo. — Bryan explica — Depois disso ninguém nunca mais entrou aí.

— Até agora. — Ando até a porta da frente — Acha que é uma boa ideia?.

— A casa é sua. — Ele me acompanha

Obviamente a princípio a porta estava trancada,discretamente uso meus dons na fechadura,depois de conseguir abri-la entramos. Por dentro a casa estava perfeitamente em bom estado,os móveis,a decoração,tudo intacto...eu não esperava encontra-la desse jeito.

— Minha casa. — Falo respirando fundo — Ainda está do mesmo jeito que nós deixamos.

— Esse lugar sempre me trouxe boas sensações. — Comenta Bryan.

— Está um pouco empoeirada,mas isso é o de menos.

— Vem Sam,vamos ver o que mais resistiu com o tempo.

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(Continua No Próximo Capítulo)

SAM (Mais Forte Que O Mundo)Onde histórias criam vida. Descubra agora