Capítulo 10.

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— Sam. — Bryan sussurra eufórico — Onde...como aprendeu isso?.

— Eu não sei explicar,talvez tenha haver com meu dom manipular as coisas,entende? — Movimento os ombros.

— Isso foi incrível,a dor,ela sumiu completamente. — Ele analisa o braço.

— Um pássaro com a asa machucada me fez perceber que além de curar a mim mesmo eu também poderia curar os outros. — Respondo — Eu treinei tanto,ficava horas no campo revivendo flores mortas...as vezes requer um esforço muito grande.

— Eu nem sei o que dizer,você,seus poderes...são divinos.

— Eu sou divino?. — Pergunto sorridente.

— Cara,você curou o meu braço. — Bryan se empolga — Você tem noção do que acabou de fazer?.

— Eu tenho,mas...

De repente minha visão fixa na mulher morena que acabava de entrar na cafeteria,ela parece está procurando por algo ou alguém. O medo vem instantâneamente,sim,eu já tinha visto aquela mulher antes,mas foi a muito tempo...agora ela está aqui.

— Precisamos sair daqui. — Falo levantando da cadeira de forma apressada.

— O que?...mas nós nem pedimos ainda.

— Pois é,eu tenho um compromisso hoje,talvez até consiga um emprego.

— Tá,mas...

— A gente vem aqui depois. — Lhe interrompo.

Saio dali praticamente arrastando Bryan,passamos pela mulher que nem deve ter notado dois malucos correndo para fora do estacionamento. Todo esse meu medo tem um motivo,ela é a mesma pessoa que perseguiu meu pai e eu antes de chegamos na fazenda do meu tio.

...embora nós já tivéssemos saído da cafeteria ainda andávamos com bastante pressa...

— Sam,espera. — Bryan me força a parar — O que está acontecendo?

— Nada. — Disfarço com um meio sorriso.

— Você praticamente me arrastou para fora do estabelecimento,deve ter algum motivo.

— ...é ela Bryan.

— Quem?.

— A detetive Miller.

— Miller?...acho que já ouvi esse nome em algum lugar?.

— Ela foi na minha casa depois do incidente na escola,bem no exato momento em que meu pai e eu estávamos prestes a fugir. — Explico — Essa mulher sabe que estou aqui por isso aquele veículo preto ronda o meu bairro...tudo se encaixa agora

...

...segundos depois passamos a caminhar em silêncio...

— Acho que a cafeteria foi uma péssima ideia para o passeio. — Bryan solta um suspiro.

— Eu me diverti,sério,mas depois dessa preciso voltar ao apartamento de minha prima.

— Você quer que eu o acompanhe?.

— É melhor não.

— Então... — Ele rapidamente começa a vasculhar os bolsos da calça — Já que você não tem celular acho que essa é a maneira mais simples de termos contato.

...com uma caneta e um pedaço de papel Bryan começa a anotar algo...

— Aqui. — Ele me entrega — É o número do meu telefone.

— O que houve com o antigo?.

— Minha mãe teve que trocar a linha.

— Entendo. — Observo o pedaço de papel.

— Liga para mim quando puder Sam.

— Claro...até depois.

— Até...

...

Eu estava com tanta pressa que talvez aquela tenha sido a despedida mais esquisita que já fiz,mas é melhor não ficarmos juntos por enquanto. Embora eu soubesse muito pouco sobre a detetive Miller ela me parece ser alguém bastante persistente,afinal não imagino um agente especial sem essas qualidades.

...ao chegar no apartamento tranco a fechadura e entes de qualquer coisa respiro fundo encostado minha cabeça na madeira da porta.

— Sam. — Alguém encosta no meu ombro.

...o susto não poderia ser mais do que absurdo...

— Caramba. — Daniele retira sua mão de mim — Sam,você me deu um choque.

— Daniele,eu...

— Foi como se eu tivesse encostado numa tomada. — Ela me encara — Tá,além de dar choque do que mais você é capaz?.

— Me desculpe.

— E por qual motivo trancou a porta?.

...para esclarecer melhor lhe explico toda a situação...

— ...e você acha que essa mulher ainda está atrás de você?. — Ela pergunta.

— É óbvio,ela não estaria lá atoa. — Respondo — Hoje em dia as pessoas podem não andar comentando,mas sinto que só falta um descuido para o caos acontecer novamente.

— Sam. — Daniele me tranquiliza — Você não é mais aquele garotinho,está mudado,crescido e muito bem treinado...esquece aquilo que fez no passado e segue em frente.

— Basta uma tensão que...

— Sim,a tensão vai estar presente e é normal,você só precisa confiar naquilo que veio buscando todo esse tempo.

— É. — Volto a me animar.

— Aliás hoje será sua estreia no restaurante então é melhor manter o foco,mas vou logo avisando,o lugar é meio barra pesada.

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(Continua No Próximo Capítulo)

SAM (Mais Forte Que O Mundo)Onde histórias criam vida. Descubra agora