Capítulo 26.

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No fim da tarde chego ao hospital onde meu pai estava,depois de uma breve conversa com a recepcionista sigo pelo corredor onde ela me indicou. No meio do caminho encontro meu tio...

— Você veio em uma boa hora. — Ele fala.

— Como assim?.

— Foi tudo muito rápido...depois que removeram a bala Robert tem se recuperado de maneira rápida,inclusive acaba de acordar.

— Me alegro em ouvir isso. — Me empolgo — E obrigado por está aqui.

— É meu irmão,eu estaria de qualquer jeito.

— Deve está exausto e faminto.

— Na verdade não,tem uma lanchonete aqui perto então pude comer algo enquanto estava aqui.

— Menos mal. — Sorrio.

— Eu estava indo por um café,entre e converse com seu pai...use palavras fáceis,ele está meio lento.

— Pode deixar.

Enquanto ele sai andando entro no quarto. As vezes esqueço que meu pai é um homem forte,mas mesmo com toda essa resistência ainda me preocupa bastante.

— Oi pai. — Falo me aproximando dele.

— Filho. — Diz ele quase sem voz.

— Como o senhor está?. — Pergunto.

— Dolorido,mas bem.

— Se quiser eu posso cura-lo para que possa sair daqui rapidinho.

— Não...não se esforce mais,já fez o suficiente.

— Tudo bem então. — Movimento os ombros.

— Foi uma loucura.

— É,tá tudo acontecendo tão rápido que mal da para acompanhar.

— O que aconteceu com...a detetive?. — O homem pergunta.

— Só digo que ela e nem ninguém vai nos incomodar agora. — Respondo determinado.

— Eu tive tanto medo...a culpa foi minha.

— Está no passado agora,o importante é que estamos todos bem.

— Ficarei de olho. — Ele faz um gesto engraçado.

— Mudando de assunto eu falei com a minha mãe hoje,ela me convidou para uma viagem,eu aceitei mas...

— Filho,apenas vá. — Ele me interrompe — Eu lembro do que disse antes..."o mundo não termina aqui"...então eu quero que vá conhece-lo.

— Claro.

— E Bryan?...nem pude ver aquele garoto.

— Pai.

— Sim?.

— Bryan e eu,nós... — Tento concluir.

— São a metade um do outro. — Ele responde.

— Como?. — Faço uma expressão confusa.

— Você...não é o único com uma forte intuição.

— Eu...

— Vocês...os dois...tem o meu respeito e admiração.

— Não achei que fosse entender.

— Eu entendo que...você e Bryan se gostam. — O homem sorri.

...seu sorriso ilumina o canto mais vazio da minha alma...

— Bryan acha que vou fugir. — Abaixo a cabeça — Ele está chateado e...

— Simples...antes de ir conversem os dois.

— É. — Monstro um sorriso — Farei isso com certeza.

...

A visita ao meu pai me fez bem,o tempo foi passando e nossa conversa durou mais do que o necessário. Quando o homem boceja percebo que já estava na hora de ir,eu queria ficar essa noite com ele,mas o mesmo insistiu para que eu fosse e descansasse em casa.

...ao sair do quarto me encontro novamente com meu tio,nós conversamos e ele disse que ficaria até o irmão receber alta. A poltrona em que ele dorme pode ser macia,mas duvido muito que seu dinheiro dê para continuar comprando lanche.

— Sem problema,pedirei emprestado a Daniele. — Ele diz.

— Eu ligarei assim que puder,só me mantenham bem informado. — Falo.

— Se divirta lá com sua mãe,você merece isso.

— Obrigado tio. — Lhe abraço.

— Você é como se fosse meu filho. — Ele retribui o gesto. — E não se preocupe com seu pai.

— Vai ser meio difícil,mas terei calma.

E assim cada um vai para um lado,meu tio entra no quarto e eu sigo em frente. Ainda estando dentro do hospital encontro a detetive Miller,mas ela não me vê,resolvo segui-la para ter certeza de que não incomode meu pai.

Me surpreendo ao notar que ela ia por uma direção totalmente diferente. Karen entra em um quarto e só assim entendo do que se tratava,ela estava indo ver sua mãe. Eu poderia não está de acordo em aceitar sua proposta,mas tinha algo que meu coração desejava fazer antes de ir.

— Karen. — Falo entrando calmamente no quarto.

— Você? o que faz aqui?. — Ela se espanta.

— Eu vim ver como meu pai está. — Respondo — E sua mãe?.

— Descansando,resolvi não acorda-la.

— Entendo.

— ...sabe,naquela hora eu não quis te chamar de egoísta.

— Você estava com raiva,é compreensível. — Dou um meio sorriso — Na maior parte do tempo eu não sou uma boa pessoa.

— Sam,eu só quero que entenda que há milhares de pessoas como ela...outras em situações piores.

— Mesmo se quisesse eu não teria capacidade de ajudar essa gente,a cura não tem que vir de mim...mas...você me permite?. — Me aproximo de sua mãe.

Karen não diz nada,ela apenas abre espaço para mim. Ergo minhas mãos em direção a mulher deitada,fecho os olhos e me concentro...

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(Continua No Próximo Capítulo)

SAM (Mais Forte Que O Mundo)Onde histórias criam vida. Descubra agora