08

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— Puta merda, ela tá de sacanagem! — Clarke olhou para o prédio com um misto de horror e confusão. — Espero muito que a gente esteja com o endereço errado.

Lexa arrancou o pedaço de papel das mãos dela.

— Deixe-me ver.

— Eu sei ler, sabia?

Revirando os olhos, ela examinou o papel.

— Inacreditável.

— O quê? — Ela se inclinou por cima do ombro dela, olhando o papel mais uma vez. O perfume a atraía, e isso a deixava tensa.

— Você saber ler.

— Muito engraçado!

— É o endereço certo. — Lexa bateu no peito dela com o papel e andou até a porta escura. — Acho que devíamos... Devíamos entrar?

— Claro que não. — cruzou os braços. — Sem chance.

— A lista diz que a Madame nos espera à uma da tarde! Vamos nos atrasar se não entrarmos.

Clarke umedeceu os lábios e olhou outra vez para o prédio. Nas vitrines havia imagens de casais dançando. As mulheres riam e jogavam confetes para o ar. Parecia um desses comerciais toscos sobre absorventes internos.

— Não. E quem é chamada de Madame, hoje em dia?

Lexa revirou os olhos.

— É o nome dela. Por quê? Está com medo que seus peitos caiam? Tem medo de que suas bolas desapareçam?

Clarke bufou com desdém.

— Tudo bem, vamos lá. — Irritada, agarrou o braço de Lexa com a mão esquerda e abriu a porta com a direita.

Lá dentro estava escuro.

— Viu? Endereço errado. — Clarke soltou seu braço e pegou o celular no instante em que uma música começou a ser ouvida no ambiente. Então alguns refletores se acenderam e a cegaram momentaneamente. — Que porra é essa?

Foi aí que começou a cantoria.

Lexa, ao seu lado, ficou tensa. Mais luzes foram acesas, embora Clarke não tivesse nem ideia de onde elas vinham. Ainda estava um pouco cega por conta do primeiro clarão. Tentou dar um passo para o lado, mas bateu em uma mesa. Apoiando as mãos no tampo, olhou para baixo.

E viu fotos de strippers do sexo masculino sem blusa.

Ela se endireitou rapidamente, mas então esbarrou em alguma coisa dura, que oscilou. Clarke se virou, tentando estabilizar o objeto.

Era uma estátua nua.

De um homem.

Como é que ela ia tocar naquilo? A escultura tinha sido colocada na mesa de um jeito que deixava as pessoas frente a frente com o órgão sexual masculino. Esticou a mão para segurá-la pela cintura, quando sentiu Lexa esbarrar nela. Ela parecia travar a própria batalha contra um enxame de balões na forma de... é... Pênis.

— Mas que droga! — Lexa segurou a mão dela. — Precisamos correr.

— Parece o inferno, só que pior — concordou Clarke, agarrando-a pelo braço.

— Bem-vindas, bem-vindas! — cumprimentou uma voz amplificada por um alto-falante.

— Meu Deus. É oficial: estamos nos Jogos Vorazes! — Clarke segurou Lexa e a empurrou para trás de si. — Só deixe que eu morra primeiro, Senhor! Por favor, deixe que eu morra primeiro.

The challenge. (Clexa G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora