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Olá amorinhas!!
Capítulo novinho em folha. Preparem os lencinhos que hoje o capítulo será dose.
Não esqueçam de curtir e comentar bastante. Bjinhosss!!

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CLARKE

Não podia afogar os problemas na bebida, nem galinhar por aí até que os esquecesse. Era como se para cada passo que dava na direção de Lexa tivesse de dar outro para trás. Sim ainda estava furiosa com o fato de ela ter planejado vender informações da sua família em prol do trabalho mas, quanto mais pensava no assunto mais a respeitava por ter dito não ao chefe.

Ela precisava de um emprego.

E nisso elas eram diferentes.

Clarke poderia passar o resto da vida ostentando, e ainda assim teria mais dinheiro do que poderia contar. Lexa no entanto, não tinha poupança caso precisasse. Também não tinha uma mansão multimilionária que pudesse vender, nem dez carros importados.

Ela precisava comer e pagar as contas, coisas com as quais Clarke nunca tinha precisado se preocupar. Nunca.

Já tinha planejado tudo: faria alguma piadinha para quebrar o gelo e depois pediria desculpas por ter se descontrolado na noite anterior.

Mas então elas tiveram que substituir as noivas naquela maldita cerimônia, e tudo pareceu tão real que ela começou a tremer ao segurar as mãos de Lexa. Quando disse aqueles votos, estava falando sério. Pela primeira vez na vida, queria que o compromisso fosse real. Droga, queria que ela visse além da máscara dela e a aceitasse!

Naquele momento, quando ela segurou as suas mãos, quando ela a olhou diretamente nos olhos verdes, seu coração implorava para que ela visse mais do que todos antes já tinham visto. Pensou que se existia uma pessoa capaz de ver mais que suas inseguranças, essa pessoa era Lexa.

Mas, em vez de fazer isso...

Ela a deixou exposta como um fio desencapado para que todo o mundo visse. E pela primeira vez na vida Clarke ficou sem saber o que dizer para melhorar sua situação. E a chamou de escrota e foi embora - outra vez. Foi embora. Era assim que lidava com as coisas? Ia embora e ficava deprimida? Não queria mais ser esse tipo de mulher, o tipo que ignorava todas as emoções, que as enfiava na parte mais distante do cérebro e se embebedava para esquecer que as tinha.

O problema em finalmente lidar com os demônios do passado era que eles tinham feito parte dela por tanto tempo que viraram quase uma espécie de conforto, ou no caso dela uma muleta.

Clarke ainda tinha problemas com a morte dos pais de Raven - nunca superaria o fato de que os dois foram tirados dela e da amiga. E achava que nunca se encaixaria nos padrões rígidos do pai sobre como uma Griffin deveria se comportar. Além disso, havia a própria crença de que não seria capaz de amar alguém como as pessoas mereciam ser amadas.

Passara a vida inteira com medo de compromissos, mas só agora percebia que estava em uma relação havia vinte e três anos. Estava presa a si mesma, em um relacionamento com os próprios demônios. A coisa mais importante em sua vida sempre fora aproveitar o momento, viver para si mesma. É comum que os pais alertem os filhos dos perigos dos relacionamentos ruins com outras pessoas - por que nunca os avisam dos perigos de se relacionarem mal consigo mesmos? Com o próprio coração?

Clarke foi para os fundos da casa, até o deque com vista para o rio. Com um suspiro sentou-se na beirada e ficou observando um restaurante flutuante que navegava lentamente.

A vida era tão mais fácil quando era criança! Quando suas únicas preocupações eram se a mãe tinha lavado o uniforme de basquete a tempo ou se as outras crianças da escola queriam brincar no parquinho.

The challenge. (Clexa G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora