SAM (Mais Forte Que O Mundo)

Capítulo 8.

No restante do dia Daniele me incentivou a lhe acompanhar em suas séries,embora eu preferisse desenhos não me importei. Superando minhas expectativas até que não foi algo tão ruim,fomos a noite toda torcendo pelos personagens e se frustando com suas escolhas idiotas.

Na manhã seguinte acordei um pouco mais agitado do que o normal,me sentia leve e fazia tudo com animação. Durante o café da manhã Daniele notava algo diferente em mim,talvez eu estivesse cantarolando mais do que o normal.

— Você tá bem? — Ela pergunta.

— Claro. — Respondo — Só estou animado.

— Animado é pouco,você está praticamente saltitando pelo apartamento.

— E isso é ruim?. — Reviro os olhos.

— Não,só é esquisito,afinal onde você e Bryan pretendem ir?.

— Eu não faço ideia,talvez a gente dê uma volta no parque ou algo do tipo.

— Então é por isso que está tão animado?.

— Sabe,eu não via Bryan a anos e confesso que foi muito bom poder reencontra-lo de novo.

— Ele estava lá quando aconteceu,verdade?. — Daniele me questiona.

— Na verdade ele soube muito antes do incidente então eu confio nele.

— Se você diz. — Ela movimenta os ombros

— É,eu tenho tudo sob controle...olha.

Com o copo de café em mãos faço todo o líquido de dentro flutuar,a bebida paira sob Daniele e começa a formar desenhos comuns. Em seguida o líquido retorna para o copo...

— Olha só ele,cheio de truques.

— Está servida?. — Pergunto sorridente.

— Não obrigada. — Ela faz um gesto negativo — Mas de qualquer forma eu quero se divirta lá fora.

— Eu pretendo.

— Não se esqueça que hoje vou levar você ao restaurante pelo emprego,esteja aqui antes das três da tarde.

— Ótimo. — Me agito.

— É sério Sam,talvez você possa se distrair e esquecer seu compromisso.

— Tudo bem,eu tenho minha super memória. — Brinco.

Daniele apenas permanece em silêncio enquanto eu esbanjava animação. Antes de qualquer coisa eu precisava desse momento de lazer,isso ajudaria tanto minha mente quanto meu autocontrole.

...

...assim que o ônibus para no ponto desço em seguida. Bryan ainda não tinha chegando lá e de forma despreocupada decido esperar,quando os minutos vão se passando começo a estranhar por ele não ter vindo.

Sua casa era ali perto,eu poderia ir até lá,mas tinha um pouco de receio. Juntando coragem passo a caminhar,enquanto andava pela calçada vejo aquele mesmo veículo preto de antes atravessando a rua vagarosamente.

Olho para frente e disfarço o caminhar,logo o carro passa por mim e segue seu percurso. Talvez fosse um morador dali,mas confesso que a presença daquele veículo me incomodava bastante.

...depois da tensão finalmente chego na casa de Bryan,toco a campainha e espero uma resposta...

— Já vai,já vai. — Ouço sua voz.

...logo a porta é aberta...

— Oi.  — Falo.

— Sam,você aqui?. — Ele se agita — Vem,entra.

Por dentro sua casa não havia mudado muito,talvez alguns móveis novos,mas a decoração está do mesmo jeito que lembro. Eu não costumava vir muito para cá pela energia pesada do ambiente,os pais de Bryan tinham um relacionamento conturbado e talvez essa fosse a razão

...agora sinto que essa energia não é mais presente por aqui...

— Sam,me desculpe por não ter ido até o ponto de ônibus,eu ainda cofundo os horários...fui lá duas vezes e...enfim.

— Não precisa se desculpar. — Sorrio — Uma parte de mim queria vir então...

— Que bom que veio.

— E a sua mãe?. — Pergunto.

— Trabalhando.

— Acho que ela não será tão receptiva quando descobrir sobre mim.

— Não importa o que ela ache,você sempre será bem vindo aqui.

— É bom poder ouvir isso.

...um silêncio agradável se forma entre nós...

— A propósito. — Bryan começa a falar — Antes de tudo quero te levar a um lugar.

— Onde?.

— É segredo,mas acho que quando a gente for caminhando talvez você descubra.

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(Continua No Próximo Capítulo)